Saúde digital na atenção básica: alinhando o planejamento reprodutivo aos objetivos de desenvolvimento sustentável

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2022
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Wagner Wessfll
Resumo
A saúde sexual e reprodutiva são fundamentais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em particular o ODS 3 (saúde e bem-estar) e o ODS 5 (igualdade de gênero). Dentro desse contexto, o planejamento reprodutivo surge como um direito universal consagrado e um instrumento de assistência materno-infantil, advindo de um processo de informação e de educação aos casais e à população em geral sobre a reprodução. Mesmo constituindo um aspecto fundamental da assistência à saúde, atualmente, mais de 200 milhões de mulheres e meninas não têm acesso a serviços de saúde reprodutiva, a anticoncepcionais modernos ou mesmo a informações sobre como prevenir ou postergar uma gestação, o que resulta anualmente em cerca de 76 milhões de gestações não planejadas – aquelas não programadas pelo casal ou pela mulher, podendo ser indesejadas quando se contrapõem às expectativas, ou inoportunas quando acontecem em momento desfavorável. As dificuldades relacionadas à visualização e ao monitoramento dos dados em planejamento reprodutivo contribuem significativamente para um alto número de gestações não planejadas. Para criar alternativas aos hiatos de assistência encontrados pelo atual modelo de planejamento reprodutivo, a Saúde Digital foi considerada como solução eficiente para os principais problemas relacionados à oferta de serviços em saúde reprodutiva. O presente trabalho tem como objetivo propor um modelo de planejamento reprodutivo apoiado no uso da Saúde Digital, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e melhor adaptado aos serviços de saúde brasileiros oferecidos pela Atenção Básica (AB). Tal estudo é classificado como exploratório em relação aos seus objetivos e a sua natureza, tendo sido desenvolvido a partir de um trabalho interdisciplinar e cooperativo, congregando alunos de graduação e pós-graduação. Para a construção de tal modelo, efetuou-se pesquisa exploratória, busca por dados sobre gestação não planejada e elaboração de revisão sistemática da literatura sobre o tema; desenvolvimento de ferramentas de Saúde Digital utilizadas para apoiar o modelo proposto a partir da revisão sistemática realizada (aplicativo, plataforma web e questionários eletrônicos); avaliação do fluxo de processos do atual modelo de planejamento reprodutivo utilizado pelas equipes de AB (visão as is) e identificação de fontes de otimização para um futuro modelo (visão to be), utilizando os princípios da filosofia Lean; e, por fim, proposição e documentação do modelo final de processos em planejamento reprodutivo, congregando todos os demais componentes desenvolvidos. Como resultado, o modelo proposto baseado em Saúde Digital pode otimizar os fluxos de trabalho e aconselhar adequadamente os profissionais de saúde sobre os métodos contraceptivos disponíveis, contribuir para escolhas informadas em saúde reprodutiva/sexual e responder de modo eficaz aos desafios locais em saúde reprodutiva no contexto da Atenção Básica.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Gestão em Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Saúde Digital, Planejamento Familiar, Gravidez não Planejada, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, [en] Telemedicine, [en] Family Planning (Public Health), [en] Pregnancy, Unplanned, [en] Sustainable Development
Citação