Navegando por Autor "Weigert, Renata Monteiro"
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Item Associação da cânula nasal de alto fluxo e posição prona em pacientes acordados com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica por Covid-19: um estudo retrospectivo(2023-08-28) Weigert, Renata Monteiro; Teixeira, Cassiano; Forgiarini Junior, Luiz AlbertoIntrodução: A terapia de cânula nasal de alto fluxo (CNAF) é uma alternativa de suporte ventilatório para os casos de insuficiência respiratória aguda (IRA) do tipo hipoxêmica e foi amplamente utilizada durante a pandemia da COVID-19. Já a posição prona melhora a hipoxemia, bem como a relação ventilação/perfusão por meio do recrutamento alveolar. Objetivo: Avaliar a eficácia da combinação da CNAF e da posição prona no tratamento de pacientes acordados com IRA hipoxêmica por COVID-19. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, realizado entre o período de agosto de 2020 a agosto de 2021. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com IRA hipoxêmica por COVID-19 que utilizaram CNAF associados ou não ao posicionamento de prona acordada. Os desfechos principais analisados foram a necessidade de ventilação mecânica invasiva (VM) e a mortalidade hospitalar. Resultados: Dos 1.125 pacientes admitidos na UTI adulta, 300 utilizaram CNAF. Destes, 182 pacientes realizaram a posição prona e 118 não toleraram a posição. Os pacientes que toleraram a posição prona acordada apresentaram menor necessidade de VM (29,1% vs 52,5%, p<0,001) e menor mortalidade (15,9% vs 29,7%, p=0,005), comparados ao grupo que não tolerou a posição prona acordada. Os pacientes com idade ≥70 anos apresentaram maior chance de VM (HR 3,36 [1,35–8,34], p=0,009) e o ROX índex 6 horas foi preditor independente de mortalidade [HR= 0,79; IC95% (0,64-0,98), p=0,03]. O tempo mediano de sobrevida no grupo que não tolerou a prona foi de 22 dias (IC95%= 20,3-23,7) e no grupo que tolerou foi de 23 dias (IC95%= 20,8-25,1). Conclusão: Em pacientes acordados com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica por COVID-19 dependentes de CNAF, a tolerância à posição prona reduz a necessidade de suporte ventilatório invasivo e a mortalidade hospitalar.