Manobra de hiperventilação metrônomo-induzida na detecção de hiperinsuflação dinâmica em pacientes com DPOC

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Data
2016
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Resumo
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença caracteri-zada por persistente limitação ao fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. Esta limitação é usualmente progressiva e associa-se a uma resposta inflamatória crônica das vias aéreas e dos pulmões a partículas nocivas ou gases, principalmente causa-da pelo cigarro. Contudo, fatores como poeira ocupacional, inalação de fumaça de lenha, infecções respiratórias na infância, deficiência de α-1-antitripsina também têm sido associados à doença. A resposta inflamatória decorrente do cigarro e de outras partículas nocivas, somada a mecanismos como desequilíbrio dos sistemas pro-tease/antiprotease e oxidante/antioxidante, levam a alterações estruturais como re-modelamento da via aérea e perda da elasticidade do parênquima pulmonar, resul-tando em limitação crônica ao fluxo aéreo. O diagnóstico é definido pela espirome-tria, quando a relação entre o VEF1 e a Capacidade Vital Forçada (VEF1/CVF) pós-broncodilatador for ≤ 70%. Esta limitação ao fluxo impõe uma restrição à mecânica ventilatória, sendo potencializada no exercício dinâmico, que pode induzir ao aumen-to do volume pulmonar expiratório final (VPEF), fenômeno referido como Hiperinsu-flação Dinâmica (HD), principal fator limitante ao exercício em pacientes com DPOC. Medidas seriadas de CI refletem as alterações no VPEF (CPT - CI) no teste de exer-cício, indicando a presença de HD, sendo relacionada com dispneia e intolerância ao exercício nestes pacientes. Este fenômeno gera um impacto negativo nas atividades de vida diária e na qualidade de vida destes sujeitos. O Teste de Exercício Cardio-pulmonar (TECP) é o teste padrão-ouro na avaliação de pacientes com DPOC sus-cetíveis ao desenvolvimento da HD. Contudo, ele é um exame de alta tecnologia, custo elevado e de alta complexidade, exigindo supervisão médica, monitoração contínua dos parâmetros e dos sintomas durante o teste. No cenário atual, em que cada vez mais se buscam testes e procedimentos mais simples, que exigem recur-sos menos complexos, a manobra de hiperventilação surge como uma alternativa clínica útil na avaliação de pacientes com DPOC suscetíveis ao desenvolvimento de HD. Além de ser tecnicamente mais simples do que os testes de exercício, a mano-bra necessita apenas de um espirômetro portátil capaz de medir a capacidade vital lenta (CVL) e pode ser realizada em qualquer ambiente. A CI mensurada por meio da manobra de CVL emerge como uma medida reprodutível de hiperinsuflação ba- sal. Atualmente, a manobra de hiperventilação tem sido usada na avaliação da res-posta a terapia broncodilatadora e na detecção de HD em pacientes fluxo-limitados durante as atividades de vida diária. Dois diferentes tipos de protocolos da técnica de manobra de hiperventilação têm sido usados na avaliação de pacientes com DPOC suscetíveis ao desenvolvimento de HD: protocolo com frequência respiratória (FR) incremental versus protocolo com FR constante. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar a concordância entre a HD induzida pela Manobra de Hiperventi-lação com protocolo constante e a HD induzida pelo Teste de Exercício Cardiopul-monar Incremental em pacientes com DPOC moderada a muito grave.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Hiperventilação, Hiperinsuflação Dinâmica, [en] Pulmonary Disease, Chronic Obstructive, [en] Hyperventilation
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