Navegando por Autor "Lysakowski, Simone"
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Item Doação de órgãos e transplantes: o uso da educação à distância (EaD) para os profissionais da saúde(2016) Lysakowski, Simone; Sudbrack, Aline Winter; Caregnato, Rita Catalina AquinoINTRODUÇÃO: Atualmente o transplante é a única alternativas terapêuticas para o tratamento de algumas doenças, entretanto, ele não é realizado se não houver um doador. A doação e o transplante de órgãos acabam tornando-se temas polêmicos, onde a escassez de informações e esclarecimentos contribui para o aumento de dúvidas acerca do tema. A busca de conhecimento, por parte dos profissionais da saúde, é essencial para mudar esse cenário, onde esses especialistas atuam como multiplicadores de informações, podendo usar o Ensino à Distância (EaD) como aliado na busca de ensino e aprendizagem. OBJETIVO: Conhecer a experiência e o perfil de médicos e enfermeiros que trabalham em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou em Emergências do Rio Grande do Sul (RS), envolvidos no processo de doação e transplante de órgãos, antes e após a realização de um curso EaD para qualificação e formação sobre o tema. MÉTODO: Pesquisa de intervenção educativa com abordagem mista. Foi elaborado e aplicado um curso de extensão no formato EaD, com a primeira e última aula presenciais, em parceria com Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e a Central de Transplantes do RS, buscando capacitar e qualificar os profissionais envolvidos no processo de doação e transplante. A amostra foi constituída por 30 profissionais. RESULTADOS: Quanto ao perfil da amostra, 80% eram enfermeiros e 20% médicos, sendo 87% do sexo feminino. Sobre os critérios exigidos para ingresso, apenas um não tinha o tempo de formação estabelecido, e 19% não atuavam em UTI e Emergência. Quanto ao formato do curso, 55% apontaram indisponibilidade de realizar o curso de forma presencial. Dos alunos que preencheram o questionário para avaliação do curso, 95% responderam que o modelo semipresencial facilitou o acompanhamento e a conclusão dos estudos, e 100% voltaria a fazer outro curso no mesmo formato de ensino. Quando avaliado diversos aspectos do curso, todos registraram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Os questionários pós-teste mostraram média de notas melhores após os estudos, quando comparado às notas dos questionários pré-teste. Nas atividades avaliativas, compostas pelas atividades de aprendizagem (AP) e atividade de avaliação individual (AA), nenhum aluno teve nota inferior a 7,0. Ao relacionar à idade dos discentes com as notas, não houve correlação significativa, exceto na atividade de aprendizagem da aula VI, quando os estudantes mais jovens foram os que obtiveram as maiores notas (teste de correlação de Pearson; r=-551; p-valor=0,012). A relação entre as notas e a formação complementar não demostrou significância, devido ao pequeno número de alunos que não tinha formação adicional à graduação. Também não foram significativas as médias de notas dos alunos que atuavam nas Organizações de Procura de Órgãos (OPO) ou Comissões Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) quando comparadas com aqueles que não trabalhavam nessa área, exceto na atividade de aprendizagem da aula VIII, que apresentou melhores notas para os atuantes. Nos cinco grupos focais realizados com a proposta de expressar e apresentar imagens que demonstrassem o que era vida e o que era morte, os integrantes apontaram a vida como: algo difícil de expressar, a continuidade, renovação/ciclos, as escolhas e coisas boas que acontecem. Sobre a morte os grupos trouxeram: o medo do desconhecido e sentimentos ruins, o final de um ciclo ou uma passagem, a morte para uns e o recomeço para outros, a participação do profissional da saúde nos ciclos da vida e morte, a dor da perda ou o sentimento de perda e a relação entre a vida e a morte. CONCLUSÃO: Com o planejamento, estruturação e implementação do curso, foi oportunizada a qualificação e formação dos profissionais inscritos, tornando-se um importante momento para a reflexão do fazer e aprimoramento das ações frente a temática doação e transplantes. As atividades pré e pós-teste formam valorosas ferramentas, que apontaram melhores notas após o acompanhamento e realização dos estudos e atividades propostas durante o curso.Item Transplante renal pediátrico: resultados com doador menor e maior de 6 anos(2024-02-21) Lysakowski, Simone; Garcia, Clotilde Druck; Souza, Vandrea Carla de; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteObjetivo: a insuficiência de rins para o transplante renal pediátrico (TRP) implica o aproveitamento de doadores com menor peso ou idade, o que gera receios para o TRP envolvendo doadores pequenos. O objetivo deste estudo foi analisar os desfechos dos TRPs realizados a partir de doadores falecidos de até 18 anos incompletos no primeiro ano após o transplante, estratificados pela idade do doador. Método: trata-se de uma coorte retrospectiva dos TRPs realizados com doador renal falecido (DRF) entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, em um hospital referência em TRP no Sul do Brasil. Os doadores foram divididos em grupo 1 (≤6 anos) e grupo 2 (>6 anos), com análise dos desfechos no período. Resultados: dos 143 TRPs realizados com DRF pediátrico, 51 (35,66%) pertenciam ao grupo 1, e 92 (64,34%) ao grupo 2. Nos dois grupos ocorreram 17 perdas de enxerto (11,8%), sendo a principal causa em ambos a trombose vascular (TV) (grupo 1: 5; grupo 2: 4). Entre as complicações, consta a estenose de artéria renal (EAR), a qual, com necessidade de angioplastia para colocação de stent, foi mais frequente no grupo 1 (7,8%; grupo 2: 2,2%). A sobrevida em um ano dos receptores de transplantes renais (RTR) foi de 95,2% (grupo 1) e 96,5% (grupo 2) (p=0.8), e dos enxertos foi 78,7% (grupo 1) e 78% (grupo 2) (p=0.95), não apresentando diferença significativa. Entretanto, a análise da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) mostrou-se superior no grupo 2, atingindo, no 12° mês, 69.7 ml/min/1,73m2 no grupo 1 e 79.3 ml/min/1,73m2 no grupo 2 (p= 0,033). Conclusões: os doadores pequenos podem ser considerados para o TRP, sendo necessária uma equipe transplantadora capacitada para essa modalidade.