Navegando por Autor "Frozza, Fernanda Tereza Bovi"
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Item Avaliação do impacto da resposta imune celular contra o citomegalovírus na infecção por SARS-CoV-2(2023-06-09) Frozza, Fernanda Tereza Bovi; Bonorino, Cristina; Fazolo, TiagoIntrodução. O citomegalovírus humano (CMV), pertencente à família herpesvirus, possui alta prevalência e exige vigilância imunológica constante para mantimento de seu estado de latência. Suas interações crônicas com o sistema imune são associadas a efeitos deletérios, incluindo exaustão celular T e imunossenescência. No contexto da pandemia de COVID-19, nós perguntamos se a atividade celular e humoral CMV-específica poderia estar associada às respostas imunes contra o SARS-CoV-2. Métodos. PBMCs de adultos com COVID-19 leve (n=15) e grave (n=14) foram estimulados in vitro com peptídeos CMV ou SARS-CoV-2 para avaliar a produção de IFNγ, TNFα e IL-17 em células T CD4+ e CD8+. Anticorpos IgG e IgM anti-CMV e IgG e IgA anti-SARS-CoV-2 foram analisados por meio de ensaios imunoenzimáticos (ELISA). Concentrações séricas de citocinas Th1, Th2 e Th17 foram analisadas com um kit comercial de Cytometric Bead Array (CBA). Análise estatística pelos testes de Fisher, Mann Whitney e Spearman, com p<0,05. Resultados. Todos os pacientes exibiram soropositividade para IgG e ausência de IgM anti-CMV. Anticorpos anti-CMV não apresentaram associação com severidade de COVID- 19. Seis pacientes exibiram frequências elevadas de células T CD4+ e CD8+ CMV-específicas através da produção de IFNγ, IL-17 e TNFα, sendo designados como CMV high responders (hiT CMV). Em comparação com os demais pacientes, indivíduos hiT CMV exibiram frequências elevadas de células T CD4+IL-17+ e CD8+ IFNγ+, IL-17+ ou TNFα+ SARS-CoV-2-específicas (p<0,001), além de uma proporção predominante de IL-6 e IL-17 circulantes. Conclusão. A frequência elevada de células T CMV-específicas mostrou-se associada a um perfil imune com polarização Th17 contra o SARS-CoV-2, além de uma atividade CD8+ SARS-CoV-2-específica aumentada. Análises prospectivas poderiam indicar se o aumento da atividade T CMV-específica durante a fase aguda de COVID-19 poderia estar relacionada com complicações secundárias pós-covid resultantes de uma imunidade mal ajustada.