Engajamento e contexto de trabalho em uma sala de recuperação

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Data
2017
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Editora
Editor Literário
Resumo
INTRODUÇÃO: O mundo do trabalho vem passando por profundas transformações, as exigências, as necessidades e as expectativas pessoais abrem caminho para o desgaste físico e emocional. Diversos fatores são associados à relação entre sujeito e seu trabalho. Destaca-se o engajamento como estado mental positivo, caracterizado por alto nível de energia, motivação e empenho emocional; e o contexto de trabalho, que se refere ao ambiente de trabalho. OBJETIVO: Avaliar as associações existentes entre o contexto de trabalho (e suas dimensões); o engajamento no trabalho (e suas dimensões) e as variáveis demográficas do trabalho (turno de trabalho, formação e tempo de atuação) dos profissionais de enfermagem que atuam em uma Sala de Recuperação (SR). MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, realizado em uma instituição de saúde privada, de alta complexidade, localizada no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Na coleta de dados, utilizaramse três instrumentos: Questionário sociodemográfico (incluindo uma questão aberta sobre o que pode favorecer o engajamento no trabalho); Escala Utrecht de Engajamento no Trabalho (UWES); e Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT). Amostra intencional com 50 profissionais de enfermagem, sendo 80% técnicos de enfermagem e 20% enfermeiros. Ademais, foram realizadas análises descritivas e inferenciais, verificando a associação das variáveis e as diferenças entre grupos. RESULTADOS: Perfil dos participantes: 88% sexo feminino, carga horária média de trabalho semanal de 39,8 horas; tempo médio de trabalho na profissão 7,91 anos; a média de tempo de trabalho na instituição 5,16 anos; média no cargo de 6,73 anos e 4,41 anos na SR. Com relação ao engajamento, na dimensão dedicação evidenciou-se níveis menores no grupo com idade entre 18-28 anos e médias mais elevadas no sexo feminino e entre os enfermeiros. Em relação ao contexto de trabalho, obteve-se resultado crítico. A dimensão Condições de Trabalho foi avaliada como satisfatória; e as dimensões Organização no Trabalho e Relações Socioprofissionais como críticas. A análise da associação entre Engajamento e Contexto de Trabalho evidenciou que elevadas pontuações no fator dedicação, mostraram-se correlacionadas a baixas pontuações nas relações socioprofissionais e que elevadas pontuações no fator vigor, mostraram-se relacionadas a baixas pontuações na organização no trabalho. Em relação à análise qualitativa, a respeito de fatores que podem aumentar o Engajamento no Trabalho, observou-se que união, capacitação profissional e feedback destacaram-se nas respostas dos sujeitos. CONCLUSÃO: Sobre as variáveis do perfil da amostra, houve uma única diferença significativa na média da UWES Dedicação, quando comparada ao tratamento (Não: 5,26±,62vs. Sim: 4,60± 0,83; p=0,033), bem como no fator Organização no trabalho (Não: 3,18±0,45vs. Sim: 3,98±0,04; p=0,001). A existência de correlações significativa, fracas e moderadas, ocorreu na dimensão das Relações Socioprofissionais, quando comparadas ao Engajamento (rp= -0,279, p=0,050); entre Dedicação e Relações Socioprofissionais (rp= -0,292, p=0,040), bem como entre Vigor e Organização no Trabalho (rp= -0,400, p=0,004). Frente a esses dados e dada a relevância desse processo, construiu-se uma ferramenta “momento feedback”. Acredita-se que esse instrumento poderá auxiliar o colaborador a elaborar e acompanhar o seu plano de desenvolvimento na instituição.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Engajamento no Trabalho, Contexto de Trabalho, Sala de Recuperação, Enfermagem, [en] Work Engagement, [en] Recovery Room, [en] Nursing
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