Navegando por Autor "Halmenschlager, Graziele"
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Item Alterações histomorfométricas e grau de apoptose no corpo cavernoso de ratos em deprivação androgênica submetidos ou não a reposição hormonal com testosterona(2013) Halmenschlager, Graziele; Rhoden, Ernani LuisA fisiologia da ereção envolve mecanismos centrais e periféricos complexos. Contudo, para que os fenômenos envolvidos na função erétil se estabeleçam de maneira adequada, há a necessidade da integridade dos tecidos dos corpos cavernosos, bem como de um nível adequado de hormônios e neurotransmissores. Ainda, níveis adequados de testosterona atuam na anatomia do corpo cavernoso, na fisiologia e na função do tecido peniano, bem como regulam a liberação de óxido nítrico. Porém, o exato mecanismo pelo qual a testosterona atua no corpo cavernoso permanece incerto. Portanto, o objetivo desta tese foi avaliar os efeitos histomorfométricos e o grau de apoptose no corpo cavernoso de ratos submetidos à ablação androgênica, com ou sem reposição hormonal com undecanoato de testosterona. Para tanto, ratos Wistar adultos foram divididos em três grupos: Grupo 1= Sham operation (n=5-8); Grupo 2 = Orquiectomia bilateral + veículo oleoso 30 dias após a cirurgia (n = 7 – 8) e Grupo 3 = Orquiectomia bilateral + Undecanoato de testosterona 100mg/kg, via i.m., 30 dias após a cirurgia (n=5-7).Todos os animais foram sacrificados 60 dias após o início dos experimentos. Observamos uma diminuição nos níveis de testosterona no Grupo 2 quando comparado aos Grupos 1 e 3 (P<0,001). A ablação androgênica diminuiu tanto o diâmetro peniano bem como a quantidade de musculatura lisa no corpo cavernoso (P=0,001; P=0,005, respectivamente) e a reposição hormonal manteve estes parâmetros a níveis de animais controle. Nenhuma diferença foi encontrada na quantidade de espaços sinusóides (P=0,207), fibras elásticas (P= 0,849), fibras colágenas (P=0,216), grau de apoptose celular (P=0,095) e óxido nítrico entre os grupos (P=0,526). Concluímos que níveis adequados de testosterona mantêm a quantidade de musculatura lisa no corpo cavernoso e que este andrógeno não influencia na quantidade de fibras elásticas e fibras colágenas no corpo cavernoso de ratos. Além disso, a testosterona não altera a taxa de apoptose no corpo cavernoso bem como os níveis de óxido nítrico.Item Associação da síndrome metabólica e seus componentes com baixos níveis de testorerona em homens maiores que 40 anos(2015) Blaya, Rodrigo; Rhoden, Ernani Luis; Halmenschlager, GrazieleIntrodução: A Síndrome Metabólica (MetS) é um conjunto de fatores de risco interrelacionados de origem metabólica associados diretamente com o desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica e do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). A obesidade central tem um papel central no desenvolvimento da MetS. Alguns estudos sugerem uma possível conexão entre os baixos níveis séricos de testosterona e o desenvolvimento de MetS. Entretanto, o mecanismo exato das associações observadas permanece incerta. Com objetivo de esclarecer essa relação, analisamos o grau e a independência da associação entre a testosterona total (TT) e MetS em homens não diabéticos com idade superior aos 40 anos. Material e Métodos: Nesse estudos transversal, 143 homens não diabéticos com mais de 40 anos de idade referenciados para avaliação urológica de rotina foram analisados. Amostras de sangue em jejum e matinais foram obtidas para avaliar o perfil metabólico e a TT (Faixa normal: 300-800 ng/dL). A definição de MetS segundo o Associação Americana de Cardiologia (AHA) foi adotada no presente estudo e inclui a presença de 3 ou mais dos seguintes critérios: glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL, Triglicerídeos ≥ 150mg/dL, HDL colesterol < 40 mg/dL, hipertensão ou pressão sanguínea ≥ 130/85 mmHg e circunferência da cintura > 102cm. Indivíduos com história prévia de DM2 ou em uso de hipoglicemiantes orais foram excluídos. Resultados: A média de idade dos homens incluídos no estudo foi de 61,5 (±8,61) anos, e 74,5% eram caucasianos. A MetS estava presente em 47,9% dos indivíduos. Trinta e quatros homens (24%) tinham baixos níveis de TT (<300ng/dL) e a MetS foi observada em 23 (70%). Enquanto, naqueles com níveis normais de TT (≥ 300ng/dL), 50 (46%) pacientes apresentavam MetS (OR 4,94 IC 1,83-13,29; P=0,002). O resultado foi ajustado para tabagismo, sedentarismo, idade, índice de massa corpórea (IMC) e consumo atual de álcool. O número de componentes clínicos da MetS foi moderadamente correlacionado com os níveis de TT independente de possíveis fatores de confusão (B -27,43; Beta -0,26; P<0,001). Triglicerídeos (Beta -0,225; P=0,007), glicemia (Beta -0,17; P=0,03) , circunferência da cintura (Beta -0,34; P<0,001) foram inversamente correlacionados com os níveis séricos de TT. O HDL colesterol (Beta 0,235; P=0,005) foi diretamente correlacionado com testosterona total. Entretanto, na analise de regressão linear múltipla, apenas a circunferência da cintura (Beta -0,395; P=0,03) e o HDL colesterol (Beta 0,19 ; P=0,04) persistiram significativamente correlacionados com níveis de TT, independente do IMC e outros fatores de confusão. Conclusão: Os níveis subnormais de TT foram independentemente e inversamente associados com a presença de MetS. O número de componentes clínicos da MetS é independentemente e inversamente correlacionados com a TT. A obesidade central, o fator de risco essencial e predominante para MetS e resistência insulínica, também parece ser o componente da MetS mais correlacionados com os níveis subnormais de TT.