Navegando por Autor "Oliveira, Francine Hehn de"
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Item Alterações neurodegenerativas no tronco encefálico e bulbo olfatório em indivíduos acima de 50 anos(2014) Oliveira, Francine Hehn de; Hilbig, Arlete; Fernandez, Liana LisboaIntrodução: Com o aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo, crescem as preocupações com as doenças mais prevalentes entre os idosos, dentre elas as doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP). Sabe-se que os depósitos proteicos relacionados com o desenvolvimento destas doenças podem preceder a fase sintomática em anos. A proteína tau é de particular interesse, uma vez que parece ser encontrada no tronco encefálico e bulbo olfatório muito antes de atingir o córtex límbico, quando ocorrem os primeiros sintomas. Objetivos: Este estudo tem como objetivo principal a criação de um protocolo local e de um banco de encéfalos humanos para o estudo de doenças neurodegenerativas, além da detecção de alterações precoces relacionadas às doenças neurodegenerativas no tronco encefálico e no bulbo olfatório de indivíduos com 50 anos ou mais. Material e Métodos: Trata-se de uma amostra coletada por conveniência e sob consentimento informado. Informações clínicas dos doadores foram obtidas junto aos familiares por meio de questionário para rastreamento de declínio cognitivo (IQCODE) e um segundo questionário, personalizado, para avaliar alterações motoras. Os encéfalos foram fixados em solução de formalina a 10% por 4 semanas, avaliados macroscopicamente e cortados conforme protocolo internacional, amostrando todas as áreas encefálicas incluindo as regiões em estudo. Os cortes foram corados pela coloração de Hematoxilina-eosina e imunocorados para os anticorpos anti-beta-amiloide, anti-tau e anti-alfasinucleína. Resultados: A média de idade entre os doadores foi de 72,07 anos (±15,79). Os indivíduos demenciados correspondem a 57% da amostra e a média do IQCODE destes é de 3,72, enquanto para os não-demenciados, é de 2,74, havendo diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para esta variável. Dos 14 encéfalos coletados neste estudo, a proteína tau foi encontrada, no tronco, em 10 (71,42%). Dos 7 indivíduos que tiveram diagnóstico final de DA, todos apresentavam depósitos de tau em alguma região do tronco encefálico. Conclusão: Existem poucos dados publicados sobre os depósitos proteicos no tronco encefálico e bulbo olfatório de pacientes com diagnóstico de DA, uma vez que as manifestações clínicas ocorrem quando a proteína tau, em associação com a proteína β-amiloide, deposita-se no hipocampo e no córtex entorrinal. Nossos dados estão de acordo com a literatura mais recente, que tem confirmado a presença de proteína tau no tronco encefálico e bulbo olfatório nos estágios mais precoces da DA.