Propriedades psicométricas da escala de gravidade da fadiga em cirróticos e correlação com depressão e qualidade de vida

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Data
2016
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Editora
Editor Literário
Resumo
Objetivo: Avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Gravidade da Fadiga (FSS) em cirróticos e correlacionar a fadiga com depressão e qualidade de vida nestes indivíduos. Métodos: O processo de avaliação das propriedades psicométricas deste estudo se baseou nas diretrizes da Scientific Advisory Committee (SAC) da Medical Outcomes. A confiabilidade foi avaliada pela consistência interna (α de Cronbach) e reprodutibilidade, através do coeficiente de correlação intraclasse (ICC). A validade discriminante foi verificada comparando-se os escores da FSS em indivíduos cirróticos e não cirróticos. A validade foi analisada através da validade de critério (correlação dos escores da FSS e MFIS) e validade de constructo (correlação dos escores da FSS com BDI- II e SF 36 v. II). Adicionalmente, foi verificado o critério de responsividade, comparando-se os escores da FSS nos períodos pré e pós-transplante hepático. Resultados: Foram avaliados 106 pacientes cirróticos, com média de idade de 54,75 ± 9,9 anos, a maioria (65,1%) homens e portadores de cirrose causada pelo vírus da hepatite C (32,1%) atendidos no Ambulatório de Transplante Hepático de um hospital terciário de Porto Alegre- RS. A média do escore total da FSS foi de 4,74 ± 1,64. O Alfa de Cronbach (α – C) calculado foi de 0,93 demonstrando forte consistência interna do instrumento. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) total observado foi de 0,905 (IC 95%:0,813-0,952), indicando alta concordância entre os dois momentos avaliados. Para validade discriminante, o teste T provou que a FSS diferencia escores de indivíduos com e sem fadiga (p 0,009). Foi observada correlação entre os escores da FSS com o escore total da MFIS (r= 0,606; p 0,002). A FSS correlacionou-se significativa e positivamente com depressão e negativamente com os oito domínios do SF -36, para validade de constructo. Para critério de responsividade, não se observou alterações significativas nos escores de fadiga nos períodos pré e pós transplante hepático (p= 0,327). Conclusão: A FSS demonstrou bom desempenho psicométrico, podendo ser uma ferramenta útil na avaliação de fadiga em indivíduos cirróticos. O sintoma fadiga demonstrou forte correlação com depressão e qualidade de vida nestes pacientes.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Propriedades Psicométricas, Fadiga, Cirrose, [en] Psychometrics, [en] Fatigue, [en] Fibrosis
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