Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia por Assunto "[en] Colorectal Neoplasms"
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Item Avaliação do sistema de reparo de quebras duplas do DNA em pacientes com metástase hepática de câncer colorretal submetidos à hepatectomia(Wagner Wessfll, 2021) Antonello, Carlos Daniel Hernández; Kalil, Antonio Nocchi; Leguisamo, Natalia Motta; Lucchese, Angélica MariaIntrodução: A identificação de grupos de risco específicos para a recorrências após a cirurgia em metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) continua sendo um desafio devido a heterogeneidade da doença. Parâmetros clinicopatológicos clássicos possuem limitado valor prognóstico. Material e métodos: Incluímos 50 pacientes de maneira prospectiva. Amostras de MHCCR e tecido hepático normal adjacente de pacientes que foram submetidos a hepatectomia com intenção curativa foram avaliadas para expressão gênica de genes chave das vias de reparo de quebras duplas (RAD51, BRCA1 e XRCC5), por RT-qPCR (n=32), e para expressão proteica por imunoistoquímica (Ku80 (n=32), MLH1 e MSH6 (n=50). O papel prognóstico dos dados moleculares e clinicopatológicos foi investigado por regressão de Cox para progressão livre de doença (PFS) e sobrevida global (OS). Resultados: Níveis aumentados de mRNA de RAD51 e XRCC5 em tecido tumoral foram associados a tratamento neoadjuvante para MHCCR com deficiência no reparo de malpareamento (dMMR). Baixa expressão de XRCC5 foi associada a pior OS e PFS. Entretanto, análise multivariada não confirmou baixo XRCC5 como fator prognóstico independente (PFS HR IC95% = 6.727 (0.471 - 9.058), p = 0.016; OS HR IC95% = 9.120 (0.918 - 9.612); P= 0.059). O tratamento neoadjuvante para MHCCR e margens cirúrgicas positivas após a hepatectomia foram confirmados como fatores prognósticos independentes para PFS. Baixos níveis de XRCC5 em tumores prediz pior PFS em pacientes com margens cirúrgicas positivas (R1-R2) que receberam tratamento neoadjuvante para MHCCR quando comparados àqueles que não receberam este tratamento. Conclusão: Nossos resultados sugerem o papel de XRCC5 como fator prognóstico em MHCCR ressecáveis. Baixos níveis de mRNA de XRCC5 podem predizer maior risco de recorrência e sobrevida, particularmente em pacientes com margens cirúrgicas positivas que não receberam quimioterapia neoadjuvante para MHCCR.Item Avaliação do sistema de reparo por excisão de bases na metástase hepática do câncer colorretal(Wagner Wessfll, 2021) Escovar, Carlos Eugênio Santiago; Kalil, Antonio Nocchi; Meirelles, Natalia Motta Leguisamo; Lucchese, Angélica MariaIntrodução: As metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) continuam a ser a principal causa de morte de pacientes com câncer colorretal (CRC). O reparo inadequado dos danos ao DNA promove instabilidade genômica, aumento da carga mutacional e regulação positiva do eixo PD-1/PD-L1. A deficiência no reparo de malpareamento (dMMR) é um biomarcador baseado nos sistemas de reparo do DNA para predizer a resposta à imunoterapia em pacientes com CRC metastático. Uma vez que, apenas 5% dos pacientes com MHCCR apresentam dMMR, a identificação de deficiências em outras vias de reparo do DNA, como o reparo por excisão de base (BER), pode facilitar a identificação de pacientes que possivelmente se beneficiariam da imunoterapia independentemente da dMMR. Métodos: Cinquenta pacientes com MHCCR submetidos à hepatectomia foram incluídos prospectivamente. Metástases hepáticas e tecidos hepáticos adjacentes de 32 pacientes foram avaliados quanto à expressão gênica dos principais genes do BER (OGG1, POLB, PARP1 e XRCC1) por qRT-PCR. Conteúdos de PARP1 e PD-1 foram avaliados por imunohistoquímica. Os dados moleculares e clínicopatológicos, incluindo as razões neutrófilos/linfócitos, linfócitos/monócitos e plaquetas/linfócitos - NLR, LMR e PLR, respectivamente), foram avaliados quanto à presença de associações e valor prognóstico. Resultados: A redução dos níveis de mRNA de OGG1 e POLB em tecidos neoplásicos foi associada à margens cirúrgicas R1-R2 e doença sincrônica, respectivamente. A superexpressão de PARP1 foi associada a presença menores lesões, margem de ressecção cirúrgica R0 e aumento de LMR; e a superexpressão de XRCC1 foi associada a níveis mais baixos de CEA ao diagnóstico do CCR e aumento da PLR. Além disso, demonstramos que a menor imunorreatividade para PARP1 foi associada à presença de invasão perineural em tumores colorretais e aumento da NLR. Em contrapartida, a alta expressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD1. As análises de sobrevivência não confirmaram o papel prognóstico independente dos componentes de BER ou de PD-1. Conclusões: O BER apresentou-se desequilibrado nas MHCCR. A superexpressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD-1 positiva e características clínicas de mau prognóstico em CRCLM, o que pode sugerir um novo papel para PARP1 na agressividade das MHCCR através da ativação do sistema imunológico e da modulação do desenvolvimento tumoral.Item Prevalência da hepatotoxicidade por quimioterapia pré-operatória e correlação com a morbidade das hepatectomias no câncer colorretal metastático(2013) Santos, Félix Antônio Insaurriaga dos; Kalil, Antonio Nocchi; Coral, Gabriela PerdomoIntrodução: Alguns estudos têm sugerido que a quimioterapia pré-operatória para metástases hepáticas por câncer colorretal pode causar lesão hepatocelular e aumentar a morbidade perioperatória e a mortalidade. Objetivos: Analisar a prevalência de padrões de hepatotoxicidade nos pacientes expostos à quimioterapia pré-operatória por metástase de câncer colorretal e correlacioná-la com os resultados da hepatectomia. Método: O delineamento do estudo foi coorte histórica, no qual 166 pacientes foram submetidos a 185 hepactectomias por metástase de câncer colorretal, com e sem quimioterapia pré-operatória, no período de 2004 a 2011. Os dados foram extraídos da revisão dos prontuários. A amostra foi dividida em grupo “exposto” e “não-exposto” à quimioterapia. Os dados foram analisados por programa estatístico Stata 11.2 e valores p< 0,05 foram considerados como significativos. Resultados: Das hepatectomias, 136 casos (73,5%) receberam quimioterapia pré-operatória, e o regime mais utilizado (62,5%) foi 5-fluorouracila + leucovorina. O padrão histológico predominante foi a esteatose. A exposição à quimioterapia aumentou em 2,2 vezes o seu risco. A média do volume estimado de sangramento transoperatório, no grupo “exposto”, foi o dobro daquela do grupo “nãoexposto”. As complicações ocorreram em 31,9% das hepatectomias. A análise multivariada mostrou que idade de 60 anos ou mais, sangramento transoperatório maior de 300 ml e necessidade de transfusão de sangue foram fatores de risco para as complicações após as ressecções hepáticas. Conclusão: pacientes expostos à quimioterapia têm um risco 2,2 maior de desenvolver esteatose hepática. Neste estudo, sangramento transoperatório maior e necessidade de transfusão foram fatores de risco para complicações pós-operatórias.
