Navegando por Autor "Serafini, Adriana Jung"
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Item Características Psicológicas de Policiais Militares que Perderam o Porte de Arma(2023) Conceição, Denise Bischoff Portella; Serafini, Adriana Jung; Schneider , Andreia Mello de AlmeidaA segurança pública é um setor de suma importância para a sociedade devido ao seu compromisso de garantir o cumprimento da lei e que a ordem social seja mantida com o mínimo possível de conflitos, protegendo os indivíduos, o patrimônio público e privado de sofrer qualquer espécie de atentado à integridade física ou estrutural. Para isso, as instituições de segurança pública devem contar com um efetivo preparado para exercer seu papel perante a sociedade, o que cria elevadas expectativas sobre esses profissionais. Nesse sentido, observa-se a importância de entender quais são as características psicológicas associadas a aspectos de vulnerabilidade a atuações não adaptativas de agentes da segurança pública. Assim, o presente estudo objetivou conhecer as características psicológicas de um grupo de policiais militares que apresentaram condutas mal-adaptativas e perderam o porte de arma. A pesquisa foi desenvolvida a partir de um estudo retrospectivo documental, realizado através dos dados de prontuários de 10 policiais militares que foram encaminhados pela Junta de Saúde, de um hospital militar no Rio Grande do Sul, para serem avaliados pelo serviço de psicologia.O estudo tomou como base a análise dos dados sociodemográficos e os resultados dos testes psicológicos que avaliaram a personalidade, a capacidade de atenção concentrada, a memória imediata, a percepção, o planejamento e a execução. Os instrumentos selecionados faziam parte da bateria de testes psicológicos utilizados nas avaliações psicológicas desses sujeitos, sendo eles a Bateria de Provas de Atenção (BPA), o Teste de Figuras Complexas de Rey (FCR) e o Rorschach – Sistema de Avaliação por Performance (R-PAS). Os dados obtidos através desses instrumentos foram submetidos a tratamento estatístico por meio do programa SPSS versão 22.0. Embora não seja possível generalizar os resultados ao universo dos policiais militares, ou mesmo de todos aqueles que perderam o porte de arma, observaram-se aspectos em comum entre os participantes da pesquisa. Os resultados denotam, sobretudo, prejuízos cognitivos, perturbações do pensamento, problemas com a percepção da realidade, impulsividade e dificuldade de relacionamento interpessoal. Tais aspectos parecem estar diretamente relacionados à manifestação de condutas mal-adaptativas e consequentemente com a perda do porte de arma no grupo avaliado.Item Elaboração, validação e normatização de uma bateria multidisciplinar infantil(2019) Machado, Flavia Amaral; Reppold, Caroline Tozzi; Serafini, Adriana JungA presente pesquisa teve como objetivo elaborar, validar e normatizar uma bateria de instrumentos composta por escalas destinadas à avaliação das habilidades necessárias no processo de escolarização inicial de crianças de 6 a 8 de idade. Para tanto, cada escala elaborada teve a finalidade de avaliar, de forma independente e dimensional, construtos relativos a três diferentes áreas do desenvolvimento infantil: linguagem, funções executivas e habilidades motoras. A presente Tese é composta por 4 artigos que incluíram uma amostra de 396 alunos de escolas públicas de Porto Alegre com idade de 6 a 8 anos. O primeiro artigo apresentou uma revisão sistemática de literatura nas intervenções em Funções Executivas (FEs) em crianças com dificuldade de aprendizagem, a fim de verificar o modelo e a efetividade das mesmas e os instrumentos utilizados para avaliação. No total, 117 artigos foram identificados. Destes, 7 foram incluídos com base nos critérios de elegibilidade. Todos artigos foram publicados em língua inglesa, a maioria (71,43%) nos últimos 5 anos, sendo os Estados Unidos e o Irã os países com maior número de estudos incluídos. O instrumento mais frequentemente utilizado para a avaliação das FES foi o Behavior Rating Inventory of Executive Function (BRIEF). Foi encontrada uma variedade de intervenções na presente revisão, organizadas como tarefas lúdicas, sendo que apenas uma era estruturada e registrada de maneira a permitir sua