Navegando por Autor "Danna, Patrycia Chedid"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Estigmatização contra pacientes com Transtorno Obsessivo-compulsivo: um estudo exploratório(2023) Danna, Patrycia Chedid; Ferrão, Ygor Arzeno; Costa, Angelo Brandelli; Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeIntrodução: Historicamente, portadores de transtornos psiquiátricos ou com manifestações psicopatológicas evidentes são alvo constante de estigmatização, caracterizada por um julgamento social adverso sobre uma pessoa ou grupo. Uma das possíveis manifestações da estigmatização é o Estigma Internalizado (EI), ou auto estigma, entendido como o estigma que o indivíduo dirige contra si mesmo, relacionado a sua condição patológica. A relação entre o Transtorno Obsessivocompulsivo (TOC), doença heterogênea e debilitante, que acomete cerca de 2% da população (EXCLUIR) e EI, não está bem estabelecida. Métodos: Este estudo exploratório teve como objetivo relacionar os conceitos de estigmatização, EI e TOC, bem como avaliar as suas associações. Participaram do estudo 83 pacientes com TOC, em âmbito nacional, através de medidas de autorrelato, como a discriminação experienciada, o EI e a percepção acerca do estigma decorrente de se ter tal patologia. A coleta de dados ocorreu através da plataforma REDCAP, que oportunizou o acesso dos portadores de TOC, de forma on-line e segura, aos instrumentos: Questionário de dados sóciodemográficos da ReTOC; Escala Obsessiva-Compulsiva de Yale-Brown - Y-BOCS; Escala Dimensional para Avaliação de Presença e Gravidade de Sintomas Obsessivo-Compulsivos -DY-BOCS; Escala para avaliação de presença e gravidade de fenômenos sensoriais da Universidade de São Paulo (USP-SPS); Inventário de Depressão de Beck – Versão Português (BDI II); Inventário de Ansiedade de Beck (BECK-A) – BAI; Internalized Stigma of Mental Illness – ISMI; Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos do Eixo I do DSM 5 (INCLUIR). Resultados: O EI apresentou correlação direta e moderada com a severidade dos sintomas do TOC, as dimensões de Agressividade e Simetria, a presença de fenômenos sensoriais e a ansiedade. A depressão mostrou correlação direta e moderada a forte com EI. Vida sexual ativa se mostrou inversamente proporcional ao EI e, história familiar de TOC, idade de início e tempo de duração do transtorno, não apresentaram associação. O constructo Resistência ao Estigma não apresentou associação com as variáveis estudadas. Conclusão: O EI nos pacientes com TOC parece ser uma variável que impacta na apresentação do transtorno. A presença de depressão se mostrou o maior preditor de EI no estudo. Dada a escassez de dados sobre este tema, a sua investigação oportuniza maiores informações e o fomento de políticas públicas de saúde mental para esta população específica