Avaliação do dano do DNA em células do epitélio nasal de pacientes com rinossinusite crônica com polipose nasossinusal

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Data
2016
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Editora
Editor Literário
Resumo
A rinossinusite crônica com polipose nasossinusal (RSCcPN) caracteriza-se por inflamação sintomática da mucosa nasal e é uma doença bastante prevalente, atingindo até 2% da população mundial, afetando consideravelmente a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Atualmente, entende-se que diferentes fatores estão envolvidos na sua etiologia, sendo que características do hospedeiro também são fundamentais para o seu desenvolvimento; estudos recentes propõem que modelos moleculares inflamatórios que caracterizam a RSCcPN poderão auxiliar na determinação da fisiopatologia da doença, guiando a terapêutica adequada. Para a avaliação de risco individual é importante estimar as alterações funcionais das células ou tecidos, assim, podemos determinar as alterações moleculares em nível de DNA. Técnicas, como os micronúcleos (MNs), que utilizam a avaliação de danos no DNA de células esfoliativas, como as encontradas no epitélio nasal, tem sido utilizadas como uma forma não invasiva de monitorar populações humanas, tendo a capacidade de indicar eventos celulares e moleculares importantes para esclarecer sobre as relações entre a exposição a agentes causadores de doenças e os efeitos sobre a saúde. Assim, a análise de danos no DNA de células epiteliais pode ajudar a melhor compreender a etiologia e a patogênese das doenças, permitindo o planejamento de estratégias de prevenção e tratamento. O presente estudo tem por objetivo avaliar a presença de danos ao DNA de células do epitélio nasal em pacientes com rinossinusite crônica com polipose nasossinusal. Desenvolveu-se estudo transversal, onde foram analisadas amostras coletadas da mucosa nasal de 40 pacientes (21 com polipose e 19 sem polipose nasossinusal); foram excluídos pacientes tabagistas. Encontrou-se média de 3,690 micronúcleos por 1000 células analisadas (+ 2,165) em pacientes com RSCcPN, enquanto os pacientes do grupo controle apresentam média de 1,237 (+ 0,806); (teste t=4,653, p< 0,001). Houve aumento de número de MNs em pacientes com RSCcPN, com significância estatística (p< 0,001), no entanto devemos considerar a possibilidade de viés relacionado ao fato de o grupo controle ser jovem que o grupo de pacientes com polipose; assim, mais estudos são necessários para complementação de resultados.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Polipose Nasossinusal, Micronúcleos, Dano ao DNA, Rinite, Sinusite, [en] DNA Damage, [en] Rhinitis, [en] Sinusitis
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