Navegando por Autor "Alvariz, Rafaela Martins"
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Item Efeito in vitro do metabólito acumulado, globotriaosilceramida, na doença de Fabry sobre os complexos da cadeia transportadora de elétrons e parâmetros redox(2017) Alvariz, Rafaela Martins; Barschak, Alethéa GattoIntrodução: As doenças lisossômicas de depósito (DLD) são uma família de mais de 50 doenças genéticas distintas sendo cada uma o resultado de um defeito na função de uma enzima lisossomal específica. A doença de Fabry (DF) é de herança ligada ao X e ocorre devido a mutações no gene GLA, que codifica a enzima α galactosidase A. Trata-se de uma enzima lisossomal, o que torna também a DF uma DLD. Como consequência, os substratos da enzima acumulam-se nos mais variados líquidos biológicos e tecidos. O resultado é a diminuição ou não capacidade de catabolizar lipídeos com resíduos terminais de α-galactosil, em especial o globotriaosilceramida (GB3), havendo acúmulo progressivo destes nos lisossomos de diferentes tecidos. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito in vitro do metabólito GB3 sobre os complexos da cadeia transportadora de elétrons e os parâmetros redox (enzimas antioxidantes, lipoperoxidação e formação de espécies reativas). Materiais e métodos: Os parâmetros avaliados neste trabalho foram determinados no homogeneizado (córtex cerebral e rim) de ratos Wistar pré-incubado por 60 minutos a 37°C na ausência (grupo controle) ou na presença (grupo teste) do GB3 nas concentrações de 3, 6, 9 e 12 mg/L. Resultados: Nossos resultados mostraram uma diminuição da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) no córtex cerebral, bem como um aumento na formação do malondialdeído (MDA), na presença do GB3. Verificamos ainda que o GB3 in vitro foi capaz de provocar um aumento na atividade dos complexos II e IV da cadeia transportadora de elétrons (CTE), um aumento da produção de espécies reativas e um aumento na atividade da SOD no homogeneizado do rim dos ratos. Conclusões: Enfim, nossos resultados sugerem que o principal metabólito acumulado na DF, o GB3, parece contribuir para o desequilíbrio energético e o redox celular, e o que pode estar relacionado às manifestações renais e cerebrais graves observadas na doença. Entretanto, mais estudos envolvendo a avaliação da CTE em amostras de pacientes ou em cultura celular poderão auxiliar no melhor entendimento destes resultados.