Navegando por Autor "Dorneles, Gilson Pires"
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Item Avaliação de marcadores de translocação microbiana na COVID-19: impacto na resposta inflamatória e perfil de monócitos(2022) Teixeira, Paula Coelho; Romão, Pedro Roosevelt Torres; Dorneles, Gilson PiresEsta dissertação teve como objetivo avaliar o impacto das alterações da barreira da mucosa gastrointestinal na resposta inflamatória sistêmica e subpopulações de monócitos na patogênese da COVID-19. Para isto, foram desenvolvidos dois estudos originais com foco na patogenia da infecção aguda pelo SARS-CoV-2, agente causador da COVID-19. No estudo 1, amostras de sangue periférico de pacientes com a forma grave da COVID-19 com desfecho de óbito apresentaram níveis aumentados de marcadores de translocação microbiana e de citocinas e quimicionas pró- inflamatórias (IL-6, TNF-α, CCL2/MCP-1 e CCL5/RANTES) ao longo da hospitalização. A incubação in vitro de monócitos com plasma de pacientes COVID- 19 não sobreviventes no T2 (fim da hospitalização) levou a uma maior expressão de TLR4, CCR2, CCR5, CCR7 e CD69. Conclui-se que há uma coexistência entre aumento da translocação microbiana, maior ativação de monócitos e hiperinflamação de pacientes com COVID-19 grave. O estudo 2 sugere que maiores níveis de endotoxinas na circulação podem indicar um estado comprometido da resposta imune do hospedeiro contra coinfecções em pacientes com COVID-19 grave. A estimulação ex vivo de sangue total de pacientes graves com COVID-19, com diferentes concentrações de LPS (1 e 10 ng/mL), induziu menor produção de IL-6, IL-10 e TNF- α na condição de 1 ng/mL e menor produção de IL-6, L-10, CCL2 e TNF-α após estimulação de 10 ng/mL em comparação com os controles. Ambas concentrações de endotoxina reduziram a frequência de monócitos CD14+HLA-DRlow em pacientes graves com COVID-19, enquanto que os aumentos na expressão de TLR-4 e ativação de NF-κB foram mais pronunciados em CD14+ HLA-DRlow e CD14+HLA-DRhigh monócitos de controles saudáveis e pacientes leves com COVID-19 em comparação com o grupo grave de COVID-19, sugerindo que a infecção aguda por SARS CoV-2 está associado a diminuição da resposta à endotoxina em monócitos. Diante disso, a infecção aguda por SARS CoV-2 e o desenvolvimento dos piores desfechos clínicos na COVID-19 podem estar associadas ao aumento da translocação microbiana, que coexiste com hiperinflamação e imunossupressão.Item Avaliação de marcadores inflamatórios e de dano endotelial e cerebral em pacientes hospitalizados com COVID-19(2023-06-30) Neves, Carla Lúcia Andretta Moreira; Romão, Pedro Roosevelt Torres; Dorneles, Gilson Pires; Thompson, Claudia ElizabethEmbora a COVID-19 seja mais conhecida por causar infecção respiratória, também pode resultar em várias manifestações extrapulmonares. Distúrbios neurológicos foram detectados em pacientes com COVID-19 e foram associados a maior risco de mortalidade intra-hospitalar e menor probabilidade de alta hospitalar. Este estudo teve como objetivo avaliar os níveis sistêmicos de mediadores inflamatórios, de dano endotelial e cerebral em pacientes hospitalizados com COVID-19 grave apresentando sintomas neurológicos (grupo Neuro COVID-19, n=15) e sem sintomas neurológicos (grupo COVID-19, n=15) em comparação com indivíduos apresentando sintomas de infecção respiratória e com RTq-PCR negativo para SARS-CoV-2 (grupo controle, n=5). O estudo incluiu 30 pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, com ou sem sintomas neurológicos, e admissão hospitalar entre junho e dezembro de 2020. Além destes, foram incluídos 5 pacientes não hospitalizados sem diagnóstico para COVID-19. O projeto para o estudo foi aprovado no Comitê de Ética da UFCSPA (CAAE: 38886220.0.0000.0000.5345). Amostras de sangue periférico foram realizadas no momento de admissão hospitalar (T1) e 0 - 72 h antes do desfecho (alta e/ou óbito) do paciente com COVID-19 grave (T2). A média de idade dos pacientes do grupo Neuro COVID-19 foi significativamente maior em relação ao grupo controle. Os pacientes do grupo COVID-19 e Neuro COVID-19 apresentaram índices de massa corporal (IMC) superiores em comparação com o grupo controle. Em relação ao tempo de hospitalização, o grupo Neuro COVID-19 apresentou um tempo médio de internação (22,3 dias) bem superior ao grupo COVID-19 (9,3 dias). Com relação às doenças prévias, os pacientes com COVID-19 grave apresentaram hipertensão, doença cardiovascular e diabetes como as mais frequentes, contudo no grupo Neuro COVID-19 observou-se um aumento significativo da frequência de diabetes e doenças neurológicas. Com relação aos biomarcadores sistêmicos avaliados, níveis mais elevados de ICAM-1, CCL26 (eotaxin-3) e VEGF foram encontrados em pacientes COVID-19 em comparação aos pacientes sem COVID-19. Os pacientes COVID-19 com sintomas neurológicos apresentaram níveis reduzidos de BDNF em comparação com o grupo controle, e elevados de SB100 em