Práticas alimentares parentais e dificuldades alimentares na infância e suas implicações no risco nutricional de pacientes pediátricos hospitalizados: um estudo transversal

dc.contributor.advisorMolle, Roberta Dalle
dc.contributor.authorCavalcanti, Jessica Batista Minho
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição
dc.date.accessioned2024-03-01T13:40:55Z
dc.date.available2024-03-01T13:40:55Z
dc.date.date-insert2024-03-01
dc.date.issued2022-12-20
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
dc.description.abstractA família é o principal modelo no desenvolvimento de hábitos e preferências alimentares do indivíduo. Tal influência pode ser observada desde os primeiros 1000 dias, onde da concepção à introdução da alimentação complementar, preferências e práticas alimentares parentais estão presentes, moldando o comportamento alimentar para o longo da vida. No entanto, estima-se que entre 25% e 40% dos lactentes e crianças pequenas saudáveis apresentam algum sintoma de dificuldade alimentar sem etiologia médica conhecida. Já entre as crianças com doenças orgânicas ligadas a desconfortos gastrointestinais e problemas de desenvolvimento, como prematuridade e baixo peso ao nascer, 33% a 80% apresentam alguma dificuldade alimentar. Estudos envolvendo crianças não hospitalizadas mostraram que tanto as práticas alimentares parentais quanto as dificuldades alimentares da própria criança estão associadas ao seu estado nutricional. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo verificar a associação entre as práticas alimentares parentais e as dificuldades alimentares na infância com o risco nutricional em pacientes pediátricos de um hospital de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal realizado com pacientes pediátricos hospitalizados, de ambos os sexos, com idades entre 2 e 9 anos. O questionário Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) foi utilizado para avaliação das práticas alimentares parentais e a Escala Brasileira de Alimentação Infantil (EBAI) para avaliação das dificuldades alimentares na infância, ambos preenchidos pelo cuidador principal da criança. A avaliação do risco nutricional foi realizada através da aplicação da ferramenta de triagem de risco nutricional StrongKids. Noventa e seis pacientes com mediana de idade de 73,5 meses, sendo 61,5% meninos, participaram do estudo. As especialidades médicas mais prevalentes foram oncologia (27,1%) e gastroenterologia (21,9%). Vinte e um (21,9%) pacientes foram classificados com alto risco nutricional, 61 (63,5%) com médio risco e 14 (14,6%) com baixo risco; e 20 (35,1%) apresentaram algum grau de dificuldade alimentar. Somente a presença de dificuldades alimentares na infância esteve associada com o risco nutricional: os pacientes em alto risco nutricional apresentaram escores mais elevados no EBAI, mesmo controlando a análise pela condição clínica no momento da internação e pelo escore-z do índice de massa corporal/idade (IMC/I). Ainda, o escore de dificuldades alimentares foi maior naquelas crianças com redução do consumo alimentar nos dias anteriores à internação. As práticas alimentares parentais estiveram relacionadas com questões específicas da StrongKids: o escore de orientação para uma alimentação saudável foi maior naqueles pacientes que relataram recomendação de intervenção nutricional preexistente e perda ou pouco ganho de peso, e o escore de pressão para comer foi menor nas crianças que apresentaram diarréia e/ou vômitos excessivos nos dias anteriores à internação. Nossos resultados mostraram que o risco nutricional no momento da internação hospitalar se mostrou associado às dificuldades alimentares, mas não às práticas alimentares parentais. Outros estudos podem verificar se há associação entre as práticas alimentares dos pais e o risco nutricional frente a doenças específicas, e se essas podem sofrer influências conforme patologia, efeitos colaterais ou características particulares da própria criança.
dc.description.abstract-enThe family is the main model in the individual’s development of habits and food preferences. Such influence can be observed since the first 1000 days, where from conception to food introduction parental preferences and eating practices are present, shaping the child’s eating behavior throughout life. However, it is estimated that between 25% and 40% of healthy infants and young children experience some symptom of feeding difficulty with no known medical etiology. Among children with organic diseases, gastrointestinal discomforts and developmental problems, such as prematurity and low birth weight, 33% to 80% have some feeding difficulties. Recent studies involving non-hospitalized children show that both parental eating practices and the child's own feeding difficulties are associated with their nutritional status. Therefore, this study aimed to verify the association between parental eating practices, child feeding difficulties and nutritional risk in pediatric patients admitted to a hospital in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. This is a cross-sectional study carried out with hospitalized pediatric patients, of both sexes, aged between 2 and 9 years. The Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) was used to assess parental eating practices and the Brazilian Child Feeding Scale (EBAI) to assess feeding difficulties in childhood, both completed by the child's main caregiver. Nutritional risk assessment was performed using the StrongKids nutritional risk screening tool. Ninety-six patients with a median age of 73.5 months, 61.5% boys, participated in the study. The most prevalent medical specialties were oncology (27.1%) and gastroenterology (21.9%). Twenty-one (21.9%) patients were classified at high nutritional risk, 61 (63.5%) at medium risk and 14 (14.6%) at low risk; and 20 (35.1%) had some degree of feeding difficulty. Only the presence of feeding difficulties in childhood was associated with nutritional risk: patients at high nutritional risk scored higher on EBAI, even when controlling the analysis by the child’s clinical condition at admission and body mass index/age (BMI/A) z-score. Also, the score of feeding difficulties was higher in those children with reduced food consumption in the days before hospitalization. Parental eating practices were related to specific questions from the StrongKids tool: the healthy eating guidance score was higher in those patients who reported pre-existing nutritional intervention recommendation and weight loss or no increase in weight, and the pressure to eat score was lower in children who had excessive diarrhea and/or vomiting in the days prior to hospitalization. Our results showed that nutritional risk at the time of hospital admission was associated with feeding difficulties, but not with parental eating practices. Other studies can verify whether there is an association between parents' eating practices and nutritional risk in the face of specific diseases, and whether these can be influenced by the pathology, side effects or particular characteristics of the child.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2669
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Embargadopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectComportamento Alimentar
dc.subjectCriança
dc.subjectRisco Nutricional
dc.subjectPráticas alimentares parentais
dc.subjectDificuldades alimentares
dc.subject[en] Feeding Behavioren
dc.subject[en] Childen
dc.titlePráticas alimentares parentais e dificuldades alimentares na infância e suas implicações no risco nutricional de pacientes pediátricos hospitalizados: um estudo transversal
dc.typeDissertação
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