Navegando por Autor "Paludo, Tatiane"
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Item Análise da Ativação Muscular Através da Eletromiografia Durante Manuseios do Tratamento Neuroevolutivo (Conceito Bobath) em Indivíduos com Paralisia Cerebral Grave(2020-12-16) Paludo, Tatiane; Cechetti, FernandaA quadriparesia espástica é a forma mais grave de paralisia cerebral (PC), em que todos os membros são afetados. Os indivíduos apresentam importante comprometimento no controle motor e de tronco, além de limitações funcionais. Existem diversas abordagens na reabilitação motora de indivíduos com paralisia cerebral, uma das mais utilizadas mundialmente é o Conceito Bobath ou Tratamento Neuroevolutivo. O objetivo deste estudo foi verificar através da eletromiografia a ativação muscular durante alguns manuseios do Conceito Bobath em indivíduos com paralisia cerebral grave. Métodos: Ensaio clínico transversal controlado, quantitativo. Os indivíduos foram avaliados através da eletromiografia para análise da ativação muscular de eretor da espinha (longuíssimo), glúteo médio, reto abdominal e multífido durante diferentes manuseios do Conceito Bobath. Resultados: Foram avaliados 59 indivíduos, sendo 39 com paralisia cerebral quadriparética espástica (GMFCS IV-V) e 20 indivíduos com desenvolvimento motor típico (grupo controle). Os grupos apresentaram homogeneidade de idade e gênero. Identificou-se diferença significativa na ativação dos músculos: eretor da espinha, glúteo médio, reto abdominal e multífido, nos 6 manuseios propostos neste estudo, sendo eles: side-sitting para ajoelhado; decúbito dorsal para decúbito lateral no solo, decúbito ventral para decúbito lateral no rolo, “sentado a cavalo” no rolo, sedestação no rolo com membros inferiores para frente, estímulo proprioceptivo em sedestação na bola suíça. Conclusão: Ao se comparar os manuseios entre si, identificou-se que glúteo médio e multífido foram os músculos mais ativados nos manuseios side-sitting para ajoelhado e em sedestação na bola suíça. Porém, os resultados demostram que todos os manuseios do Conceito Bobath analisados nesta pesquisa foram eficazes para a ativação muscular de eretor da espinha (longuíssimo), glúteo médio, reto abdominal e multífido em indivíduos com quadriparesia espástica grave.Item O impacto de fatores de risco no desenvolvimento neuropsicomotor de bebês prematuros nos primeiros seis meses de vida: uma comparação entre grupos(2024-12-03) Sonaglio, Franciele Carvalho; Cechetti, Fernanda; Paludo, Tatiane; Departamento de FisioterapiaAvaliar os fatores biológicos e ambientais é fundamental para compreender o desenvolvimento e a saúde de bebês prematuros. Bebês nascidos prematuramente têm maior suscetibilidade a atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor devido à sua imaturidade e, quando associado a riscos ambientais, o impacto no desenvolvimento dessas crianças pode ser potencializado. A qualidade de vida é um preditor de desenvolvimento que abrange componentes de bem-estar e depende de múltiplos fatores, como as relações familiares, sociais e as condições econômicas, entre outros. Essa é uma questão importante visto que a QV é um indicador importante do desenvolvimento, embora pouco explorada em crianças pequenas devido à limitação de ferramentas específicas. Objetivo: avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e a qualidade de vida (QV) de prematuros nos primeiros seis meses de vida, comparando crianças de diferentes contextos socioeconômicos. Além disso, identificar quais fatores de risco impactam mais o DNPM dessas crianças nos primeiros seis meses de vida. Métodos: trata-se de um estudo observacional e analítico, com abordagem transversal. Participaram do estudo 60 bebês pré-termos com idade gestacional inferior a 37 semanas e idade corrigida entre 3 a 5 meses e meio, nascidos com peso abaixo de 2.550g, subdivididos igualmente em dois grupos: grupo SUS (GSUS) e grupo particular (GPAR). Os bebês do grupo SUS (GSUS), cadastrados no Ambulatório de Alto Risco do Centro Clínico da Universidade de Caxias do Sul (CECLIN-UCS), e os bebês do grupo particular (GPAR), foram avaliados em um consultório particular. Para avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor dos bebês, foram utilizados as escalas Bayley III, além de outros quatro questionários: PedsQL, AHEMD-IS, ABEP e um questionário de identificação. Esses instrumentos visam avaliar, respectivamente, a QV, as oportunidades que o ambiente domiciliar e a família proporcionam ao desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, a situação econômica da família e as variáveis biológicas e ambientais. Resultados: a partir das comparações realizadas entre os grupos SUS e particular foi possível observar que os questionários ABEP e AHEMD-IS foram preditores importantes nos resultados da Bayley, porém em áreas distintas. Além disso, os resultados revelaram que os bebês do GPAR apresentaram melhor desempenho nos domínios motor, cognitivo e de linguagem, com diferenças significativas em relação ao GSUS, sugerindo que o nível socioeconômico e o ambiente de estímulos influenciam diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor. Por outro lado, a qualidade de vida não apresentou diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: a comparação entre os grupos amostrais e dos instrumentos Bayley, ABEP e AHEMD-IS revelam que tanto o nível socioeconômico quanto o ambiente de estímulos são importantes para um melhor desenvolvimento neuropsicomotor nos primeiros seis meses de vida. No entanto, nessa faixa etária, a qualidade de vida parece ser menos sensível às condições socioeconômicas ou aos instrumentos utilizados. A partir dessas informações, conclui-se que os fatores socioeconômicos e ambientais são preditores importantes para o desenvolvimento neuropsicomotor de bebês prematuros. Diante disso, fica evidente que, identificar possíveis atrasos e intervir precocemente nas mudanças do desenvolvimento são fundamentais para minimizar os efeitos negativos do atraso neuropsicomotor e de morbidades, reduzindo consideravelmente os impactos adversos na vida futura das crianças.