A relação entre recursos e demandas, adição ao trabalho e engajamento em profissionais de recursos humanos

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Data
2018
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Resumo
O constructo do engajamento caracteriza profissionais com elevado vigor, dedicação e concentração no trabalho, sendo visto de forma positiva e realizadora, relacionado diretamente ao bem-estar e à saúde ocupacional. Já a adição ao trabalho é um comportamento de pessoas que trabalham excessiva e compulsivamente, sem que isso resulte em maior ou melhor desempenho ou, ainda, em bem-estar laboral. O Modelo de Recursos e Demandas do Trabalho (Schaufeli & Bakker, 2010) considera que o engajamento está associado ao ótimo balanceamento dos recursos pessoais, do trabalho e das demandas do trabalho (RDT), enquanto a adição está associada à escassez de recursos e a elevadas demandas. Os recursos pessoais de autoestima, autoeficácia, otimismo e esperança são evidenciados como preditores do engajamento. Assim sendo, este estudo objetivou avaliar o nível de engajamento e de adição ao trabalho e suas correlações com recursos pessoais de autoestima, autoeficácia, otimismo e esperança, bem como com recursos e demandas no trabalho em profissionais de Recursos Humanos. Para tal, foi realizado um estudo transversal de natureza quantitativa com 440 profissionais de RH, predominantemente do sexo feminino (80%), das cinco regiões brasileiras, a fim de investigar e atender aos objetivos propostos. Os participantes, por meio eletrônico, responderam a um questionário de dados sociodemográficos, à versão brasileira das seguintes Escalas: Utrecht Work Engagement Scale (UWES), Dutch Workaholism Scale (DUWAS-10), Autoeficácia Geral, Revised Life Orientation Test (LOT-R), Esperança Disposicional e Autoestima de Rosenberg e a um conjunto de itens extraídos de escalas validadas, proposto por Schaufeli (2017), para investigar as relações entre recursos e demandas do trabalho. Os resultados obtidos sugerem que os profissionais de recursos humanos têm engajamento mediano com o trabalho que realizam – compatível com outras características positivas avaliadas nesta pesquisa (autoestima, otimismo, autoeficácia e esperança). Além disso, de modo distinto, também apresentam nível de adição laboral médio, para a qual os achados demonstram que o trabalho excessivo e compulsivo é uma realidade da prática deles. Finalmente, foram encontradas associações entre o engajamento e todas as variáveis da pesquisa, sendo que, diferente do esperado, o nível de engajamento demonstrou ser médio-inferior para a faixa etária acima de 40 anos, fase na qual o esperado são níveis elevados em razão de ser uma etapa de amadurecimento e solidificação de carreira. Ademais, foi encontrada correlação positiva e fraca com a adição ao trabalho, o que sugere a influência do trabalho excessivo e compulsivo no modo de ativação de energia. São apresentadas sugestões de estudos futuros para avanços na área.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Engajamento no Trabalho, Adição ao Trabalho, Recursos e Demandas do Trabalho, Recursos Humanos, [en] Work Engagement, [en] Workforce
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