Avaliação da colonização bacteriana de dermatoscópios e de adaptadores para smartphones

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Data
2018
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Resumo
Introdução: microrganismos, com ou sem potencial patogênico, podem ser transferidos de pessoa a pessoa através de estetoscópios, celulares, canetas e outros acessórios. Como estes objetos, o dermatoscópio e o adaptador para smartphone também podem ser veículos de transmissão de microrganismos. Objetivo: identificar os cocos gram-positivos mais frequentemente encontrados em dermatoscópios e adaptadores para smartphones, bem como o perfil de resistência, e avaliar os fatores associados com um maior risco de contaminação bacteriana na lente e no botão liga/desliga dos dermatoscópios. Materiais e métodos: estudo transversal realizado com 118 dermatologistas de Porto Alegre/RS, Brasil entre setembro de 2017 a julho de 2018. Foram utilizados swabs em dois ou três locais previamente definidos dos dermatoscópios: na lente, no botão liga/desliga e no adaptador para smarphone. Os cocos grampositivos foram identificados por MALDI-TOFMS e o uso do dermatoscópio foi avaliado através de um questionário. Resultados: dos dermatoscópios analisados, 46,6% tiveram crescimento de cocos gram-positivos na lente, 37,3% no botão liga/desliga e 37% no adaptador para smartphone. Os microrganismos mais frequentemente encontrados foram S. epidermidis, S. hominis e S. warneri. S. aureus foi detectado apenas na lente. Os cocos gram-positivos apresentaram as maiores taxas de resistência frente à penicilina, eritromicina, sulfametoxazol-trimetoprim e clindamicina. A análise multivariada revelou que os dermatologistas que usavam mais vezes o dermatoscópio, a partir do ponto de corte 11 vezes ao dia, apresentam 1,52 vezes a prevalência de contaminação por cocos gram-positivos quando analisados em conjunto os três pontos de análise (lente, botão liga/desliga e adaptador) (p=0,022) e 2,53 vezes a prevalência de contaminação por cocos gram-positivos no botão liga/desliga quando comparados com quem usava menos do que 11 vezes ao dia o dermatoscópio (p=0,013). Conclusão: Estafilococos coagulase negativo foram frequentemente identificados. Nós encontramos uma associação estatisticamente significativa entre usar mais do que 11 vezes por dia o dermatoscópio e a presença de cocos gram-positivos nos dermatoscópios e adaptadores e, mais especificamente, no botão liga/desliga.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Contaminação Bacteriana, Dermatoscópio, Cocos Gram-Positivos, Estafilococos, Estafilococos Coagulase Negativa, MALDI-TOF, Resistência Antimicrobiana, [en] Bacteria, [en] Gram-Positive Cocci, [en] Staphylococcus, [en] Anti-Infective Agents
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