Antissepsia cirúrgica alcoólica das mãos: da prática ao ensino

dc.contributor.advisor-coMillão, Luzia Fernandes
dc.contributor.authorPeixoto, Juliana Gil Prates
dc.date.accessioned2017-09-11T20:20:52Z
dc.date.accessioned2023-10-09T18:32:04Z
dc.date.available2017-09-11T20:20:52Z
dc.date.available2023-10-09T18:32:04Z
dc.date.date-insert2017-09-11
dc.date.issued2017
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: As infecções decorrentes dos procedimentos cirúrgicos são frequentes e representam morbimortalidade importante, além de elevar os custos hospitalares. Medidas como educação da equipe, vigilância epidemiológica e realização da antissepsia cirúrgica das mãos, entre outras, são fundamentais para a sua prevenção. No Brasil, tradicionalmente a equipe realiza escovação cirúrgica com detergentes antissépticos; contudo, as soluções alcoólicas sem escovas vêm sendo introduzidas recentemente, embora, na Europa, sejam utilizadas há pelo menos três décadas. Objetivos: Conhecer, na prática, a efetividade da antissepsia cirúrgica alcoólica das mãos dos cirurgiões realizada em diferentes períodos de tempo, com a finalidade de elaborar um produto educacional. Método: Trata-se de um estudo descritivo comparativo, realizado em um hospital terciário privado de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que implantou recentemente a rotina de antissepsia com solução alcoólica para o preparo cirúrgico das mãos da equipe. Amostras microbiológicas coletadas das mãos de 54 cirurgiões em dois momentos: após procedimento de lavagem simples das mãos, para determinar a flora microbiana basal do profissional; e após a antissepsia cirúrgica alcoólica das mãos, para identificar a redução da contagem microbiana imediata. Foram coletadas culturas das falanges distais de ambas as mãos do cirurgião, friccionadas durante 1 minuto em uma placa de Petri, contendo 10 ml de caldo soja triptcaseína (CST) e neutralizadores. As amostras coletadas resultaram em 324 placas de culturas processadas em ágar soja triptcaseína (AST) e incubadas por 24 horas a 37°C ± 2°C, sendo que, destas, 45 foram validadas para análise. Resultados: As amostras foram categorizadas em redução leve (até 50% de redução da flora bacteriana), moderada (de 51% a 80%) e severa (acima de 80%). Quando a técnica foi realizada por menos de 90 segundos, ocorreu: 80% de redução severa; 6,7% de redução moderada; e 13% de redução leve. Teste Qui-Quadrado confirmou que não houve associação significativa entre o tempo de execução do procedimento e a categoria de redução da contagem microbiana (x2 1,284; p valor 0,526). Quando a técnica foi desempenhada em mais de 180 segundos, conforme tempo preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), todas as amostras apresentaram redução de contagem bacteriana, o que não ocorreu em tempos menores de antissepsia. Nas categorias de tempo de até 90 segundos e de 90 a 180 segundos, identificou-se 21% e 14%, respectivamente, de amostras nas quais não houve redução bacteriana após a antissepsia. Conclusões: Os dados sugerem que, quando a técnica e tempo recomendados são seguidos, maior é a redução bacteriana comparado a tempos menores, embora não tenha sido observada associação significativa entre o tempo de antissepsia e a contagem bacteriana. Os resultados da pesquisa subsidiaram a elaboração de um vídeo educativo sobre a técnica de antissepsia cirúrgica (tradicional e alcoólica) das mãos.pt_BR
dc.description.abstract-enSummary: Infections resulting from surgical procedures are frequent and represent important morbidity rates, besides lead to increasing the assistance costs. Measures such as crew education, epidemiological surveillance and surgical antisepsis of the hands, among others, are essential for its prevention. Traditionally, in Brazil, the hospital staff performs surgical brushing with antiseptic detergents, though, brushless alcohol solutions have been introduced recently whereas in Europe, they have been used for at least three decades. Objectives: To empirically understand the effectiveness of alcoholic surgical antisepsis of surgeons' hands performed in different periods of time, in order to elaborate an educational routine. Method: This is a comparative descriptive study carried out in a private hospital in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil, which recently implemented the antisepsis routine thru alcoholic solution for the surgical preparation of the hands of the healthcare crew. The microbiological samples were collected from the hands of 54 surgeons in two moments: after a simple hand washing procedure, to determine the microbial flora of the professional; and after the surgical alcoholic antisepsis of the hands, to identify the reduction of the microbial level immediately. Trials of the distal phalanges were collected from both hands of the surgeon, rubbed for 1 minute in a Petri dish containing 10 ml of trypticase soy broth (TSB) and neutralizers. The collected samples resulted in 324 plates of cultures processed in tryptic soybean agar (TSA) and incubated for 24 hours at 37 ° C ± 2 ° C, of which 45 samples were validated for analysis. Results: The samples were categorized into mild reduction (up to 50% reduction of bacterial flora), moderate (from 51 to 80%) and severe (over 80%) reduction. When the technique was performed for less than 90 seconds, it occurred: 80% severe reduction; 6.7% moderate reduction and 13% mild reduction. Chi-square test confirmed that there was no significant association between the timeframe of procedure execution and the microbial count reduction category (X2 1.284; p value 0.526). When the technique was performed for more than 180 seconds, as recommended by the World Health Organization (WHO), all samples showed a reduction in bacterial counts, which did not occur in periods of antisepsis. In intervals up to 90 seconds and 90 to 180 seconds we have identified respectively 21% and 14% that samples indicated no bacterial reduction after antisepsis. Conclusions: The data suggests that when recommended technique and timeframe are surveyed, the bacterial reduction rate is greater compared to shorter times, although It was not observed significant association between antisepsis period and bacterial count. The results of the research endorses the preparation of an educational video engaging the traditional technique of surgical antisepsis of the hands and alcohol solution.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/522
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectAntissepsiapt_BR
dc.subjectDesinfecção das Mãospt_BR
dc.subjectControle de Infecçõespt_BR
dc.subjectEducação e Saúdept_BR
dc.subject[en] Antisepsisen
dc.subject[en] Hand Disinfectionen
dc.subject[en] Infection Controlen
dc.subject[en] Educationen
dc.subject[en] Healthen
dc.titleAntissepsia cirúrgica alcoólica das mãos: da prática ao ensinopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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