Câncer de pele após transplante cardíaco: uma revisão sistemática
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Data
2023-07-06
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: Um amplo espectro de doenças cutâneas afeta os pacientes
receptores de transplantes de órgãos sólidos, visto que os mesmos
necessitam de terapia imunossupressora de longo prazo para prevenir a
rejeição do órgão transplantado. Dentre as complicações cutâneas mais
prevalentes no seguimento clínico desses pacientes, encontra-se o câncer de
pele. Objetivos: Verificar a frequência de câncer de pele em pacientes
transplantados cardíacos a partir de dados da literatura. Através de uma
revisão de literatura, avaliar a frequência de câncer de pele não melanoma,
melanoma e sarcoma de Kaposi em pacientes transplantados cardíacos.
Como objetivos secundários, avaliar possíveis fatores clínicos e
medicamentosos associados ao câncer de pele em pacientes transplantados
cardíacos. Avaliar a qualidade dos artigos e a metodologia utilizada nos
trabalhos existentes na literatura. Organizar os dados encontrados com base
na literatura a fim de oferecer estratégias e equidade em cuidados
dermatológicos para essa população específica de pacientes. Material e
Métodos: realizada revisão sistemática da literatura, a busca compreensiva
da literatura foi efetuada utilizando as plataformas do PubMed, EMBASE e
Scopus. Resultados: Um total de 2589 artigos foram inicialmente
encontrados na literatura. Realizados uma primeira seleção lendo os títulos
dos artigos e em seguida a segunda seleção, lendo títulos e resumos, após
essas duas etapas, 2123 artigos foram excluídos. Identificamos 175 artigos
repetidos. Ao final, 291 artigos foram lidos na íntegra e de acordo com os
critérios de inclusão e exclusão, 43 artigos foram incluídos nessa revisão
sistemática. Conclusão: Pacientes transplantados cardíacos apresentam alta
frequência de câncer de pele e que chegamos no momento de analisar
exclusivamente a população de transplantados cardíacos, especificamente
focando no desfecho câncer de pele. Mais estudos são necessários para
entender a complexidade da terapia imunossupressora específica desses
pacientes e a interação com os fatores de risco individuais para o
desenvolvimento de câncer de pele. Este estudo reforça que os
dermatologistas desempenham um importante papel no seguimento a curto e
longo prazo dos pacientes transplantados cardíacos. Essa população de
pacientes merece cuidados contínuos do médico dermatologista, visto que
essa prática clínica multidisciplinar pode alterar a morbimortalidade e a
qualidade de vida após o transplante cardíaco. Assim, a atuação conjunta
entre os cardiologistas especialistas em transplante cardíaco e os
dermatologistas é uma ação crucial e essencial no atendimento a essa
população
Descrição
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Câncer de pele, Câncer, Neoplasias, Transplantados, Transplante cardíaco, Imunossupressão, Imunossupressores, [en] Skin Neoplasms, [en] Transplant Recipients, [en] Heart Transplantation, [en] Immunosuppression, [en] Immunosuppressive