Navegando por Autor "Almeida, Felipe Borges"
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Item Efeitos da alopregnanolona sobre o comportamento tipo depressivo de ratos com perfis distintos de imobilidade no nado forçado(2017) Almeida, Felipe Borges; Barros, Helena Maria Tannhauser; Nin, Maurício SchülerA depressão é um transtorno mental altamente prevalente e incapacitante cuja etiologia está relacionada a fatores ambientais e individuais. Apesar de tratável, a eficácia das terapias farmacológicas antidepressivas ainda é incompleta. Muitos estudos recentes têm tentado esclarecer a fisiopatologia da depressão a fim de prover terapias farmacológicas mais eficazes. Alguns destes estudos focam na elucidação dos mecanismos genéticos que concedem predisposição ou resiliência à depressão e outros têm procurado expandir o escopo das investigações relacionadas aos sistemas neuroquímicos que estão envolvidos na depressão. Os neuroesteroides, como a alopregnanolona, têm recebido atenção devido à sua ação como moduladores do sistema GABAérgico, sendo intimamente relacionados com a depressão em estudos clínicos e pré-clínicos. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da alopregnanolona em ratos com diferentes padrões de comportamentos tipo-depressivos gerados através de cruzamentos seletivos. Neste trabalho, ratos Wistar machos e fêmeas foram submetidos ao teste do nado forçado (FST) por três gerações para selecionar os animais com perfis extremos de imobilidade e cruzá-los entre si, dando origem a duas subpopulações com históricos “familiares” distintos de comportamentos tipodepressivos: alta ou baixa imobilidade. Machos de cada subgrupo da terceira geração receberam infusão intracerebroventricular de alopregnanolona, veículo (controle negativo) ou imipramina (controle positivo) e avaliados novamente no FST. Os subgrupos dos machos na terceira geração tiveram um tempo de imobilidade estatisticamente diferente entre si. No entanto, apenas os ratos de alta imobilidade diferiram da população inicial. Tanto a imipramina quanto a alopregnanolona mostraram um efeito tipo-antidepressivo nos animais de alta imobilidade, ainda que em magnitudes diferentes. Estas drogas não foram capazes de alterar o tempo de imobilidade no FST nos animais de baixa imobilidade. Estes resultados apontam para um efeito diferenciado dos antidepressivos dependente da predisposição a apresentar comportamentos tipo-depressivos.Item Neuroesteroides e MicroRNAs na depressão: marcadores comportamentais e biológicos em uma abordagem pré-clínica(2024-04-11) Almeida, Felipe Borges; Barros, Helena Maria Tannhauser; Nin, Maurício Schüler; Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeA depressão é um transtorno altamente prevalente e incapacitante de etiologia tanto ambiental quanto hereditária. Devido ao seu diagnóstico se basear na comunicação subjetiva de sintomas, há um grande esforço na busca por biomarcadores que auxiliem no diagnóstico deste e de outros transtornos associados, como o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT). Esta busca se concentra em moléculas que participem da neurobiologia dos transtornos depressivos, que certamente envolve sistemas que vão além da teoria serotonérgica proposta a partir do mecanismo de ação dos agentes antidepressivos mais utilizados atualmente. Neuroesteroides como a alopregnanolona, proteínas neurotróficas como o BDNF e microRNAs como o miR-144-3p são algumas das classes de moléculas com relevância na neurobiologia da depressão. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de neuroesteroides, proteínas neurotróficas e microRNAs como biomarcadores de transtornos depressivos. Para isto, foram desenvolvidas três revisões de literatura, um capítulo metodológico e um manuscrito experimental apresentados neste trabalho. As revisões de literatura demonstram que a) neuroesteroides como a alopregnanolona e proteínas neurotróficas como o BDNF encontram-se reduzidos em modelos animais de depressão, mediando o aparecimento de comportamentos tipo-depressivos; b) neuroesteroides e proteínas neurotróficas são promissores candidatos a biomarcadores de transtornos depressivos e TEPT; e c) os níveis reduzidos de alopregnanolona encontrados na depressão e TEPT fazem parte da desregulação da resposta ao estresse mediada pelo eixo HPA. Subsequentemente, o processo de implementação da metodologia de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em tandem para a detecção da alopregnanolona e seus isômeros é descrito e os resultados parciais são apresentados. Por fim, ratos machos e fêmeas foram cruzados seletivamente com base em alta ou baixa expressão de comportamento tipo-depressivo (imobilidade no teste do nado forçado) por três gerações, recebendo na última geração tratamento com diferentes doses de fluoxetina e tendo a expressão do miR-144-3p quantificada no sangue. Os resultados encontrados demonstram um efeito tipo-antidepressivo em todos os animais, além de apontar que os níveis do microRNA 144-3p no sangue de ratos está correlacionado com comportamentos tipo-depressivos, particularmente em machos não tratados da linhagem de baixa imobilidade. Os resultados deste trabalho permitem concluir que neuroesteroides, proteínas neurotróficas e microRNAs são biomarcadores promissores de transtornos depressivos. Estudos subsequentes de validação clínica são necessários para sua eventual implementação na prática clínica.