Navegando por Autor "Rauber, Fernanda"
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Item Impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos de saúde em crianças na idade escolar(Wagner Wessfll, 2020) Leffa, Paula dos Santos; Vitolo, Márcia Regina; Rauber, FernandaObjetivos: O objetivo geral desta tese foi avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos de saúde e a influência de alimentos ultraprocessados no perfil lipídico entre crianças de baixa condição socioeconômica. Assim, desenvolveram-se dois artigos científicos que objetivaram: 1) Avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde nos riscos cardiometabólicos entre crianças aos seis anos de idade; 2) Avaliar a associação entre consumo de alimentos ultraprocessados na idade pré escolar e níveis do perfil lipídicos na idade escolar. Métodos: O estudo original foi um ensaio de campo randomizado em Unidades de Saúde (US), na cidade de Porto Alegre, Brasil. As US foram alocadas nos grupos intervenção (n=9) ou controle (n=11). Nas unidades intervenção, os profissionais de saúde participaram de sessões de treinamento, baseado nos “Dez Passos para uma Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”. Gestantes no último trimestre de ambos os grupos foram identificadas, convidadas a participar e inscritas no estudo como mães em potencial para receber o aconselhamento dietético, fornecido por meio dos profissionais de saúde. Os dados dietéticos foram coletados por meio de dois inquéritos recordatórios de 24 horas. Aos 6 anos, foram realizados exames de sangue para medir o perfil lipídico e níveis de resistência à insulina. Resultados: Os resultados mostraram que 1) Aos 6 anos de idade, foram observadas diferenças médias significativas entre os grupos intervenção e controle nos níveis de insulina (-1,05, IC 95% -1,57 a -0,53), HOMA-IR (-0,25; IC95% -0,36 a -0,13), HDL colesterol (3,03, IC 95% 0,15 a 5,90) e triglicerídeos (-8,75 IC 95% -12,67 a -4,84). 2) Crianças com maior consumo de alimentos ultraprocessados aos 3 anos de idade apresentaram níveis mais altos de colesterol total (β 8,51 mg/dL; IC95% 1,65 a 15,37) e triglicerídeos aos 6 anos (β 9,69 mg/dL; IC95% 0,97 a 18,42) em comparação àqueles no tercil mais baixo. Conclusões: Intervenção na atenção primaria à saúde no início da vida foi efetiva na redução dos riscos cardiometabólicos de crianças aos 6 anos de idade. Adicionalmente, nossos resultados destacam a necessidade de estratégias eficazes para minimizar o consumo de ultraprocessados na infância.Item Qualidade da alimentação e perfil lipídico de crianças de baixa condição socioeconômica(2014) Rauber, Fernanda; Vítolo, Márcia ReginaObjetivos: o objetivo geral desta tese foi avaliar as mudanças na qualidade da alimentação durante a infância e o perfil lipídico em crianças de baixa condição socioeconômica que participaram de um programa de intervenção nutricional no primeiro ano de vida. A partir disso, desenvolveram-se três artigos científicos que objetivaram: 1) avaliar as adaptações do Índice de Alimentação Saudável (IAS) de acordo com as recomendações dietéticas brasileiras em crianças; 2) avaliar o impacto do aconselhamento dietético durante o primeiro ano de vida na qualidade da alimentação na idade escolar e avaliar as mudanças na alimentação durante a infância; e 3) avaliar se o consumo de produtos ultraprocessados na idade pré-escolar é um preditor do aumento dos níveis lipídicos na idade escolar. Métodos: o estudo original foi um ensaio de campo randomizado realizado em São Leopoldo/RS, o qual consistiu em visitas domiciliares para orientação sobre aleitamento materno e introdução da alimentação complementar durante o primeiro ano de vida. As crianças que participaram do estudo foram randomizadas ao nascimento no único hospital da cidade. Após a intervenção no primeiro ano, as crianças foram avaliadas novamente aos 3-4 anos e aos 7-8 anos de idade. Os dados dietéticos foram coletados por meio de dois inquéritos recordatórios de 24 horas. Resultados e conclusões: os resultados mostraram que: 1) o IAS adaptado foi positivamente correlacionado com vários nutrientes, sugerindo que pode ser uma ferramenta usada para determinar a qualidade da alimentação de crianças brasileiras; 2) a qualidade da alimentação avaliada pelo IAS não diferiu entre os grupos de intervenção e controle aos 7-8 anos (65,2±9,5 e 64,9±8,5). Observou-se padrão de consumo similar nas idades pré-escolar e escolar, apesar de mudanças no consumo de alguns grupos de alimentos; e 3) o consumo de produtos ultraprocessados pelas crianças representou quase 50% do percentual de energia diária, tendo como principais produtos consumidos pães, salgadinhos tipo chips, biscoitos e doces. O consumo de ultraprocessados na idade pré-escolar foi um preditor para aumento do colesterol total (β 0,430; p=0,046) e LDL colesterol (β 0,369; p=0,047) na infância. Os resultados sugerem que o consumo precoce de produtos ultraprocessados desempenha um importante papel no aumento dos níveis lipídicos de crianças, predispondo-as ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.