Navegando por Autor "Pacheco, Larissa Sgaria"
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Item Um estudo piloto, prospectivo, aberto, em único centro para investigar o efeito da conversão para Everolimo na viremia do vírus da hepatite C em receptores de rim adultos(2016) Pacheco, Larissa Sgaria; Keitel, ElizeteIntrodução: Este é um protocolo específico de imunossupressão para receptores de transplante renal com sorologia positiva para Hepatite C. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da conversão para Everolimo (EVL) na viremia da hepatite C em receptores renais adultos. Metodologia: Estudo piloto em único centro, prospectivo, randomizado, aberto, controlado, com receptores de transplante renal com sorologia positiva para hepatite C (VHC). Foram incluídos pacientes usando Inibidor de Calcineurina (ICN), antiproliferativo e Prednisona (Pred). Os pacientes foram randomizados para converter para EVL ou manter terapia com ICN. Não houve mudanças no antiproliferativo nem na Pred. Os critérios de exclusão foram Taxa de Filtração Glomerular (TFG) menor que 30ml/min e razão proteína/creatinina >0,5. Resultados: Trinta pacientes foram randomizados, destes 28 realizaram acompanhamento por 12 meses (15 no grupo conversão e 13 no grupo controle). Foram comparadas entre os grupos e entre os pacientes do mesmo grupo, a carga viral através dos logs dos níveis de HCV realizados pela técnica de PCR em Tempo Real. A análise estatística mostrou que não houve efeito de interação do tempo com o grupo (p-valor G*M= 0,852), nem intra-grupos (p valorM=0,889) e também não houve efeito de interação entre o grupo controle e grupo conversão (p-valorG=0,286). A média em Log da carga viral no inicio do estudo, 3, 6, 9 e 12 meses foi 5,8 ±0,74, 5,7 ± 0,89, 5.8 ± 0,60, 5,7 ± 0,85, 5,8 ± 0,93 no grupo controle e 6,1 ± 0,83,6,3 ± 0,95, 6,2 ± 0,87, 5,6 ± 1,8, 6,1 ± 0,62 no grupo de tratamento. Conforme esperado, o grupo conversão mostrou um aumento da incidência de dislipidemia (p=0,03) e proteinúria (p=0,01) comparado com o grupo controle. Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação a incidência de anemia (p=0,17), novos casos de diabetes mellitus pós transplante (p= 1,00) e infecção no trato urinário (p=0,60). A média da TFG no início o estudo, 1, 3, 6, 9 e 12 meses após a randomização foi similar entre os grupos. Durante o acompanhamento do estudo não ocorreram episódios de rejeição aguda, malignidades, perda do enxerto ou morte. Conclusão: O presente estudo piloto não mostrou diminuição da carga viral do HCV após a conversão para Everolimo, associado a manutenção do antiproliferativo.Item Experiência com antivirais de ação direta para tratamento de infecção do vírus da hepatite C em receptores de transplante renal e transplante hepático(2024-05-28) Pacheco, Larissa Sgaria; Keitel, Elizete; Tovo, Cristiane Valle; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: Os antivirais de ação direta (AAD) são o tratamento padrão-ouro para infecções crônicas pelo Vírus da Hepatite C (VHC), mas poucos estudos investigaram seu uso em receptores de transplantes renais e hepáticos. Objetivo do estudo: Avaliar as taxas de resposta virológica sustentada (RVS) com antivirais de ação direta em receptores de transplante de rim e fígado, bem como a interferência dos AAD nos níveis de imunossupressores e descrever a frequência de eventos adversos. Materiais e métodos: Coorte, retrospectivo, incluídos pacientes adultos submetidos a transplante de rim (TR) ou transplante de fígado (TF) na Santa Casa de Porto Alegre, com infecção crônica por VHC e tratados com AAD de junho de 2016 à dezembro de 2021. Resultados: Um total de 165 pacientes foram incluídos na análise, divididos em 108 receptores de TR e 57 receptores de TF. O genótipo 1 do HVC foi mais frequente nos pacientes com TR (58,4%) e o genótipo 3 foi mais prevalente nos pacientes com TF (57,9%). A RVS foi alcançada em 89,6% dos pacientes. Os efeitos adversos foram relatados por 36% dos pacientes. Houve interações significativas com imunossupressores que exigiram ajustes de dose. Um total de três episódios de rejeição foram relatados em receptores de TR. Conclusão: O tratamento com AAD resultou em altas taxas de RVS e foi bem tolerado em pacientes submetidos a TR e TF. Os eventos adversos foram frequentes, mas não graves na maioria dos pacientes, com baixas taxas de abandono do tratamento. As interações com imunossupressores necessitam de monitorização, uma vez que podem ser necessários ajustes de dose. Relatar experiências da vida real é importante para ajudar a construir evidências para o manejo de pacientes em ambientes não controlados