Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação por Assunto "[en] Activities of Daily Living"
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Item Impacto da ventilação mecânica na qualidade de vida e funcionalidade após alta da UTI: estudo transversal(2015) Vesz, Patrini Silveira; Teixeira, CassianoObjetivo: Verificar o impacto da ventilação mecânica (VM) na qualidade de vida e funcionalidade dos pacientes após a alta imediata da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Estudo transversal. Foram incluídos pacientes, que sobreviveram e receberam alta da UTI do Hospital Ernesto Dornelles, durante 1 ano. Até uma semana após alta da UTI, foi avaliada a qualidade de vida, através do questionário WHOQOLBref. A funcionalidade foi avaliada em relação ao período antes da admissão da UTI, de forma retrospectiva, e durante a primeira semana da alta da UTI, sobre sua condição atual, através do Índice de Karnofsky e Índice de Barthel Modificado. Resultados: Nos 160 pacientes incluídos, houve uma piora da funcionalidade dos pacientes que utilizaram VM, quando comparados com aqueles que não usaram VM, por meio do Índice de Karnofsky (-19,7 ± 20,0 versus -14,9 ± 18,2; p = 0.04). Já através do Índice de Barthel Modificado, houve apenas uma tendência a uma maior dependência dos pacientes que utilizaram VM (-17,4 ± 12,8 versus -13,2 ± 12,9; p = 0.05). Porém, o WHOQOL-Bref não mostrou diferença entre os grupos (14,0 ± 1,8 versus 14,5 ± 1,9; p = 0.14). A duração da VM foi um bom preditor apenas para a funcionalidade. Conclusão: Os pacientes com VM exibiram uma redução na funcionalidade e um maior grau de dependência, mas não houve diferença na qualidade de vida durante a primeira semana após a alta da UTI, quando comparados com pacientes que não utilizaram VM.Item A Influência do consumo alimentar na capacidade funcional de idosos residentes em uma comunidade de Porto Alegre - RS(2015) Silva, Samantha Peixoto; Rosa, Luis Henrique Telles da; Antunes, Maria TerezinhaO envelhecimento mundial está aumentando e ele afeta os indivíduos de forma heterogênea. Esse processo fisiológico pode ocasionar alterações anatômicas e funcionais que comprometem a qualidade de vida do idoso. O estado nutricional tem se mostrado capaz de influenciar a capacidade funcional. Portanto, a adesão a bons hábitos alimentares é importante para um envelhecimento saudável e o seu monitoramento se torna essencial para a manutenção da saúde. O objetivo do estudo foi relacionar o consumo alimentar com a capacidade funcional em idosos residentes em uma comunidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo realizado foi de corte transversal, de base populacional, através de visita domiciliar. Foram incluídos idosos a partir de 60 anos, residentes no Distrito Docente Assistencial (DDA) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), localizado na zona norte da cidade. Aplicou-se um questionário sócio demográfico para conhecimento das características da amostra e a capacidade funcional foi avaliada através da escala de Katz para Atividades de Vida Diária (AVDs) e do escore de Lawton para as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs). O consumo alimentar foi aferido através do Recordatório 24h e, para as medidas antropométricas foram utilizadas a massa corporal, a estatura e o Índice de Massa Corporal. Os dados foram avaliados através do teste de Mann-Whitney para as variáveis não paramétricas e regressão logística para comparação entre as variáveis e a presença de dependência funcional. O nível considerado significativo foi de 5%. Foi utilizado o software SPSS para Windows (versão 22.0) para a realização dos testes estatísticos. Foram entrevistados 112 idosos com média de idade de 72,6 anos, sendo a maioria do sexo feminino (65,2%). Em relação ao desempenho nas atividades básicas e instrumentais de vida diária, 34,8% apresentaram algum tipo de dependência para a capacidade funcional. As