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Navegando por Autor "Bernardes, Simone"

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    Aspectos nutricionais do paciente com DPOC: comprometimento nutricional e intervenção dietética
    (Wagner Wessfll, 2022) Bernardes, Simone; Teixeira, Paulo José Zimermann; Silva, Flávia Moraes
    A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se pela obstrução crônica e progressiva do fluxo aéreo, decorrente da resposta inflamatória anormal dos pulmões. As alterações patológicas da doença envolvem também a inflamação sistêmica, que contribui para o catabolismo proteico e perda de massa muscular, aumentando o risco do comprometimento do estado nutricional nestes pacientes. No entanto, o impacto do suporte nutricional nesse grupo de pacientes é controverso. Assim, o primeiro objetivo dessa tese foi verificar a associação da circunferência da panturrilha (CP) reduzida com desfechos clínicos em pacientes com DPOC encaminhados para um programa de reabilitação pulmonar. Nessa coorte histórica de 144 pacientes, aqueles com CP reduzida eram mais propensos a apresentar piores desfechos: gravidade da doença (OR= 5,09; IC 95%, 2,00 a 12,96), exacerbações frequentes (OR = 2,34; IC 95%, 1,11 a 4,91), maior comprometimento da qualidade de vida (OR = 2,70; IC 95%, 1,22 a 6,00) e maior mortalidade (OR = 3,69; IC 95%, 1,06 a 12,87). O segundo objetivo da tese foi verificar a acurácia do índice de massa corporal (IMC) no diagnóstico de desnutrição e seu valor prognóstico para o tempo de internação e mortalidade intra-hospitalar em pacientes com DPOC internados por exacerbação da doença. Nessa análise secundária de uma coorte envolvendo 241 pacientes, o baixo IMC apresentou acurácia insatisfatória para identificar a desnutrição (AUC < 0,70), mas foi um preditor de permanência hospitalar prolongada (OR = 2,28; IC 95%, 1,17 a 4,44). O último objetivo da tese foi revisar sistematicamente o efeito de intervenções dietética com suplementação nutricional oral (SNO) calórico e/ou proteica em parâmetros do estado nutricional em pacientes com DPOC. Os resultados da revisão sistemática com meta-análise envolvendo 32 ensaios clínicos randomizados (ECR) demonstrou que as intervenções nutricionais aumentaram o peso corporal (MD = 1,44 kg; IC 95%, 0,81 a 2,08, I2 = 73%), a massa livre de gordura (MLG) (SMD = 0,37; IC 95%, 0,15 a 0,59, I2 = 46%), a circunferência muscular do braço (MD = 0,29 mm2 ; IC 95%, 0,02 a 0,57, I2 = 0%), a dobra cutânea tricipital (MD = 1,09 mm; IC 95%, 0,01 a 2,16, I2 = 0%) e a força da preensão palmar (FPP) (SMD = 0,39; IC 95%, 0,07 a 0,71, I2 =62%) em comparação com as dietas controle. Porém, a certeza da evidência para os desfechos nutricionais variou de muito baixa a baixa. O comprometimento do estado nutricional é prevalente em pacientes com DPOC e está associado a piores desfechos clínicos. E ainda que o IMC reduzido seja um preditor independente de mortalidade, o seu uso isolado é inapropriado para a identificação de desnutrição. O aumento da oferta calórica e/ou proteica por meio de SNO promove a melhora de marcadores do estado nutricional em pacientes com DPOC.
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    Padrões dietéticos e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: mapeamento da literatura e associação com desfechos clínicos em pacientes ambulatoriais
    (2024-12-06) Ignacio, Carolina Carlotto; Silva, Flávia Moraes; Bernardes, Simone; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição
    Introdução e Objetivos: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo responsável por elevada morbimortalidade e impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Apesar dos avanços no diagnóstico e manejo da doença, ainda existem lacunas importantes no entendimento de fatores modificáveis, como a alimentação, no desenvolvimento e na progressão da DPOC. Evidências emergentes sugerem que padrões dietéticos saudáveis, como a dieta mediterrânea e o Índice de Alimentação Saudável (HEI), podem desempenhar um papel benéfico na função pulmonar, qualidade de vida e desfechos clínicos em pacientes com DPOC. No entanto, a literatura atual carece de dados robustos e consistentes sobre a associação entre a qualidade da dieta e os desfechos clínicos, incluindo capacidade funcional, gravidade da doença e sintomas. Diante disso, é crucial aprofundar a investigação sobre o impacto da alimentação no manejo da DPOC. Esta dissertação teve por objetivo mapear a literatura acerca da relação entre padrões alimentares (PAs) e a presença de DPOC e de desfechos clínicos em portadores da doença e avaliar a associação entre a qualidade da dieta, mensurada através do Healthy Eating Index-2020 (HEI-2020) e desfechos clínicos em pacientes ambulatoriais com DPOC. Métodos: Foram conduzidos dois estudos para responder aos objetivos da presente dissertação: uma revisão de escopo e um estudo transversal. A revisão de escopo foi conduzida seguindo a metodologia do Instituto Joanna Briggs (JBI), com registro na plataforma Open Science Framework e reportada de acordo com o roteiro de relato PRISMA-ScR. A busca da literatura foi realizada nas bases PubMed, Scopus, Embase e Web of Science, utilizando termos relacionados ao contexto (DPOC) e ao conceito (padrões alimenaes). Não houve restrição de idioma ou data de publicação. Dois revisores independentes analisaram os títulos, resumos e textos completos, com apoio das ferramentas Rayyan® e Endnote®, resolvendo possíveis divergências por meio de um terceiro revisor. Os dados foram extraídos utilizando um formulário padronizado no RedCap®, coletando informações sobre objetivos, métodos, características da amostra, instrumentos de avaliação da dieta e resultados. