Navegando por Autor "Stello, Bruna Barbosa"
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Item Comparação do valor preditivo de diferentes pontos de corte da ferramenta NRS-2002 para a identificação de risco nutricional em pacientes críticos adultos: estudo longitudinal(2022-09-29) Stello, Bruna Barbosa; Silva, Flávia Moraes; Cattani, AlineIntrodução: Triagem de risco nutricional é necessária na admissão à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN) recomenda a adoção do NRS-2002 > 3 como risco nutricional (RN) e > 5 como alto RN porém a validade do escore de alto RN necessita ser confirmada. Objetivos: Avaliar a validade preditiva de diferentes pontos de corte para a identificação de RN a partir da ferramenta NRS-2002 em pacientes críticos adultos. Método: Estudo de coorte prospectivo conduzido em 5 UTIs de um Complexo Hospitalar. NRS-2002 foi aplicada nas primeiras 24h após admissão. Tempo de internação hospitalar (TIH) e na UTI, óbito hospitalar e na UTI, e readmissão na UTI foram os desfechos avaliados. Regressões Logística e de Cox foram realizadas para avaliação da validade preditiva dos escores. Curva ROC foi construída para determinar o ponto de corte mais acurado do NRS-2002. Resultados: 376 pacientes (61,86+14,35 anos, 50,8% homens) foram incluídos, dos quais 374 tiveram o RN avaliado. Destes, 13% foram classificados como sem RN, 48,7% como em RN e 37,8% como em alto RN. O ponto de corte > 5 foi associado com TIH prolongado (OR=2,67, 95%IC 1,25-5,71). NRS-2002 contínuo aumentou a chance de TIH prolongado em 1,23 vezes (95%IC 1,06-1,42) e o risco de óbito na UTI (HR=1,24, 95%IC 1,06-1,44) e hospitalar (HR=1,42, 95%IC 1,16-1,74). De acordo com a curva ROC, o melhor ponto de corte para o NRS-2002 foi o escore > 4, que esteve associado com TIH prolongado (OR=2,21, 95%IC 1,43-3,42), readmissão na UTI (OR=2,49, 95%IC 1,16-5,34), e óbito na UTI (HR=3,09, 95%IC 1,53-6,26) e hospitalar (HR=1,96, 95%IC 1,21-3,18). Conclusão: O escore NRS-2002 > 4 foi preditor de um maior número de desfechos, demonstrando um maior valor prognóstico em comparação aos pontos de corte propostos pela ASPEN.