Resultados do transplante combinado fígado-rim em pacientes adultos do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre

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2014
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Resumo
Introdução: A motivação primária para o transplante combinado fígado-rim (TCFR) em pacientes com doença hepática avançada é o potencial impacto negativo da disfunção renal no pós-transplante hepático. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes submetidos a TCFR em um programa de transplante hepático adulto. Métodos: Este foi um estudo de coorte retrospectivo. O banco de dados do Grupo de Transplantes Hepáticos do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, foi utilizado para construção de duas coortes de pacientes adultos (> 18 anos) transplantados com enxertos de doadores falecidos, entre 01 de janeiro de 1991 e 31 de março de 2013. A primeira coorte foi constituída por pacientes submetidos a TCFR e a segunda composta de pacientes submetidos a transplante isolado de fígado (TFI), pareados por data e escore MELD, em uma proporção de 2:1. Resultados: Foram incluídos na análise 30 pacientes submetidos a TCFR, que foram comparados a 60 pacientes submetidos a TFI. A principal indicação de transplante hepático foi cirrose pelo vírus da hepatite C, representando mais da metade dos casos (40,0% TCFR vs 71,7% TFI). A principal indicação de transplante renal foi insuficiência renal crônica secundária à hipertensão arterial sistêmica, associada ou não a diabetes mellitus (30%). A maioria dos pacientes eram homens (83,3% TCFR vs 75,0% TFI) e com média de idade entre 50,4±11,9 anos (TCFR) e 55,1±9,8 anos (TFI). A minoria dos pacientes, na inclusão em lista, apresentava estágio “C” da Classificação de Child-Turcotte-Pugh (CTP): 23,1% TCFR vs 25,0% TFI. Entretanto, no momento do transplante, mais pacientes foram classificados como CTP “C”: 30,8% dos pacientes do grupo TCFR e 43,3% dos pacientes do grupo TFI. O seguimento médio, em ambos os grupos, foi superior a 72 meses. A sobrevida estimada do grupo TCFR foi 83%, 67%, 62%, 62% no 1º, 3º, 5º e 7º anos, respectivamente, enquanto no grupo TFI a sobrevida foi 83%, 75%, 67%, 65% no 1º, 3º, 5º e 7º anos respectivamente. Conclusão: identificamos dados muito semelhantes entre as duas coortes, bem como com os da literatura. Nosso trabalho corrobora a indicação do TCFR como sendo a principal opção terapêutica com vistas curativas aos doentes com hepatopatia crônica e doença renal terminal concomitante.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Cirrose Hepática, Insuficiência Renal Crônica, Transplante Combinado Fígado-Rim, Transplante de Rim, Transplante de Fígado, Análise de Sobrevida, [en] Liver Cirrhosis, [en] Renal Insufficiency, Chronic, [en] Liver Transplantation, [en] Kidney Transplantation, [en] Survival Analysis
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