Estudo prospectivo de pacientes com queixa de cefaleia atendidos em centros terciários no Brasil através de um registro nacional de cefaleia: estudo piloto
dc.contributor.advisor | Rieder, Carlos Roberto de Mello | |
dc.contributor.advisor-co | Kowacs, Fernando | |
dc.contributor.author | Grassi, Vanise | |
dc.date.accessioned | 2023-09-13T17:20:01Z | |
dc.date.available | 2023-09-13T17:20:01Z | |
dc.date.date-insert | 2023-09-13 | |
dc.date.issued | 2022 | |
dc.description | Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. | pt_BR |
dc.description.abstract | A avaliação e o tratamento das cefaleias primárias e secundárias constituem um desafio em saúde pública global. Reconhecendo o seu impacto epidemiológico e a importância de qualificar o atendimento aos pacientes acometidos por cefaleia, um grupo de pesquisadores vinculados à Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) propôs a criação e elaborou o protocolo inicial do Registro Brasileiro de Cefaleia, o REBRACEF. O objetivo desta tese foi avaliar a viabilidade desse protocolo, descrevendo a metodologia empregada e os dados preliminares obtidos a partir do estudo piloto. Trata-se de um estudo prospectivo observacional longitudinal multicêntrico, realizado entre setembro de 2020 e agosto de 2021. Foram coletados dados prospectivos em três centros especializados no atendimento de cefaleia, em estados da região sul e sudeste do Brasil. Pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e com diagnóstico de cefaleia primária ou secundária, de acordo com os critérios diagnósticos da Classificação Internacional das Cefaleias, foram convidados a participar. Sessenta e seis pacientes foram incluídos no estudo piloto, 43 (35%) do Grande do Sul e 23 (35%) de Minas Gerais. Quatorze pacientes (21,2%) foram excluídos da análise final devido à perda de seguimento na primeira (6 participantes) ou segunda (8 participantes) entrevista. Da amostra total, 88,5% eram do sexo feminino, 57,7% eram casados(as), 75% eram indivíduos com alto grau de escolaridade (12 ou mais anos de escolaridade), 40,4% estavam empregados(as) e 34,6% apresentavam rendimento familiar mensal entre U$220 e U$1100 mensais. A idade média da amostra foi 38,5 + 10 anos e a maioria dos pacientes (61,6%) apresentava história de cefaleia em familiares de primeiro ou de segundo grau. A maioria dos pacientes (48,5%) consultou nos centros especializados através de planos de saúde suplementar, 28,8% através do Sistema Único de Saúde e 13,6% atendidos em clínica privada. As cefaleias primárias corresponderam a 82,8% dos diagnósticos realizados. Dentre as cefaleias secundárias, a cefaleia por uso excessivo de medicamentos foi a mais frequente (7,7%). A maioria (75%) dos pacientes incluídos no estudo piloto recebeu o diagnóstico de migrânea em seus diversos subtipos. A cronicidade dos sintomas migranosos foi significativamente relacionada a menores escores na escala de qualidade de vida (p=0,003) e com maiores escores nas escalas de depressão (p=0,03), ansiedade (p=0,008) e insônia (p=0,005). Na análise comparativa entre as entrevistas inicial e de seguimento (realizada 90 dias após a primeira) dos pacientes com migrânea, ocorreu uma diminuição significativa na intensidade das crises de cefaleia. Não ocorreu modificação nas categorias de frequência de crises, uso excessivo de medicamentos sintomáticos, percepção sobre qualidade de vida e impacto da cefaleia. Os dados do estudo piloto do Registro Brasileiro de Cefaleia estão em consonância com achados prévios que relacionam os quadros crônicos de migrânea com pior qualidade de vida, comorbidades psiquiátricas e distúrbios do sono. O Registro Brasileiro de Cefaleia será uma fonte valiosa de dados longitudinais e contribuirá para uma melhor caracterização dos diversos fenótipos dos pacientes com cefaleias primárias e secundárias, o detalhamento do uso dos recursos em saúde e a identificação dos fatores preditores de um melhor desfecho clínico. | |
dc.description.abstract-en | ABSTRACT Prospective Study of Patients Complaining of Headache Treated in Tertiary Centers in Brazil through a National Headache Registry: Pilot Study The assessment and treatment of primary and secondary headaches is a global public health challenge. Recognizing the epidemiological impact and the importance of improving the care of headache patients, a group of researchers from the Brazilian Headache Society (Sociedade Brasileira de Cefaleia, SBCe) proposed the creation and developed the preliminary protocol of the Brazilian Headache Registry (REBRACEF). The purpose of this thesis was to evaluate the feasibility of the REBRACEF protocol, describing the methods and preliminary results. This is a prospective longitudinal observational multicentric study conducted between September 2020 and August 2021. Prospective data were collected in three specialized headache centers, from two distinct regions (South and Southeast). Adults diagnosed with primary or secondary headache according to the International Headache Classification were invited. Sixty-six individuals were included, 43 (65%) from Rio Grande do Sul and 23 (35%) from Minas Gerais. Fourteen participants (21,.2%) were excluded from the analysis due to loss of follow-up on first (6 participants) or second (8 participants) interview. In the remaining sample, 88.5% were female, 57.7% married, 75% with 12 or more years of formal education, 40.4% had family monthly income between U$ 220 and U$1100. Mean age was 38,5 + 10 years old and the majority of patients (61.6%) had a first or a second-degree family member with a history of headache. Regarding to health care funding, most of the patients (48.5%) were complementary health/health insurance patients, while 28.8% and 13.6% were, respectively, Brazilian public health system and private office (out-of-pocket) patients. Primary headache disorders corresponded to 82.8% of diagnoses. Among the secondary headache disorders, medication overuse headache was the most prevalent (7.7%). Most of patients included (75%) received diverse migraine subtypes diagnoses. Chronic migraine was significantly related to lower quality of life score (p=0.003) and with higher levels of depression (p=0.03), anxiety (p=0.008) and insomnia (p=0.005). Comparative analysis between the initial and three-month follow-up interviews showed a significant decrease in headache intensity. There was no difference between headache frequency, medication overuse status, quality of life perception and headache impact. Data from the pilot study of the Brazilian Headache Registry are in line with previous results relating chronic migraine with poorer quality of life, psychiatric comorbidities and sleep disorders. The Brazilian Headache Registry will be a valuable source of longitudinal data aimed to better understand the different phenotypes of patients with primary and secondary headache disorders, to detail the use of health resources and to identify predictors of a better clinical outcome. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2245 | |
dc.language.iso | pt_BR | |
dc.relation.requires | TEXTO - Adobe Reader | |
dc.rights | Acesso Aberto Imediato | pt_BR |
dc.subject | Cefaleia | |
dc.subject | Migrânea | |
dc.subject | Registro | |
dc.subject | Epidemiologia | |
dc.subject | [en] Headache | en |
dc.subject | [en] Migraine Disorders | en |
dc.subject | [en] Records | en |
dc.subject | [en] Epidemiology | en |
dc.title | Estudo prospectivo de pacientes com queixa de cefaleia atendidos em centros terciários no Brasil através de um registro nacional de cefaleia: estudo piloto | |
dc.type | Tese |
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