pessoas independentes apresentaram um consumo maior de cálcio, fósforo e proteína em relação aos indivíduos com dependência (p < 0,05). Após a regressão logística foi encontrada uma relação entre a idade (aumento de 11,8% de chance de dependência funcional a cada ano de vida), o consumo de cálcio (aumento de 0,2% de chance para cada mg ingerido) e o estado civil (principalmente viúvos) com a dependência funcional. Com isso, pode ser concluído que o consumo dos nutrientes proteína, cálcio e fósforo, em níveis adequados, foi associado com a independência em idosos residentes na comunidade.Item Jogos como Recurso Terapêutico para a Funcionalidade dos Membros Superiores na Doença de Parkinson(2023-09-23) Corrêa, Philipe Souza; Cechetti, FernandaA presente tese é constituída por três estudos. Artigo 1: Uma revisão sistemática foi conduzida com o objetivo de quantificar e analisar o efeito de protocolos de terapia baseada em Realidade Virtual (RV) na destreza manual em indivíduos com doença de Parkinson (DP). A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, EMBASE e PEDro até dezembro de 2020 e oito artigos foram incluídos na análise. Embora a maioria tenha demonstrado melhora na destreza manual, os artigos apresentaram alto risco de viés e baixa qualidade metodológica. Os resultados sugeriram que a terapia baseada em RV possui potencial e viabilidade como protocolo de reabilitação para destreza manual, porém os estudos analisados não abordaram os impactos relacionados às atividades de vida diária (AVD’s) e à qualidade de vida (QV) na DP. Artigo 2: Teve como objetivo verificar os efeitos de uma intervenção nos membros superiores (MMSS) utilizando equipamento de RV não imersivo nas AVD’s e na QV de indivíduos com DP, por meio de uma série de casos. Seis participantes foram avaliados por meio do miniexame do estado mental, da escala unificada de avaliação para a DP (UPDRS), do questionário sobre a doença de Parkinson (PDQ-39) e do test d’évaluation des membres supérieurs de personnes âgées (TEMPA). As intervenções tiveram duração de 27 minutos, duas vezes por semana, durante cinco semanas, utilizando o Leap Motion Controller. Observou-se melhora na força e resistência muscular, nas AVD’s e na QV. Portanto, o protocolo baseado em RV aplicado nos MMSS foi eficaz para melhorar as variáveis analisadas, além de servir como piloto para o protocolo das atividades virtuais e referência para o cálculo amostral do estudo principal. Artigo 3: Este ensaio clínico randomizado teve como objetivo analisar e comparar os efeitos de jogos de RV não imersiva com jogos de tabuleiro na funcionalidade dos MMSS, AVD’s e QV na DP. Vinte participantes, Hoehn & Yahr 2-3, foram divididos em dois grupos: jogos de RV não imersiva (n = 10) e jogos de tabuleiro (n = 10). As sessões tiveram duração de 30 minutos, duas vezes por semana, durante 8 semanas e os participantes foram avaliados quanto às AVD’s (TEMPA e MDS-UPDRS-II), função motora geral (MDS-UPDRS-III), destreza manual através do Box and Block Test (BBT) e Nine Hole Peg Test (9HPT), além da qualidade de vida (PDQ- 39). Os resultados mostraram que ambos os tratamentos foram eficazes, não havendo diferença significativa entre os grupos em relação as variáveis. Houve melhora nas AVD’s, conforme evidenciado pela execução das tarefas do TEMPA e MDS-UPDRS-II. Além disso, a destreza manual apresentou resultados positivos no BBT e 9HPT, com os jogos de RV demonstrando melhora intragrupo e na comparação intergrupos. Ambos os grupos mostraram melhora na função motora e na qualidade de vida. Portanto, constatou-se que os jogos de RV não imersivos e os jogos de tabuleiro têm um grande potencial como protocolos de reabilitação para os MMSS, impactando diretamente nas AVD’s e na QV de indivíduos com DP. O caráter desafiador e motivador dessas abordagens pode oferecer uma nova perspectiva de tratamento, especialmente nos estágios iniciais a moderados da doença.