Capacidade respiratória de crianças com fissura lábio-palatina
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Data
2019
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: Alterações no complexo craniofacial de sujeitos com fissura lábio-
palatina podem causar desequilíbrios posturais e respiratórios. Este padrão pode levar
ao desuso da musculatura respiratória, aumentando o risco de complicações
respiratórias. Objetivo: Investigar o efeito do treinamento muscular expiratório na
capacidade respiratória de crianças com fissura lábio-palatina. Metodologia: Ensaio
clinico randomizado de período longitudinal e prospectivo, realizado nos ambulatórios
de especialidades de um Hospital pediátrico de uma cidade do Sul do Brasil, junto a
uma Universidade Federal. Incluídos sujeitos com fissura lábio-palatina, entre 3 e 12
anos, já corrigidos por cirurgias de queiloplastia e palatoplastia e em atendimento
fonoaudiológico. Excluídos sujeitos com deficiência intelectual ou com outra
malformação associada. Os sujeitos foram divididos em dois grupos, sendo alocados
de forma aleatória através de um software de randomização. Todos os sujeitos foram
avaliados pré e pós intervenção, além de reavaliados em um follow-up de 3 meses.
Utilizou-se peakflow digital para avaliar a capacidade respiratória, manovacuômetro
analógico para avaliar a força muscular respiratória, e um posturógrafo para avaliar a
postura corporal dos sujeitos. O treinamento seguiu, em ambos os grupos, a
realização de 3 séries de 10 repetições por semana, durante seis semanas. O Grupo
Água fez uso de PEP em Selo de Água, enquanto o Grupo Respiron fez uso do
Respiron®. Resultados: Em relação à força muscular e à capacidade respiratória,
todos os sujeitos apresentaram melhora com diferença estatística (p= <0,001). O
Grupo Respiron® apresentou significância estatística em relação à pressão
inspiratória máxima (p=0,030) e o Grupo Água apresentou uma tendência estatística
(p=0,058). O mesmo grupo apresentou uma tendência à diferença estatística para
pressão expiratória máxima (p=0,054) e diferença estatística para a capacidade vital
(p=0,007). Os dados posturais não mostraram diferença entre os períodos avaliados.
Conclusões: Sujeitos com fissura lábio-palatina são beneficiados com o uso de
incentivadores respiratórios, pois o treinamento muscular expiratório, com ambos os
aparatos utilizados, proporcionou uma melhora significativa da capacidade
respiratória, além de aumentar a força muscular respiratória.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Fissura Palatina, Fenda Labial, Postura, Mecânica Respiratória, [en] Cleft Palate, [en] Cleft Lip, [en] Posture, [en] Respiratory Mechanics