Navegando por Autor "Santos, Ana Carolina Krum dos"
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Item A expressão imuno-histoquímica da alfa-actina nos carcinomas basocelulares(Wagner Wessfll, 2021) Santos, Ana Carolina Krum dos; Bonamigo, Renan Rangel; Bakos, Renato Marchiori; Cartell, André da SilvaIntrodução: O carcinoma basocelular (CBC) é a neoplasia maligna mais comum da pele. Apesar da sua grande prevalência, geralmente o CBC não ocasiona metástases, sendo reconhecido por seu potencial de invasão local. Alguns estudos, com séries de casos, relacionaram a presença de alfa-actina de músculo liso com a invasão tumoral nos subtipos de CBC mais agressivo. Comprovando-se a relação entre a alfa-actina e a invasão tumoral, seria possível predizer o comportamento de um carcinoma basocelular na invasão de tecidos locais, auxiliando na decisão terapêutica. Objetivos: o objetivo principal foi verificar a prevalência da positividade para alfa-actina, à imunohistoquímica, em carcinomas basocelulares de baixo risco (superficial, nodular, fibroepitelioma) e de alto risco (infiltrativo, morfeiforme, basoescamoso, esclerosante e micronodular) e o objetivo secundário foi descrever a relação entre a expressão imuno-histoquímica da alfa-actina e as seguintes variáveis: idade do paciente; topografia do CBC; padrão clínico da lesão; descrição dermatoscópica; tamanho da lesão, espessura tumoral; presença de ulceração e recidiva das lesões em 5 anos. Materiais e Métodos: Foram avaliados 100 casos de CBC diagnosticados em 2014 no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Brasil), a partir de blocos de parafina de pacientes com exérese do carcinoma basocelular. Foi realizada a imuno-histoquímica para alfa-actina de músculo liso. Os seguintes dados de prontuário foram analisados: idade; topografia da lesão, se em área fotoexposta ou não fotoexposta; impressão clínica da lesão, se CBC superficial, nodular ou infiltrativo; descrição dermatoscópica; espessura tumoral; presença ou ausência de ulceração e a presença de recidiva da lesão em até 5 anos de acompanhamento. Resultados: a prevalência da alfa-actina estromal foi de 33% nos CBC em geral, 23% nos de baixo risco e 59% nos de alto risco. A prevalência da alfa-actina nas células tumorais foi de 37% nos CBCs em geral, 48% nos de baixo risco e 33% nos de alto risco. Houve associação estatisticamente significativa quanto à presença da proteína alfa-actina no estroma tumoral e as variáveis subtipo agressivo (p=0,001, φ = 0,34) e recidiva tumoral em até 5 anos (odds ratio = 1,896 IC95% = 0,771 – 4,659). Não houve associação estatisticamente significativa entre presença de alfa-actina estromal e as demais variáveis estudadas (idade, topografia, espessura tumoral, tamanho da lesão). Não foi demonstrada associação entre presença de alfaactina nas células tumorais e as variáveis estudadas. Conclusão: a alfa-actina de músculo liso está frequentemente expressa no estroma dos carcinomas basocelulares, relacionando-se aos fatores subtipo agressivo e recidiva tumoral, e pode corroborar a hipótese de o mecanismo de invasão tumoral ser dependente dos miofibroblastos.