Navegando por Autor "Oliveira, Tatiana Heidi"
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Item O perfil epidemiológico da sífilis congênita da 10ª região de saúde do Rio Grande do Sul: subsídios para um curso de atualização(2017) Oliveira, Tatiana Heidi; Coelho, Débora FernandesObjetivos: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita dos municípios da 10ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul através das variáveis disponíveis nas fichas de notificação/investigação compulsória e desenvolver um curso de atualização em manejo da prevenção da sífilis congênita para os profissionais de saúde da vigilância epidemiológica dos municípios da 10ª Região de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Métodos: Realizaram-se duas etapas: na primeira, um estudo quantitativo, transversal, descritivo e analítico através das variáveis presentes nas fichas de notificação compulsória do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN); na segunda, foi realizada uma intervenção, a partir do desenvolvimento de um curso, na modalidade presencial (8 horas/aula), de atualização em manejo da prevenção da SC para profissionais da vigilância epidemiológica dos municípios da 10ª Região de Saúde. Os dados coletados, na primeira etapa, foram analisados por um software de estatística, o Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) versão 18. Foram identificados 752 casos de sífilis congênita e 229 notificações de sífilis em gestante. Resultados: Os casos, em sua maioria, foram classificados como sífilis congênita recente, sendo provenientes dos municípios mais populosos da região. A maioria das crianças foi assintomática, nascidas vivas, com a necessidade de serem avaliadas e acompanhadas, conforme estabelecido nos protocolos. A média de idade das mães foi de 25,42 anos (DP±6,6), de raça/cor branca, baixa escolaridade (< 8 anos de estudo), em sua maioria com acesso ao pré-natal. Na análise bivariável, as variáveis que se mostraram associadas (p<0,050) foram: situação do pré-natal com a idade materna; realização do pré-natal com o diagnóstico de sífilis materna, o esquema de tratamento e o tratamento do parceiro (p<0,001). Na realização da intervenção educativa, a adesão dos municípios foi de quase 100%, sendo a participação efetiva dos profissionais na aquisição e reforço dos conhecimentos e nas trocas de experiências. Por meio da aplicação do pré e pós-teste foi possível avaliar a intervenção como positiva. Conclusão: A taxa de incidência da sífilis congênita na região sugere falhas na implementação das políticas públicas voltadas para a prevenção do agravo, dentre elas, a assistência pré-natal e fatores de vulnerabilidade, necessitando, portanto, de uma rede de assistência articulada. Potencializar os profissionais que atuam na vigilância epidemiológica com atividades educativas diretamente relacionadas às especificidades locais do agravo é fundamental. A subnotificação e a ausência de informações em relação a algumas variáveis evidenciam a necessidade constante de intervenções educativas, no intuito de qualificar as informações para conhecer a real situação do agravo na localidade.