reprodução. As intervenções propostas nos estudos duravam entre 5 e 16 semanas. Os artigos foram avaliados quanto a sua qualidade metodológica, segundo critérios Cochrane para risco de viés. Os principais problemas identificados foram em relação à randomização, cegamento e descrição das perdas/exclusões dos estudos. O segundo artigo descreveu o processo de elaboração do instrumento construído ao longo do Doutorado, denominado Triagem do Desenvolvimento Infantil (TDI). Esse artigo teve como objetivo apresentar o teste, descrever as etapas de sua elaboração e demonstrar suas evidências de validade de conteúdo. Trata-se de uma bateria de rastreio para avaliação do desenvolvimento de crianças na fase inicial da escolarização, composto por 3 testes, que totalizam 81 itens. O Teste de Linguagem é composto por 42 itens relativos à avaliação de consciência fonológica, fluência verbal, escrita, leitura e interpretação de texto. O Teste de Funções Executivas é formado por 23 itens, que envolvem avaliação de flexibilidade cognitiva, memória de trabalho, inibição e processos atencionais. Por fim, o Teste de Habilidades Motoras é composto por 16 itens relativos à avaliação de motricidade fina, motricidade ampla e equilíbrio. O terceiro artigo buscou estimativas de precisão e evidências de validade baseada em variáveis externas do Teste de Linguagem (TDI-L) que compõe a TDI. A análise de fidedignidade do TDI-L, averiguada pelo Alpha de Cronbach, indicou consistência interna aceitável (entre 0,73 e 0,75) para os itens de consciência fonológica; nas tarefas de escrita, leitura e interpretação de texto, a consistência interna obtida variou entre 0,92 e 0,93. Na avaliação das evidências de validade convergente do teste, encontrou-se correlação moderada (r=0,68; p<0,001) do instrumento total em relação à Prova de Cosnciência Fonólogica por Produção Oral (PCFO). Em relação à Prova de Avalição dos Processos de Leitura (PROLEC), verificou-se correlações moderadas e fortes nas tarefas de escrita (r=0,83; p<0,001), leitura (r=0,76; p<0,001) e interpretação de texto (r=0,67; p<0,001). Os dados indicaram que o TDI-L apresentou propriedades psicométricas adequadas e pode ser considerado, para fins de pesquisa, como um instrumento para triagem do desenvolvimento da linguagem infantil. Por fim, foram apresentadas tabelas normativas para a intepretação dos resultados, elaboradas de acordo a idade dos participantes. O quarto artigo expôs os achados referentes à estimativa de precisão e às evidências de validade baseadas em variáveis externas do Teste de Habilidades Motoras (TDI-HM) que compõe a TDI. Os 16 itens que constituem o instrumento obtiveram Alfa de Cronbach = 0,76. Analisadas em separadas as dimensões, os Alfas obtidos foram: Tarefa de motricidade ampla (6 itens) = 0,84; Tarefa de equilíbrio (4 itens) = 0,67; Tarefa de motricidade fina (6 itens) = 0,70. Na comparação do desempenho do dos participantes de acordo com a idade, os resultados indicaram que houve diferença significativa das médias tanto no quociente motor (QM) geral [6 anos: 110,50 (DP 7,86); 7 anos = 100,21(DP 5,57); 8 anos = 89,85 (DP 4,28)], quanto por dimensão. O estudo apresenta ainda tabelas normativas de interpretação dos resultados, estabelecidos de acordo com a idade das crianças e critérios de classificação do desempenho motor, considerando avaliação total e avaliação por dimensão. Mesmo incipientes, os dados do presente estudo demonstram que o TDI-HM pode vir a ser um instrumento elegível, em contexto de pesquisa, para a triagem do desenvolvimento motor na faixa dos 6 aos 8 anos de idade. A análise dos estudos que compõe essa Tese indicou que o TDI apresentou bons parâmetros psicométricos e pode ser considerado um instrumento de triagem qualificado para verificar o desenvolvimento dos domínios da linguagem e da motricidade em crianças de 6 a 8 anos de idade. O propósito principal desta pesquisa foi o de atender a uma das demandas da área da saúde: a disponibilidade de instrumentos que contribuam para a descrição dos padrões típicos do desenvolvimento infantil e, na prática clínica, contribuam para a identificação precoce de atrasos nas áreas da linguagem, da cognição e/ou da motricidade. Os estudos até então apresentados são de relevância científica e