Efeito da exposição crônica a poluição atmosférica sobre parâmetros comportamentais, oxidativos e inflamatórios de ratas tratadas com dieta hiperlipídica e ovariectomizadas

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2019
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Resumo
A poluição atmosférica está associada a 7 milhões de morte anualmente. Num quadro pósmenopáusico, as mulheres quando expostas a poluição atmosférica, possuem maior incidência de doenças cardiovasculares e alterações comportamentais. Além disso, a obesidade também é um fator que interfere na qualidade de vida das mulheres e na pós menopausa, os efeitos da obesidade podem ser potencializados, causando alterações comportamentais e celulares, como o estresse oxidativo. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição crônica a poluição atmosférica sobre parâmetros comportamentais, oxidativos e inflamatórios de ratas tratadas com dieta hiperlipídica e ovariectomizadas. Para isto foram utilizados 30 ratas Wistar fêmeas, alimentadas com DHL e distribuídos aleatoriamente em dois grupos que receberam instilação intranasal de 50 µL de solução salina diariamente por 12 semanas (representando um ambiente limpo) ou partículas totais em suspensão (PTS) em solução salina (250 µg, representando um ambiente poluído). Na 12° semana, as ratas foram ovariectomizadas (OVX) ou submetidas a cirurgia falsa (Sham) e continuaram a receber solução salina ou partículas por mais 12 semanas, formando assim os quatro grupos experimentais: DHL (n = 6), DHL+OVX (n = 9), DHL+Poluído (n = 6) e DHL+Poluído+OVX (n = 9). Na 24ª semana, foram realizados os testes comportamentais de Campo Aberto, Labirinto em Cruz Elevado e Nado Forçado e os animais foram eutanasiados. Os níveis séricos de citocinas (IL-6, IL-10) e proteínas de choque térmico de 70 kDa (eHSP70) foram mensurados (ELISA), e foram avaliados marcadores de estresse oxidativo (TBARS e SOD) no hipotálamo, hipocampo, córtex cerebral e cerebelo. O grupo DHL+Poluído+OVX apresentou maior ganho de massa corporal pós a ovariectomia, e também aumento na adiposidade (P = 0,003) e o comportamento tipo depressivo (P = 0,002) e diminuiu os níveis séricos de IL-6 (P = 0,038). A exposição crônica a poluição atmosférica promoveu comportamento depressivo em ratas fêmeas ovariectomizadas e obesas, independente de marcadores de estresse oxidativo e ou de inflamação.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Poluição do Ar, Gorduras na Dieta, Comportamento Animal, Estresse Oxidativo, Inflamação, Ansiedade, Depressão, [en] Air Pollution, [en] Dietary Fats, [en] Behavior, Animal, [en] Oxidative Stress, [en] Anxiety, [en] Depression
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