Resposta emocional de médicos ao avaliar pacientes suicidas: o papel do estigma e de fatores sociodemográficos

dc.contributor.advisorFerrão, Ygor Arzenopt_BR
dc.contributor.authorMonteiro, Ricardo Tavarespt_BR
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdept_BR
dc.date.accessioned2025-08-19T19:08:43Z
dc.date.available2025-08-19T19:08:43Z
dc.date.date-insert2025-08-19
dc.date.issued2025-05-05
dc.descriptionDissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractObjetivo: Investigar se as respostas emocionais de médicos — conceituadas como contratransferência — estão associadas ao estigma relacionado ao suicídio e a fatores individuais, incluindo gênero, idade, experiência clínica, formação sobre suicídio e especialidade médica. Métodos: Estudo transversal realizado por meio de um questionário online autorrespondido com 178 médicos no Brasil. Os participantes responderam instrumentos avaliando dados sociodemográficos, resposta emocional a pacientes suicidas, e estigma relacionada ao suicídio. Os dados foram analisados por regressões lineares múltiplas, correlações de Pearson, testes t e análise de rede. Resultados: As dimensões de resposta emocional (aproximação, indiferença e rejeição) não foram associadas ao estigma sobre suicídio. No entanto, componentes emocionais específicos mostraram associação significativa: “disposição para ajudar” associou-se negativamente ao estigma (β = −0,32, p = 0,004), enquanto “desinteresse” associou-se positivamente (β = 0,23, p = 0,022). Mulheres apresentaram maior nível de aproximação (r = 0,23), mais empatia (r = 0,31) e menor estigma (r = −0,30). Anos de prática correlacionaram-se positivamente com estigma (r = 0,16) e negativamente com educação sobre suicídio (r = −0,35). Psiquiatras apresentaram maiores níveis de aproximação e menores níveis de estigma em comparação a não psiquiatras. Burnout esteve associado a maior indiferença (r = 0,27). A análise de rede indicou que indiferença e especialidade médica apresentaram maior centralidade. Conclusões: Respostas emocionais específicas — especialmente disposição para ajudar e desinteresse — associam-se ao estigma sobre o suicídio entre médicos. Características individuais como gênero, especialidade médica e experiência na área também influenciam o engajamento emocional. Tais achados indicam a importância de integrar a consciência emocional e a redução do estigma à formação médica como potencial estratégia de prevenção do suicídio.pt_BR
dc.description.abstract-enObjective: To investigate whether physicians’ emotional responses are associated with suicide-related stigma and individual-level factors, such as gender, age, years of practice, education on suicide and medical specialty. Methods: A cross sectional, web-based survey was conducted with 210 physicians in Brazil. Participants voluntarily completed validated self-report instruments assessing sociodemographic data, emotional responses to suicidal patients, suicide-related stigma, burnout and empathy. Data were analyzed using multiple linear regressions, Pearson correlations, t-tests, and network analysis. The study was approved by the university ethics committee. Results: Emotional response dimensions (closeness, distance and indifference) were not significantly associated with suicide-related stigma. However, specific emotional components were related to stigma: "willingness to help” was negatively associated with stigma (β = −.32, p = .004), while “lack of concern” was positively associated with stigma (β = .23, p = .022). Female gender was associated with higher closeness (r = .23), more empathy (r = .31), and lower stigma (r = −.30). Years of practice were positively associated with stigma (r = .16) and negatively associated with suicide-related education (r = −.35). Psychiatrists reported higher closeness scores and lower stigma levels compared to non-psychiatrists. Burnout was associated with greater indifference (r = .27). Network analysis confirmed key associations and revealed that indifference and medical specialty had the highest centrality values. Conclusions: Specific emotional responses - notably willingness to help and lack of concern - are associated with suicide-related stigma among physicians. Individual characteristics such as gender, specialty, and years of practice also influence emotional engagement. These findings highlight the potential value of integrating emotional awareness and stigma reduction strategies into physician training for suicide prevention.en
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/3381
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Embargadopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectSuicídiopt_BR
dc.subjectEstigma Socialpt_BR
dc.subjectResposta Emocionalpt_BR
dc.subjectContratransferênciapt_BR
dc.subjectMédicospt_BR
dc.subjectEmpatiapt_BR
dc.subjectEsgotamento Psicológicopt_BR
dc.subject[en] Suicideen
dc.subject[en] Social Stigmaen
dc.subject[en] Emotional Responseen
dc.subject[en] Countertransferenceen
dc.subject[en] Physiciansen
dc.subject[en] Empathyen
dc.subject[en] Burnout, Psychologicalen
dc.titleResposta emocional de médicos ao avaliar pacientes suicidas: o papel do estigma e de fatores sociodemográficospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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