Características clínicas e dermatoscópicas de pacientes com nevos melanocíticos congênitos: um estudo de coorte

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2018
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Resumo
Introdução: Nevo melanocítico congênito é uma coleção anormal porém benigna de células névicas presentes na pele ao nascimento. A dermatoscopia é um exame não invasivo que pode definir características que corroborem esse diagnóstico e é utilizada para o acompanhamento de lesões pequenas e médias, as mais comuns. Entretanto, ainda existem poucos estudos que descrevem o seu acompanhamento clínico e dermatoscópico, definindo suas características. Objetivos: Avaliar características clínicas e dermatoscópicas e evolução de NMC em amostra ambolatorial de um Serviço de Dermatologia do sul do Brasil. Material e Métodos: Em um estudo de coorte retrospectivo foram coletados dados clínicos em prontuários e registros fotográficos realizados rotineiramente, através de videodermatoscópio digital de pacientes com NMC que consultaram no Setor de Dermatoscopia da UFCSPA. Análise descritiva das variáveis e avaliação das relações entre aspectos clínicos, videodermatoscópicos e histopatológicos foram realizadas. Resultados: foram verificados 82 NMC em 72 pacientes. Foram mais frequentes indivíduos com fototipo III(62,5%,n=45), olhos castanho/escuro/preto(67,6%,n=48); cabelo castanho médio/escuro(38,9%n,=28). Entre os NMC, 45,1%(n=37) localizaram-se nas extremidades. A maioria das era pequena (58,5%,n=48). O padrão dermatoscópico predominante foi o reticular(26 lesões, 31,7%), rede foi a estrutura dermatoscópica mais encontrada(58 lesões, 70,7%), sendo típica na maioria(51 lesões, 87,9%). A comparação entre as avaliações no primeiro e no último exame clínico e dermatoscópico incluiu 70 lesões, o intervalo de tempo entre elas apresentou média de 12,49 meses e não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas quanto a modificações dermatoscópicas. Conclusão: Esse estudo descreveu características clínicas e dermatoscópicas de pacientes portadores de NMC. Com a ausência de modificações dermatoscópicas significativas entre duas visitas de acompanhamento a curto prazo, foi demostrado que não há necessidade de manter uma rotina de observação dermatoscópica em prazo de até um ano. Provavelmente, é necessário um período de acompanhamento mais longo para que os desfechos, como alterações clínicas e dermatoscópicas ocorram e se tornem evidentes. Estudos com maior número de pacientes e períodos de acompanhamento maiores devem ser realizados.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Nevos Melanocíticos Congênitos, Dermatoscopia Digital, Melanoma, [en] Nevi and Melanomas, [en] Dermoscopy
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