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela Escala de Newcastle-Ottawa (NOS). A análise incluiu agrupamento dos PAs como saudáveis ou não saudáveis, com dados descritos por frequência relativa e absoluta para variáveis categóricas e médias ou medianas para contínuas. O estudo transversal foi realizado com pacientes com DPOC atendidos consecutivamente em um ambulatório de um hospital no sul do Brasil, entre janeiro de 2019 e julho de 2024, com interrupção durante a pandemia de COVID-19. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética (nº 6.690.341 os participantes assinaram o termo de consentimento, sendo elegíveis se idade superior a 18 anos, com diagnóstico confirmado de DPOC por espirometria, sem aconselhamento dietético nos 6 meses anteriores e capazes de preencher o registro alimentar de 3 dias. Foram excluídos pacientes com outras doenças pulmonares e aqueles com ingestão energética fora do intervalo de confiança de 90% da distribuição do consumo de calorias na amostra estudada. Foram coletados dados cínicos, nutricionais e sócio-demográficos para caracterização da amostra. O consumo alimentar foi avaliado por 3 dias de registro alimentar e a qualidade da dieta avaliada pelo HEI-2020, sem o componente “ingestão de sódio”, sendo os pacientes agrupados de acordo com os tercis do escore em “baixo HEI-2020”, “médio HEI2020” e “alto HEI-2020”. Os desfechos de interesse incluíram severidade da DPOC de acordo com os critérios GOLD, teste de caminhada de 6 minutos, qualidade de vida avaliada pelo questionário Saint George, gravidade da dispneia avaliada pela escala MC modificada e prognóstico avaliado pelo índice BODE. A análise estatística foi realizada no software R por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, e regressão logística ajustada para fatores clínicos relevantes. Resultados: Foram incluídos 24 estudos na revisão de escopo, sendo que 83,3% investigaram o papel de PAs na etiologia da DPOC, enquanto 16,7% analisaram os desfechos relacionados à saúde em portadores de DPOC. Questionários de frequência alimentar (75%) foram frequentemente empregados para avaliação do consumo alimentar. 67% estudos avaliaram PAs definidos a priori, com foco na Dieta Mediterrânea (MedDiet) e no HEI, enquanto 33,3% analisaram PAs definidos a posteriori, representados principalmente pelos padrões “Dieta prudente” e “dieta tradicional”. 60% dos estudos demonstraram associações significativas entre PAs e risco/ chances de DPOC. No entanto, os estudos que examinaram PAs e desfechos em pacientes com DPOC apresentarem resultados inconsistentes. Foram incluídos no estudo transversal 99 pacientes elegíveis (63,6% mulheres, 67,2 ± 8.4 anos, 81,8% de etnia auto relatada branca, 86,9% ex-tabagista). Os estágios GOLD mais frequentes foram 3 (34,3%) e 2 (33,3%), e um terço da amostra apresentou o fenótipo de exacerbador (34,4%). A média do escore HEI-2020 foi 56,55 ± 8,43. Não foram observadas diferenças significativas na gravidade da DPOC, intensidade da dispneia, qualidade de vida, capacidade funcional ou frequência do fenótipo de exacerbador entre os tercis de qualidade dietética. No entanto, pacientes com pior prognóstico foram mais frequentes (p = 0,047) no primeiro (51,5%) e no terceiro (48,5%) tercis em comparação com o segundo tercil (30,3%). Essa associação, no entanto, não foi mantida na análise multivariada [OR (segundo tercil) = 2,29; IC 95%: 0,71–7,38; OR terceiro tercil) = 0,54; IC 95%: 0,17–1,69]. Conclusões: O mapeamento da literatura sugere que padrões dietéticos saudáveis estão associados à menor chance de indivíduos apresentarem DPOC, embora a relação entre desfechos clínicos e adesão à padrões dietéticos em portadores de DPOC tenha sido pouco explorada até o momento. Em estudo envolvendo amostra de pacientes com DPOC em acompanhamento ambulatorial, a qualidade da dieta avaliada pelo HEI-2020 não foi associada à severidade do DPOC, qualidade de vida, sispneia, capacidade funcional e prognóstico, possivelmente pelo baixo escore do índice evidenciada entre os participantes do estudo. O conjunto de evidências reforça a necessidade de estudos futuros explorando a relação entre padrões dietéticos e desfechos clínicos nessa população.

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
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