comparação com os grupos controle e COVID-19. O grupo Neuro COVID-19 também apresentou níveis aumentados de ICAM-1, CCL26 e VEGF em relação ao grupo de pacientes controle. Os níveis de ICAM-1 e CCL26 aumentaram no grupo COVID-19 entre os momentos T1 e T2. No tempo T2, os níveis de BDNF foram mais baixos nos pacientes com Neuro COVID-19 em comparação com T2 do grupo COVID-19. Além disso, em T2 os níveis de S100B, ICAM-1, CCL26 e VEGF aumentaram em relação a T1 em pacientes com Neuro COVID-19, com S100B e CCL26 significativamente maiores em relação ao grupo COVID-19. Este é o primeiro estudo a demonstrar que pacientes COVID-19 com sinais e sintomas neurológicos apresentaram, ao longo da internação, elevação de marcadores sistêmicos de inflamação, dano endotelial e cerebral evidenciando a participação da resposta inflamatória e lesão cerebral na fisiopatologia e gravidade da doença.Item Efeitos do treinamento de força sobre fatores cardiometabólicos em Indivíduos com Síndrome Metabólica: revisão integrativa(2022-12-05) Franzmann, Vinícius Smaniotto; Dal Lago, Pedro ; Dorneles, Gilson Pires; Departamento de FisioterapiaIntrodução: Síndrome Metabólica se caracteriza como um conjunto específico de alterações cardiometabólicas (diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade) que predispõem ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Entre as opções de tratamento não-farmacológico destaca-se o treinamento de força devido ao seu impacto sobre as alterações previamente descritas. Objetivo: Avaliar o potencial do treinamento de força sobre fatores de risco cardiometabólicos de pacientes com Síndrome Metabólica. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa utilizando três bases de dados (Medline/PubMed, SciElo e Lilacs). Para cada uma delas, realizaram-se buscas utilizando-se dos mesmos descritores. Após a busca inicial dos artigos, estes passaram por uma seleção minuciosa dos revisores em consonância com os critérios de inclusão. Resultados: 210 artigos foram encontrados, destes 13 foram incluídos. Tendo um número total de 476 indivíduos analisados, somando todos os estudos analisados. Doze dos treze estudos avaliados encontraram desfechos favoráveis em ao menos um dos fatores de risco ao expor os indivíduos com SM ao treinamento resistido, tendo a obesidade sendo o componente com maior resposta à intervenção. Conclusão: Os estudos descritos na presente revisão indicam a eficácia do treinamento de força para redução do percentual de gordura/circunferência de cintura, melhora do lipidograma, diminuição da resistência à insulina e da pressão arterial .Item Influência da capacidade cardiorrespiratória e do exercício físico agudo sobre a frequência periférica de monócitos e subpopulações de linfócitos T de homens eutróficos e obesos: perfil inflamatório e fatores epigenéticos(2019) Dorneles, Gilson Pires; Romão, Pedro Roosevelt Torres; Peres, AlessandraEsta tese teve como objetivo avaliar o impacto agudo e crônico de diferentes tipos de exercício físico na inflamação subclínica, subtipos de monócitos, subpopulações de linfócitos T e aspectos epigenéticos em células mononucleares do sangue periférico de homens eutróficos e obesos. No estudo 1, uma sessão de exercício exaustivo induziu um aumento no fenótipo pró-inflamatório de células mononucleares (PBMCs) estimuladas com lipopolissacarídeos (LPS) devido a um estado de hiperacetilação da histona H4 e baixa atividade da enzima HDAC2 em conjunto a uma elevação na frequência de monócitos CD14+CD16+ e maior produção de interleucina (IL)-8 e fator de necrose tumoral alfa (TNF- α) em indivíduos obesos. No estudo 2, o exercício intervalado de alta intensidade induziu uma mobilização similar de células T CD4+CD25+CD39+ (células T reguladoras de memória, mTreg) e CD4+CD25-CD39+ (células T efetoras de memória, mTeff) imediatamente após o exercício em homens com baixa e alta capacidade cardiorrespiratória. A redistribuição de células mTeff 1 h após a sessão é dependente da capacidade cardiorrespiratória, uma vez que homens com alta capacidade cardiorrespiratória apresentaram uma queda na frequência de mTeff abaixo dos valores basais. O estudo 3 identificou que uma alta capacidade cardiorrespiratória é capaz de modular as alterações imunes associadas a obesidade como a frequência periférica de células T reguladoras, as frequências periféricas de células mTreg, mTeff e monócitos CD14+CD16+ e CD14-CD16+. Um desequilíbrio entre as concentrações de citocinas pró- (IL-6 e TNF-α) e anti-inflamatórias (IL-10 e IL-33) foi observado em indivíduos eutróficos e obesos em relação à capacidade cardiorrespiratória. Em conclusão, diferentes protocolos de exercício físico modulam a resposta inflamatória através de mecanismos epigenéticos e alterações no fenótipo de células imunes. Além disso, altos níveis de capacidade cardiorrespiratória apresentam importantes efeitos no controle das alterações celulares e moleculares induzidas pela obesidade.