Serviços ambulatoriais de saúde: conhecendo a realidade sobre as ações de prevenção de infecções

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2018
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Resumo
Introdução: Os serviços ambulatoriais de saúde que realizam procedimentos invasivos, como as clínicas médicas privadas, têm de forma crescente aumentado e incorporado tecnologia e diversidade em atendimento. Diferente dos hospitais, que devido a sua complexidade tem legislação específica e recebem ação direta da vigilância sanitária, os serviços ambulatoriais precisam, de forma autônoma, implantar as ações de prevenção a partir de um Programa de Controle de Infecções e Educação no Serviço para a melhoria da qualidade assistencial. Objetivo: Conhecer a estrutura existente nos serviços ambulatoriais de saúde quanto à prevenção das infecções relacionadas à assistência em saúde para desenvolver um produto educativo, direcionado às necessidades encontradas. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem mista QUAN+QUAL realizada em 14 clínicas privadas de saúde em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Uma população de 29 clínicas convidadas; a amostra foi constituída por 14 profissionais representantes das 14 clínicas que aceitaram o convite. Coleta de dados por meio de entrevista, com perguntas abertas e fechadas. Análise de conteúdo dos dados qualitativos e percentuais simples dos quantitativos. Resultados: Perfil das clínicas participantes: quatro cirúrgicas; quatro oncológicas; três de endoscopia; duas de diálise; e uma de radioimagem. Evidenciou-se que cinco (36%) clínicas têm Comissão de Controle de Infecção; 10 (71%) têm Programa de Controle de Infecção; e nove (64%) realizam cálculo das taxas de infecção. Os entrevistados relatam desenvolver capacitações em diversas frequências. Na abordagem qualitativa emergiram quatro categorias, denominadas: Educação, Prevenção, Vigilância e Controle de Infecção. Estas foram divididas em dezesseis subcategorias. A categoria Educação foi a de maior relevância. Quanto aos dados quantitativos, na Higiene de Mãos, 100% dos serviços distribuem dispensadores de álcool gel, porém somente duas clínicas realizam indicador de adesão de Higiene de Mãos. A maioria dos serviços (71%) tem orientações escritas e realizam capacitações sobre Injeção Segura (IS), mas a adesão desta prática é monitorada em apenas uma clínica. Todos os serviços fornecem Equipamentos de Proteção Individual. Somente dois (14%) serviços têm orientação da etiqueta da tosse e cinco (36%) serviços detectam suspeitas de pacientes portadores de Germe Multirresistente. As rotinas e capacitações sobre o processamento de artigos para a saúde e limpeza e desinfecção do ambiente são realizadas em todos os serviços, mas somente cinco (36%) realizam o monitoramento das competências. Conclusão: Os serviços participantes mantêm estrutura física para as ações de prevenção, mas precisam avançar no monitoramento e avaliação dos processos assistenciais realizados para melhorar a segurança do paciente e a qualidade da assistência. Os resultados direcionam a elaboração de um produto educativo para ser utilizado como recurso pedagógico na educação permanente nesses serviços. Produto Gerado: Foi elaborado um manual digital com 13 capítulos divididos em parte administrativa e técnica. Os temas abordados nos capítulos emergiram das necessidades identificadas na pesquisa realizada. Este produto educativo é destinado aos gestores e profissionais de saúde com o objetivo de auxiliar na implantação e implementação da prevenção das infecções.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Infecção Hospitalar, Assistência Ambulatorial, Prevenção, Educação em Saúde, Segurança do Paciente, [en] Cross Infection, [en] Ambulatory Care, [en] Disease Prevention, [en] Health Education, [en] Patient Safety
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