Navegando por Autor "Sangalli, Caroline Nicola"
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Item Impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos dietéticos, antropométricos e de saúde entre crianças de baixa condição socioeconômica(2018) Sangalli, Caroline Nicola; Vítolo, Márcia ReginaObjetivos: O objetivo geral desta tese foi avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos dietéticos, antropométricos e de saúde entre crianças de baixa condição socioeconômica. Assim, desenvolveram-se três artigos científicos que objetivaram: 1) Avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde na prevalência de constipação entre crianças aos seis anos de idade; 2) Verificar o impacto de um programa de atualização em alimentação infanti, para profissionais de saúde no consumo de energia e adiposidade entre crianças aos seis meses, doze meses, três anos e seis anos de idade; 3) Identificar o período critíco de ganho de peso excessivo em crianças de até seis anos de idade e verificar a associação entre o momento de maior ganho de peso e padrões dietéticos precedentes. Métodos: O estudo original foi um ensaio de campo randomizado em Unidades de Saúde (US), na cidade de Porto Alegre, Brasil. As US foram alocadas nos grupos intervenção (n=9) ou controle (n=11). Nas unidades intervenção, os profissionais de saúde participaram de sessões de treinamento, baseado nos “Dez Passos para uma Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”. Gestantes no último trimestre de ambos os grupos foram identificadas, convidadas a participar e inscritas no estudo como mães em potencial para receber o aconselhamento dietético, fornecido por meio dos profissionais de saúde. Foram realizadas visitas domiciliares aos seis meses, doze meses, três anos e seis anos de idade das crianças. Dados dietéticos e antropométricos foram coletados em todas as idades. Aos seis anos, foi realizado questionário para avaliação de constipação funcional. Resultados: 1) Aos seis anos de idade, a probabilidade de ter constipação funcional foi 38% menor no grupo intervenção (RP = 0,62; IC95% 0,44-0,87; P<0,01), quando comparado ao grupo controle. 2) O consumo de energia não diferiu entre os grupos intervenção e controle aos seis e doze meses de idade. Aos três anos, as crianças do grupo de intervenção consumiram menos calorias quando comparadas àquelas do grupo controle (IC95% -154,3 a -30,8; P=0,03). Também encontramos menor consumo de energia provenientes de biscoitos (Diferença média -22.2kcal/dia; IC95% -40.6 a -3.7; P=0.02) e chocolate em pó (Diferença média -17.5kcal/dia; IC95% -30.2 a -4.8; P<0,01) nas crianças do grupo de intervenção aos três anos de idade e novamente aos seis anos (Diferença média -22,2kcal/dia; IC95% -40,6 a -3,7 e Diferença média - 13,0kcal/dia; IC95% -22,6 a 3,3, P<0,05, respectivamente). Em relação à antropometria, as diferenças significativas entre os grupos foram encontradas aos seis anos. Os valores de circunferência da cintura (Diferença -1,3cm; IC95% -2,7 a -0,0; P = 0,04), dobras cutâneas tricipital e subescapular (Diferença -1,3mm; IC95% -2,5 a -0,0; P = 0,04 e Diferença -1,3 mm, IC 95% - 2,6 a -0,0, P = 0,04, respectivamente) foram menores para as crianças do grupo de intervenção. 3) A maior prevalência de ganho de peso excessivo ocorreu no segundo semestre de vida, sem diferença entre intervenção ou controle. Aos seis meses, receber leite materno foi protetor contra o ganho de peso excessivo entre seis e doze meses. Ao passo que padrões alimentares não saudáveis na mesma idade estavam associados a um risco aumentado de ganho de peso excessivo. Conclusões: O treinamento de profissionais de saúde para promover práticas alimentares adequadas para lactentes foi eficaz na redução da prevalência de constipação e de indicadores de adiposidade aos seis anos de idade. Futuras intervenções devem focar na redução de ingestão excessiva de alimentos com alta densidade energética no início da vida para combater o consumo excessivo de calorias, como uma estratégia potencial para prevenir a obesidade infantil.Item Prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes em pré-escolares atendidos em unidades de saúde de Porto Alegre e fatores maternos e familiares associados.(2014-04-17) Sangalli, Caroline Nicola; Vitolo, Márcia Regina; Tietzmann, Daniela CardosoA inadequação da ingestão de micronutrientes está intimamente relacionada às deficiências nutricionais e suas consequências: infecções, déficit de crescimento, atrasos no desenvolvimento mental e intelectual, tornando-se um assunto de fundamental atenção nos primeiros anos de vida. Desta forma, o objetivo da presente dissertação é descrever as prevalências de inadequação da ingestão de vitamina A, vitamina C, folato, zinco, cálcio e ferro em pré-escolares atendidos em Unidades de Saúde e avaliar determinantes maternos e familiares associados para inadequação de vitamina A, vitamina C, folato e cálcio. Para o estudo foram analisados dados oriundos de ensaio de campo randomizado por conglomerados com crianças atendidas em US aos 2 e 3 anos de idade (n=446). Dados dietéticos foram avaliados por meio de inquéritos recordatórios de 24 horas e a média dos micronutrientes estimada pelo método Multiple Source Method (MSM). Inadequações de ingestão foram calculadas utilizando a Estimated Average Requirements (EAR) como ponto de corte. Para estimar associações entre variáveis maternas e familiares em relação às inadequações foi utilizada a análise de regressão de Poisson. As inadequações foram presentes nos micronutrientes estudados, exceto zinco. Os percentuais de vitamina A, vitamina C e ferro foram considerados baixos. A baixa escolaridade materna foi associada às inadequações de ingestão de vitamina A e cálcio com razões de prevalência (RP) de 4,43 (IC95%1,37-13,65) e 1,87 (IC95%1,06-3,29), respectivamente. O risco para ingestão insuficiente de folato foi associado com excesso de peso materno atual (RP= 1,95; IC95%1,14-3.32). Famílias com menor renda apresentaram menor prevalência de inadequação de ingestão de Vitamina C (RP=0,39; IC95%0,15-0,97). Este estudo apresentou prevalências de inadequação de ingestão dos micronutrientes em pré-escolares, com exceção do zinco. Contudo, percentuais de vitamina A, vitamina C, ferro e zinco foram considerados baixos. O estudo sugeriu que fatores maternos e familiares estão envolvidos no processo.