Hábitos alimentares, estilo de vida e estado mental durante a pandemia de COVID-19 e o efeito da suplementação de zinco em mulheres com sobrepeso ou obesidade

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dc.contributor.advisorGuedes, Renata Padilha
dc.contributor.advisor-coPeres, Alessandra
dc.contributor.authorVargas, Liziane da Silva de
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Biociências
dc.date.accessioned2024-01-15T14:16:51Z
dc.date.available2024-01-15T14:16:51Z
dc.date.date-insert2024-01-15
dc.date.issued2023-10-26
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Biociências, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
dc.description.abstractNos últimos anos, houve um aumento na prevalência e incidência de obesidade, atingindo proporções epidemiológicas preocupantes. Notavelmente, a obesidade representa um sério desafio para a saúde pública em todo o mundo, e esse cenário pode ter se agravado ainda mais após a pandemia de COVID-19. A obesidade é uma doença de origem multifatorial, neurocomportamental, progressiva e recidivante, embora seja tratável. É caracterizada pelo excesso anormal de tecido adiposo, o qual aumenta a suscetibilidade a doenças crônicas não transmissíveis e também afeta a estrutura e a função cerebral. Diante deste contexto, é essencial investigar estratégias adjuvantes para o tratamento da obesidade. O zinco (Zn) é um mineral com importantes funções metabólicas que pode modular o comprometimento neurológico relacionado à obesidade. Assim, a presente tese teve dois enfoques principais: 1 - Investigar as mudanças nos hábitos alimentares, estilo de vida e cognição durante a pandemia de COVID-19 e 2 - Avaliar os efeitos de doze semanas de suplementação de Zn no perfil inflamatório, função cognitiva e estado mental de mulheres com sobrepeso ou obesidade por meio de um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. A primeira parte deste estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa on-line realizada em dois momentos distintos: no início da pandemia por COVID-19 (em 2020) e durante o segundo ano de pandemia (em 2021). Os resultados revelaram que ao longo do período pandêmico, tanto no início quanto no segundo ano, houve um impacto adverso nos hábitos alimentares e no modo de vida da população gaúcha. Esse impacto foi associado ao aumento de peso e ao aumento do risco de comprometimento cognitivo. A segunda parte desta tese, foi realizada por meio de um estudo randomizado, onde participaram mulheres com idade entre 40 e 60 anos, as quais foram divididas aleatoriamente em dois grupos, suplementação (recebendo 30 mg de Zn/dia) ou placebo durante 12 semanas. Dados sociodemográficos, antropométricos, dietéticos, atividade física, função cognitiva, estado emocional foram coletados juntamente com amostras de saliva no início e no final do estudo. A avaliação cognitiva consistiu no Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Teste de Fluência Verbal, Teste do Desenho do Relógio e Teste de Stroop. Os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados por meio dos instrumentos escala de Beck e BDI-II, respectivamente. Amostras de saliva foram coletadas para análise de IL-1β, IL-6, TNF-α, insulina, nitrito e zinco. Os participantes foram instruídos a não mudar seus hábitos alimentares durante a participação no estudo. Das 42 participantes (média de idade 49,58 ± 6,46 anos), 32 foram incluídos nas análises do estudo. As alterações no peso corporal, IMC e macronutrientes não foram significativamente diferentes entre os grupos placebo versus suplementação (p > 0,05). As pontuações cognitivas nos testes MEEM e Stroop foram significativamente melhores no grupo de suplementação em comparação com o grupo de placebo (p < 0,05, p = 0,13), respectivamente. Doze semanas de suplementação com Zn foi capaz de melhorar os escores cognitivos avaliados pelo teste MEEM e Stroop em mulheres com sobrepeso ou obesidade, independentemente da perda de peso corporal. Esses resultados sugerem que a suplementação de Zn pode ser considerada uma estratégia adjuvante para a prevenção dos prejuízos cognitivos associados à obesidade.
dc.description.abstract-enIn recent years, there has been an increase in the prevalence and incidence of obesity, reaching alarming epidemiological proportions. Notably, obesity represents a significant challenge for public health worldwide, and this scenario may have worsened further following the COVID-19 pandemic. Obesity is a multifactorial, neurobehavioral, progressive, and recurrent disease, although it is treatable. It is characterized by the abnormal excess of adipose tissue, which increases susceptibility to non-communicable chronic diseases while also affecting brain structure and function. In this context, it is essential to investigate adjunctive strategies for obesity treatment. Zinc is a mineral with significant metabolic functions that can modulate obesity-related neurological impairment. Thus, this present thesis had two focuses: 1 - Investigate changes in dietary habits, lifestyle, and cognition during the COVID-19 pandemic, and 2 - Evaluate the effects of 12 weeks of zinc supplementation on inflammatory profile, cognitive function, and mood in overweight or obese women through a randomized, double-blind, placebocontrolled study. The first part of this study was conducted through an online survey during the beginning of COVID-19 pandemic, and it was repeated during the second year of the pandemic. The results revealed that over the course of the pandemic, both in the initial phase and in the second year, there was an adverse impact on dietary habits and lifestyle of the population in Rio Grande do Sul. This impact was associated with weight gain and an increased risk of cognitive impairment. The second part of this thesis was carried out as a randomized study, involving women aged 40 to 60 years, who were randomly divided into two groups: a Zn supplementation group (receiving 30 mg of zinc per day) and a placebo group for 12 weeks. Sociodemographic, anthropometric, dietary, physical activity, cognitive function, mood, and saliva data were collected at the beginning and end of the study. Cognitive assessment included the Mini-Mental State Examination, Verbal Fluency Test, Clock Drawing Test, and Stroop Test. Symptoms of anxiety and depression were assessed using the Beck Scale and BDI-II, respectively. Saliva samples were collected for the analysis of IL-1β, IL-6, TNF-α, insulin, nitrite, and zinc. Participants were instructed not to change their dietary habits during the study. Out of 42 participants (mean age 49.58 ± 6.46 years), 32 were included in the study analyses. Changes in body weight, BMI, and macronutrients were not significantly different between the placebo and supplementation groups p > 0.05. Cognitive scores in the Mini-Mental and Stroop tests were significantly better in the supplementation group compared to the placebo group p < 0.05; p=0.13, respectively. Twelve weeks of zinc supplementation were able to improve cognitive scores assessed by the Mini-Mental and Stroop tests in overweight or obese women, regardless of weight loss. These findings suggest that Zn supplementation can be considered an adjuvant strategy for preventing cognitive impairments associated with obesity.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2602
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectObesidadept_BR
dc.subjectDistanciamento Físicopt_BR
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectCogniçãopt_BR
dc.subjectZincopt_BR
dc.subject[en] Obesityen
dc.subject[en] Physical Distancingen
dc.subject[en] Cognitionen
dc.subject[en] Zincen
dc.titleHábitos alimentares, estilo de vida e estado mental durante a pandemia de COVID-19 e o efeito da suplementação de zinco em mulheres com sobrepeso ou obesidadept_BR
dc.typeTese
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