social, sobretudo se considerada a escassez de instrumentos disponíveis e o caráter multidisciplinar contemplado na presente Bateria. Outros estudos estão em elaboração com o instrumento em busca de novas evidências de validade para a Bateria e para a elaboração de normas do Teste de Funções Executivas que a compõe.Item Orientações para a atuação de Psicólogos em abrigos coletivos temporários em contexto de desastres(2024-05) Gonçalves, Tonantzin Ribeiro; Serafini, Adriana Jung; Reppold, Caroline Tozzi; Levandowski, Daniela Centenaro; Grzybowski, Luciane Suárez; Oliveira, Luiza Maria de Oliveira Braga; Boeckel, Mariana Gonçalves; Amazarray, Mayte Raya; Câmara, Sheila Gonçalves; Godoi, Gabriel; Prudente, Jéssica; Ferrari, Jocieli; Gonçalves, Kamila Baldino; Varela, Lucas Ramos; Narvaez, Joana Corrêa de Magalhães; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde; N/A.; Amaral Filho, Lúcio SiqueiraO material foi produzido a partir da experiência e mobilização de incontáveis profissionais psicólogos, diante da catástrofe provocada pelas inundações de maio de 2024, em todo o estado do Rio Grande do Sul. A Cartilha se volta para Profissionais psicólogos atuando de modo voluntário ou não voluntário e busca fornecer informações e orientações básicas para o desenvolvimento de ações de acolhimento, prevenção de riscos e promoção da saúde mental no âmbito de abrigos coletivos temporários, organizados a partir de situações de emergências ou desastres.Item Testes psicológicos, realidade virtual e rastreamento ocular: estudos de revisão de literatura(Wagner Wessfll, 2020) Marcilio, Fabiane Cristina Pereira; Serafini, Adriana Jung; Oliveira Júnior, Alcyr Alves deA presente dissertação é composta por dois estudos com o objetivo de revisar a literatura científica acerca da aplicação das tecnologias de rastreio ocular e realidade virtual em testes psicológicos. O primeiro estudo trata-se de um artigo de revisão sistemática da literatura sobre a finalidade do uso da tecnologia de rastreamento ocular nos estudos empíricos que fizeram uso de instrumentos para avaliação de construtos psicológicos (funções cognitivas e personalidade) no período de 2010 a 2020. Dos 752 artigos identificados nas buscas iniciais, 23 foram selecionados considerando os critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicaram que a maioria dos instrumentos (70,8%) associados ao rastreamento ocular era de funções cognitivas (atenção, memória, etc.), e o restante era de instrumentos para avaliação de personalidade. Em relação à finalidade do rastreamento ocular nos estudos, essa tecnologia foi utilizada para analisar o processo de resposta e o desempenho nos testes ou tarefas, podendo servir tanto para analisar os movimentos oculares como para selecionar itens ou respostas através da direção do olhar. Os dados dessa revisão evidenciaram a variedade das finalidades e potencialidades do rastreamento ocular na avaliação de construtos psicológicos. Um segundo estudo de revisão da literatura, que resultou em um capítulo de livro, foi conduzido com o objetivo de investigar a aplicação de testes de personalidade, mais especificamente os testes de manchas de tinta de Rorschach e de Zulliger, em ambientes virtuais com rastreadores oculares. Foram encontrados apenas estudos com o teste de Rorschach (n= 26). Os resultados evidenciaram que o rastreamento ocular possibilita compreender as estratégias de processamento visual e investigar os movimentos oculares durante a aplicação do teste, comparar medidas oculares com variáveis específicas do Rorschach e, por fim, verificar diferenças do comportamento ocular entre pacientes com esquizofrenia e amostras não-clínicas quando visualizavam as manchas do teste. Além disso, os estudos destacaram o potencial da tecnologia de rastreamento ocular para auxiliar no desenvolvimento de futuros métodos que não se restrinjam às respostas verbais, mas que incluam também o comportamento ocular durante a coleta e interpretação dos testes de manchas de tinta. A partir destes dois estudos de revisão de literatura, esperamos que outros estudos empíricos sejam desenvolvidos para analisar as vantagens e limitações da aplicação dessas tecnologias (rastreamento ocular e realidade virtual) na aplicação de testes psicológicos.