Navegando por Autor "Constant, Hilda Maria Rodrigues Moleda"
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Item O engajamento no tratamento de poliusuários de substâncias por meio de um serviço de telessaúde(Wagner Wessfll, 2020) Rocha, Bianca Silva da; Barros, Helena Maria Tannhauser; Constant, Hilda Maria Rodrigues MoledaO número de usuários de substâncias psicoativas vem crescendo no Brasil, nos últimos anos. A entrevista breve motivacional tem se sobressaído como uma abordagem importante na motivação do usuário para a mudança de comportamentos que envolvem o uso problemático de substâncias. A motivação é fundamental para um tratamento com resultado positivo podendo ser desenvolvida por meio da entrevista motivacional, na qual auxilia o alcance de uma aliança terapêutica. Essa aliança pode ser criada, também, por telefone, que é uma forma de atendimento efetiva, de amplo acesso e rápida. A aliança terapêutica coopera para adesão do usuário e seu engajamento no tratamento. O objetivo deste estudo foi resumir os achados de literatura sobre adesão e engajamento terapêutico de poliusuários de drogas, especialmente quando do uso de intervenção motivacional por telefone no atendimento de dependentes químicos. Ainda, por meio de um estudo clínico randomizado, verificar as características dos poliusuários de substâncias que aderiram ou não aderiram ao tratamento e se houve influência da entrevista motivacional na mudança de comportamento, possibilitando a melhora das estratégias de abordagens ao usuário, a fim de que o mesmo finalizasse o protocolo de tratamento e se mantivesse em abstinência. Foram incluídos no estudo randomizado 769 poliusuários que ligaram para o um serviço nacional de atendimento telefônico de usuários de substâncias entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016. A partir disso, foi produzido um artigo denominado: “O impacto de um serviço de telessaúde no engajamento do tratamento: um estudo randomizado com usuários de drogas”. Este estudo avaliou a adesão e o engajamento dos dependentes químicos durante o tratamento por meio da telessaúde. Os usuários foram alocados em dois grupos, o grupo experimental recebeu entrevista motivacional e o grupo controle recebeu informações e orientações a despeito do uso e abuso de drogas. Os achados deste estudo reforçam estudos anteriores demonstrando baixa adesão dos poliusúarios de substâncias a intervenções com objetivos de abstinência, inclusive por telessaúde, e mesmo quando aplicadas através de metodologias motivacionais. Ainda, fornecem informações sobre as características dos usuários que favorecem a adesão ao tratamento e o engajamento à mudança de comportamentos como mais idade e maior gravidade da dependência química. A busca de melhores formas de abordagem destes usuários, deve trazer estudos adicionais na busca de novas alternativas para evitar o absenteísmo durante o tratamento de dependentes químicos.Item Influência da intervenção breve motivacional nas estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por usuários de álcool para cessar o uso(2013) Constant, Hilda Maria Rodrigues Moleda; Ferigolo, Maristela; Barros, Helena Maria TannhauserO crescente aumento de consumo de álcool e as demandas referentes ao seu tratamento acarretam na necessidade de novas formas de abordagens no auxílio a estes usuários. A intervenção breve motivacional (IBM) é uma forma de aconselhamento que visa à mudança de comportamento dos usuários de substâncias psicoativas. Nessa intervenção é possível planejar estratégias de enfrentamento que podem auxiliar na parada do uso e na manutenção da abstinência. O objetivo deste estudo foi verificar se a IBM influencia no aumento da frequência de uso das estratégias de enfrentamento (Coping) utilizadas por usuários de álcool para cessar o consumo por meio do Coping Behaviours Inventory – CBI. Foram incluídos no estudo usuários que ligaram para o Serviço Nacional de Informações e Orientações sobre a Prevenção do Uso de Drogas (VIVAVOZ) com desejo de parar de utilizar o álcool e que aceitaram participar do estudo, após a leitura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Os participantes responderam questionários para avaliação do perfil sociodemográfico, avaliação do consumo de álcool, avaliação de dependência de álcool, escala de contemplação Ladder para identificar estágio motivacional e versão adaptada ao português do CBI. Dois estudos foram conduzidos para atingir o objetivo do trabalho. Estudo 1: Realizou a adaptação transcultural e validação de conteúdo do CBI para aplicação em usuários de álcool no Brasil. O processo seguiu os procedimentos: tradução, contra-tradução, avaliação de conteúdo e aplicação em estudo piloto. A versão final foi aplicada por telefone em uma amostra de 40 usuários de álcool que buscaram auxílio no VIVAVOZ. A versão retraduzida aproximou-se da original. Quanto à validação de conteúdo, a maioria dos itens obteve coeficiente de validade de conteúdo superior a 0,80. Além disso, a concordância entre os juízes referente à dimensão teórica apresentou índice Kappa médio igual a 0,666. Os resultados para a adaptação transcultural e validação de conteúdo do CBI mostram-se satisfatórios e aceitáveis, o que demonstra que a escala está adequada para investigar as estratégias de enfrentamento que usuários de álcool utilizam para parar o uso. Estudo 2: Verificou se a IBM influenciou no aumento da frequência de uso das estratégias de enfrentamento (Coping) utilizadas por usuários de álcool para cessar o consumo. Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado. Os participantes foram alocados em dois grupos: intervenção (IBM) e controle (incluindo entrevista com perguntas fechadas e informações sobre drogas) e acompanhados por 6 meses. Dos 456 indivíduos que preencheram os critérios de inclusão e foram randomizados, 105 seguiram acompanhamento durante seis meses. A maioria destes participantes era do sexo masculino (76,2%), solteiros, separados ou viúvos (66,3%) e com idade média igual a 32,26 anos (dp = 10,57). Ao final do acompanhamento, verificou-se que os usuários passaram a utilizar mais frequentemente como estratégia o pensamento positivo e menos evitação/distração, independente de ser do grupo intervenção ou controle, (p = 0,001 para ambos). Além disso, 76% dos usuários pararam ou diminuíram o uso de álcool. Os dados reforçam a necessidade de estudos com amostras maiores e por um período mais longo de acompanhamento.Item Perspectivas das estratégias de coping em usuários de álcool(2018) Constant, Hilda Maria Rodrigues Moleda; Ferigolo, Maristela; Barros, Helena Maria Tannhauser; Oliveira, Margareth da Silva; Tatay, Carmen MoretPesquisas relacionadas ao consumo de álcool têm mudado seu foco na avaliação de quais tratamentos são eficazes para se concentrar na compreensão de como os mecanismos pelos quais ocorrem mudanças bem-sucedidas ocorrem. Este estudo objetivou avaliar as estratégias de coping em usuários de álcool atendidos em uma central de aconselhamento telefônico (Serviço Nacional de Informações e Orientações sobre a Prevenção do Uso de Drogas - VIVAVOZ), bem como usuários em tratamento ambulatorial na Cruz Vermelha e comunidades terapêuticas. A partir disso, foram produzidos 3 artigos: 1- Alcohol User Profile after a Brief Motivational Intervention in Telephone Follow-up: Evidence Based on Coping Strategies, este estudo verificou os efeitos da IBM frente ao coping e determinou as diferenças entre os perfis de usuários de álcool atendidos em uma central de aconselhamento telefônico acompanhados por 6 meses. O estudo empregou o CBI como uma medida dependente. Uma amostra de 120 indivíduos foram aleatoriamente designados para 2 grupos: Intervenção (IBM) ou controle (intervenção mínima). A análise dos perfis dos participantes resultou em 3 diferentes grupos: i) Participantes que pertenciam ao grupo controle e não pararam de beber, ii) Participantes que estavam no grupo controle e pararam de beber, e iii) participantes no grupo experimental em que a grande maioria parou de beber. Os resultados descrevem um enfrentamento mais igualmente distribuído nos diferentes fatores para os participantes após a intervenção e algumas características de perfil relacionado ao coping e ao desfecho de mudança de comportamento diferentes dentro do grupo controle. 9 2- CBI-20: Psychometric properties for the Coping Behaviours Inventory for alcohol abuse in Brazil, examinou a estrutura de fatores do Inventário de Comportamento de Coping (CBI) e testou sua invariância em diferentes grupos. Para isso, foram realizados: estudo I (670 participantes) para análise fatorial exploratória e estudo II (232 participantes face a face e 221 participantes via telefone) para análise fatorial confirmatória e análise multigrupo. Os resultados confirmam a solução de 4 fatores com um modelo revisado e remoção de alguns itens. Esta nova versão apresentou melhores índices do que as versões anteriores. Além disso, a nova versão mostrou validade convergente com o questionário Habilidades de Enfrentamento Antecipatório para a Abstinência de Álcool e outras Drogas (IDHEA). Finalmente, a versão brasileira da CBI não mostrou diferenças entre o aconselhamento do telefone e os participantes presenciais em um nível métrico após uma análise multigrupo. 3- "Brief Motivational Intervention, Telehealth and Strategies Coping: the new health Technologies, o trabalho propôs um modelo baseado na relação entre a lBM por telefone, autoeficácia, estratégias de coping e desfecho(parou/não parou). Participaram do estudo 173 usuários de álcool em acompanhamento por 6 meses em um serviço de telessaúde. O estudo compreendeu um ensaio clínico randomizado, o que permitiu atribuir aleatoriamente os sujeitos da amostra aos grupos controle (Intervenção Mínima) (61, 3%) ou IBM (Intervenção Breve Motivacional) (38,7%). Para examinar as relações entre a IBM, autoeficácia, estratégias de enfrentamento e desfecho, foi utilizado método do modelo de equações estruturais (SEM). Os dados sustentam a afirmação de que, certamente, os indivíduos que foram aconselhados pela IBM tiveram uma melhor autoeficácia 10 e resultado, e indiretamente também se beneficiaram de um aumento na frequência de uso de estratégias de enfrentamento. A presente pesquisa propôs aprofundar e ampliar o conhecimento em resultados benéficos para o tratamento do alcoolista. Dessa forma, a percepção do perfil dos participantes, conhecimentos relacionados aos comportamentos subjacentes às estratégias de enfrentamento, a reformulação de uma ferramenta de avaliação efetiva que demonstre a qualidade de sua aplicabilidade com diferentes grupos, e um modelo, que se correlaciona com alguns mecanismos envolvidos no resultado positivo no tratamento nesta população, foi proposto. Esses resultados podem esclarecer as ferramentas emergentes e proporcionar um apoio baseado em evidências na aplicabilidade clínica.