Navegando por Autor "Martinez, Chenia Caldeira"
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Item Atuação Fonoaudiológica em Voz em um Ambulatório de Ensino vinculado ao SUS(2023-12-04) Braga, Letícia de Oliveira; Cassol, Mauriceia; Martinez, Chenia Caldeira; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoObjetivos: Este estudo acompanhou a relação entre os parâmetros envolvidos na qualidade vocal e o diagnóstico laríngeo em usuários com disfonia, bem como analisou os desfechos clínicos da fonoterapia da voz. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo e de um relato de caso. O local de avaliação e tratamento foi o Ambulatório de Fonoterapia da Voz, vinculado ao Serviço de Otorrinolaringologia, pertencente ao Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, o qual presta assistência à população pelo SUS. A amostra deste estudo foi por conveniência, totalizando 65 usuários na faixa etária de 20 a 77 anos, no período de 2018 a 2023. Foram analisados os dados de caracterização da amostra e clínicos coletados por meio de prontuários e dos protocolos aplicados. Os métodos e técnicas vocais utilizados foram empregados conforme terapia vocal tradicional, com frequência média de 12 sessões para cada usuário com 30 minutos de duração. Resultados: Do total de usuários, foram 40 (61,5%) do sexo feminino, com média de idade de 54 anos e desvio padrão de 14,9, e 15 (23,1%) dos indivíduos eram profissionais da voz. Houve predomínio do quadro de disfonias funcionais secundárias. Na avaliação global da voz, os usuários apresentaram tempo máximo de fonação abaixo do esperado para a faixa etária e sexo, relação s/z acima de 1.2, tipo respiratório alto e postura corporal alterada. Observou-se diferença estatisticamente significativa no período pós-intervenção fonoaudiológica nas variáveis de tempo máximo de fonação (TMF), padrão respiratório, relação s/z e postura corporal. Houve melhora estatisticamente significativa no grau geral de desvio vocal avaliado pela escala GRBASI, mostrando melhora no grau de disfonia intenso para leve. Nos escores do IDV-10, dos 34 indivíduos reavaliados, obteve-se melhora na autopercepção vocal, obtendo-se uma média final em torno de 8.5 pontos. Conclusão: Foi possível identificar mudança em diversos aspectos clínicos fonoaudiológicos, como melhora na qualidade vocal, na autopercepção da desvantagem vocal, no padrão respiratório, nos tempos máximos de fonação e nos aspectos posturais associados ao uso vocal, indicando desfechos favoráveis na reabilitação vocal dos usuários acompanhados. Estes achados destacam a importância e relevância clínica e científica de um ambulatório de fonoterapia da voz no SUS.Item Mensuração de sintomas de ansiedade e de depressão pré e pós-fonoterapia em pacientes com alterações vocais(2013) Martinez, Chenia Caldeira; Cassol, MauriceiaEstudos na literatura descrevem a interrelação entre a produção da voz e o estado emocional. Em oposição, existem poucos estudos clínicos que analisem os sintomas de ansiedade e de depressão em pacientes disfônicos. O objetivo deste estudo foi mensurar a qualidade vocal e os sintomas de ansiedade e de depressão pré e pós-fonoterapia em pacientes com disfonia. Trata-se de um ensaio clínico não controlado que avaliou pacientes disfônicos em um Ambulatório de Fonoaudiologia de um Hospital do sul do Brasil. A análise estatística foi realizada por meio de estatística descritiva e pelos testes Mann-Whitney, Wilcoxon e Correlação de Pearson, assumindo-se nível de significância máximo de 5% (p≤0,05), pelo Programa SPSS 16.0. Todos os pacientes foram avaliados por um otorrinolaringologista para diagnóstico de alteração laríngea previamente. A análise perceptivo-auditiva da voz (Escala GRBASI) e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) foram os instrumentos utilizados por este estudo nos períodos pré e pós-fonoterapia. Referente à fonoterapia, foram utilizados os seguintes métodos terapêuticos: atividades de orientação, psicodinâmica e treinamento vocal, com o uso de técnicas e exercícios com intuito de favorecer o uso satisfatório da voz e da comunicação humana. Estas intervenções terapêuticas foram adaptadas e customizadas à personalidade e à condição clínica do paciente. Dos 68 pacientes incluídos, não houve perdas ou exclusões. Destes, 23 (33,82%) eram homens, com idade média de 49 anos (desvio padrão de 19,14). O número de sessões de fonoterapia variou conforme o caso, apresentando média de 10,31 (desvio padrão de 5,32). A prevalência dos sintomas de ansiedade foi de 39,7% em mulheres e 14,7% em homens. Quanto aos sintomas de depressão, obteve-se 20,59% em mulheres e 11,76% em homens. As comparações entre encaminhamento psicológico ou psiquiátrico e idade evidenciaram significância estatística (p=0,02), demonstrando que jovens foram mais referenciados às especialidades por suspeita de serem casos clínicos em potencial. As comparações entre parâmetros vocais e escores da HADS nos períodos pré e pós-fonoterapia apresentaram diferença estatisticamente significativa em todos os parâmetros, indicando que a fonoterapia melhora a qualidade vocal e reduz os sintomas de ansiedade e de depressão. Atribui-se a redução destes sintomas aos efeitos do encaminhamento à Psicologia e Psiquiatria, ao relaxamento e motivação promovidos pelas técnicas da fonoterapia e à mudança do comportamento do paciente frente aos cuidados de saúde. Os achados indicam elevado número de disfônicos com sintomas de ansiedade e depressão, com melhora da qualidade vocal e redução destes sintomas após fonoterapia da voz. Destaca-se a necessidade de realização de ensaios controlados na área e a importância de intervenções interdisciplinares, principalmente entre profissionais da voz, Psicologia e Psiquiatria, para o atendimento completo do indivíduo com disfonia