Navegando por Autor "Floriano, Jassana Moreira"

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Comer melhor gastando menos: aplicação de intervenção nutricional para melhorar a qualidade da dieta sem elevar os custos com alimentação em população atendida nas Unidades Básicas de Saúde
    (2024-08-08) Floriano, Jassana Moreira; Buss, Caroline; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
    A má qualidade da dieta é um dos principais fatores de risco de mortalidade, o que ressalta a importância de entender os desafios que afetam a disponibilidade e acessibilidade de alimentos nutritivos. Diversos estudos identificaram obstáculos que vão desde fatores individuais, como falta de conhecimento sobre alimentação e nutrição e hábitos alimentares inadequados, até questões interpessoais, como a ausência de apoio social. Além disso, recursos financeiros limitados são uma barreira significativa, dificultando o acesso a alimentos frescos e saudáveis. Há evidências de que uma melhor qualidade da dieta não precisa ser necessariamente mais dispendiosa. Pequenos aumentos no custo da dieta podem melhorar significativamente sua qualidade, embora isso varie devido a diferenças culturais, econômicas entre os países. No Brasil, onde um grande contingente da população possui rendimentos abaixo dos patamares ideais, a renda familiar é um fator determinante para a aquisição de alimentos. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares mostram que o consumo de frutas aumenta proporcionalmente com a renda, evidenciando a necessidade de intervenções que considerem o custo e a acessibilidade dos alimentos. Este estudo teve como objetivo desenvolver um programa de intervenção nutricional para orientar a melhoria da qualidade da dieta sem aumentar os custos com alimentação. A investigação justificou-se pela necessidade de fornecer evidências científicas que embasem intervenções eficazes e políticas públicas voltadas para o acesso equitativo a alimentos nutritivos. Capacitar indivíduos com informações claras e práticas culinárias é essencial para melhorar a qualidade da dieta, especialmente entre os grupos sociais mais vulneráveis. A tese aplicou um estudo experimental de abordagem mista, envolvendo adultos usuários de Unidades de Saúde em municípios do Rio Grande do Sul. O programa de intervenção nutricional é composto por cinco etapas, abordando desde a educação sobre a qualidade nutricional dos alimentos até a apresentação de receitas de baixo custo. A metodologia buscou capacitar os participantes a adotar práticas alimentares mais saudáveis e acessíveis. As contribuições desta pesquisa vão além da geração de conhecimento acadêmico. Espera-se que embasem políticas públicas e ofereçam um exemplo concreto de intervenção prática, promovendo mudanças positivas nos hábitos alimentares e na saúde da população. Este trabalho destaca a importância de um esforço conjunto de diferentes setores da sociedade, incluindo governos, profissionais de saúde, universidades e a comunidade, para enfrentar os desafios relacionados à alimentação saudável em populações de baixa renda.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Consumo de alimentos ultraprocessados e sua associação com fatores sociodemográficos e socioeconômicos em adultos usuários de unidades de saúde
    (2023-06-29) Alves, Felipe de Carvalho; Buss, Caroline; Floriano, Jassana Moreira; Departamento de Nutrição
    Introdução: Os hábitos alimentares da população mundial têm mudado nos últimos anos, com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e diminuição do consumo de alimentos “in natura” ou minimamente processados. Tem-se buscado estudar fatores sociais e econômicos que influenciam nessas mudanças de hábitos alimentares em diferentes populações. O presente estudo buscou avaliar a associação de fatores sociodemográficos e socioeconômicos e consumo de alimentos ultraprocessados na população de usuários de unidades básicas de saúde. Metodologia: Estudo transversal. Foram recrutados indivíduos de idade ≥ 18 anos, presencialmente, em unidades de saúde em 3 cidades do RS. O consumo alimentar foi avaliado de forma remota através de questionário de frequência alimentar (QFA) e três registros alimentares. Dados sociodemográficos e socioeconômicos foram coletados em questionário junto ao QFA. Então se avaliou a associação e correlação entre os fatores analisados e o consumo de ultraprocessados. Resultados: Foram incluídos 133 participantes neste estudo. Indivíduos mais jovens (18-29 em relação aos ≥50) tiveram associação significativa apontando para maior consumo calórico de ultraprocessados (p < 0,001) com correlação significativa inversa (rho -0,366 e p <0,001) e percentual de calorias de ultraprocessados (p 0,002), também com correlação significativa inversa (rho -0,344 e p <0,001), havendo também maior frequência de consumo (p 0,028). Além da idade, o Indice de Massa Corporal (IMC) apresentou associação significativa para consumo calórico de ultraprocessados (p 0,04) e percentual advindo de ultraprocessados (p 0,034) apontando para maior consumo de indivíduos eutróficos e com sobrepeso em relação aos de baixo peso. Conclusão: Dentre as variáveis analisadas, principalmente o consumo de ultraprocessados se mostrou inversamente proporcional a idade, porém não apresentou associação com fatores socioeconômicos avaliados, apontando para um consumo semelhante para todas as camadas sociais.