Navegando por Autor "Einloft, Fernanda Miranda Seixas"
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Item Substâncias psicoativas e sua intersecção com o gênero feminino, com a violência e com a privação de liberdade(2022) Einloft, Fernanda Miranda Seixas; Barros, Helena Maria Tannhauser; Kopittke, LucianeNo mundo, existem, aproximadamente, 35 milhões de pessoas que sofrem de distúrbios relacionados ao uso de drogas, com necessidade de tratamento. Essa situação prevalece, em particular, nas instituições prisionais, onde as pessoas privadas de liberdade estão vulneráveis ao uso de drogas. Dados atuais chamam a atenção para o encarceramento das mulheres, motivado pelo tráfico de drogas. Estudo do tipo quantitativo, transversal que teve como cenário o Sistema Prisional da Região Metropolitana de Porto Alegre, a Penitenciária Feminina de Guaíba e o Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier foi realizado. O primeiro objetivo foi avaliar a associação do uso indevido de álcool e outras drogas, antes e durante o encarceramento de mulheres, no sistema prisional, com a exposição à violência. Os principais resultados encontrados foram: há um aumento da prevalência de uso de tabaco em contraponto a uma redução nas taxas de uso de drogas ilícitas na prisão; encontrou-se relação com significância estatística entre a violência física e escore positivo para GAD-7 (p=0.022) e entre violência moral e PHQ-9 (p=0.016); ao contrário do que se acreditava, não foi verificada a relação entre tipos de violência e uso de drogas lícitas ou ilícitas. A partir dos dados obtidos desta análise, que apresentaram alto consumo de benzodiazepínicos, o segundo objetivo estabelecido foi comparar o uso e a frequência do uso de benzodiazepínicos antes e durante o encarceramento e comparar com sintomas relatados de ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós traumático. Os principais resultados foram: BZDs são usados com mais frequência durante a prisão e seu uso por mulheres mais que dobra nos primeiros meses de prisão; escores positivos para TEPT, ansiedade e depressão foram altamente prevalentes; existe associação entre o uso de BZD por mulheres na prisão com ansiedade, depressão e ansiedade e depressão; mulheres que usam BZDs apresentam resultado, com significância estatística, para escore positivo para depressão e não para ansiedade. O último objetivo da tese foi revisar na literatura a prevalência e a incidência do uso de BZD na população feminina geral bem como o perfil destas mulheres. Os resultados encontrados são: a partir da metanálise, foi encontrada uma taxa para uso de BZD em mulheres de 17% ([0.10; 0,27]), p<0.01, com elevada heterogeneidade entre os estudos (I2=99%); sobre o perfil identificado nos dois estudos que analisaram dados específicos na população feminina, o uso de BZD assim como o uso crônico aumentam com a idade, nas viúvas, em mulheres com menor escolaridade, em donas de casa, aposentadas e que trabalham no comércio; o perfil identificado nos estudos que analisaram dados na população geral corroboram os achados de perfil para a população feminina.