Navegando por Autor "Doutrelepont, Daniella Wuttke"
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Item Prevalência de zumbido em pacientes acometidos pela COVID-19: uma revisão sistemática(2023-07-20) Doutrelepont, Daniella Wuttke; Machado, Márcia Salgado; Departamento de FonoaudiologiaA pandemia da SARS-CoV-2 vem gerando relatos de aumento nos casos de novo zumbido e alterações em episódios crônicos e/ou pré-existentes. Porém, não se tem dados estabelecidos em relação à prevalência do zumbido e suas correlações com a COVID-19. Objetiva-se analisar a prevalência de zumbido em sujeitos acometidos pela COVID-19, bem como detalhar suas características e a correlação entre os dois fatores. As bases de dados eletrônicas selecionadas foram: Pubmed (Medline), Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo); com a seguinte estratégia (sem filtros): (Covid-19 OR SARS-CoV-2 OR Ad26COVS1 OR ChAdOx1 nCoV-19) AND (Tinnitus). Adotaram-se três etapas de pesquisa: análise de títulos e resumos, leitura integral dos artigos selecionados e extração de dados; realizadas no período de agosto a setembro de 2022 e atualizadas em julho de 2023. Fez-se uso dos Itens de Relatório Preferidos para Revisões Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA) e, para avaliação de qualidade das evidências, foi utilizada a classificação Oxford Centre for Evidence-based Medicine e o sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Foram encontrados 327 artigos, dos quais 37 foram selecionados. Destes, tem-se onze estudos transversais, quatro estudos do tipo caso-controle, três do tipo coorte e dezenove estudos observacionais. O somatório das amostras resultou em um número agregado de 399.524 pacientes incluídos nesta revisão. Verificou-se a prevalência de zumbido de forma diversa, variando de 0,2% a 96,2%. A maior parte dos artigos trouxe informações incompletas e/ou ausentes. A Hipertensão Arterial Sistêmica mostrou-se a doença de base mais comum. Por fim, teve-se predominância de alteração/perda auditiva e de distúrbios olfativos e gustativos, seguido de febre e tosse. Conclui-se que a prevalência de zumbido novo varia entre 0,2% e 96,2%, já o zumbido pré-existente obteve dados que indicam ocorrência de 8% a 76,2%. Não foi possível analisar de forma satisfatória as características do zumbido. Não se pode determinar uma correlação direta entre zumbido e a COVID-19, uma vez que este sintoma pode ser influenciado por outros fatores