Navegando por Autor "Britto, Fernanda Cristina de"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Avaliação da atividade antinociceptiva da neurotoxina recombinante CTK 01512-2 por administração subcutânea e no acuponto E36 em modelo de dor neuropática induzido por oxaliplatina em ratos Wistar(2024-06-07) Britto, Fernanda Cristina de; Dallegrave, Eliane; Ferreira, Charles Francisco; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: Em roedores, a Oxaliplatina (OXA) induz hiperalgesia ao frio e alodínia mecânica, onde canais de cálcio tipo N (Cav2.2) e receptor de potencial transitório de anquirina 1 (TRPA1) são mais expressos, embora o mecanismo exato não tenha sido completamente elucidado. A neurotoxina recombinante CTK 01512-2 derivada da aranha Phoneutria nigriventer demonstrou bloqueio Cav2.2 afetando o influxo de Cálcio voltagem dependente (Ca2+) intracelular e agonização de TRPA1, apresentando-se como um peptídeo com ação analgésica/antinociceptiva promissor. Objetivos: Analisar a eficácia analgésica da neurotoxina recombinante CTK 01512-2, administrada por via subcutânea e no acuponto E36, em comparação com o tratamento padrão-outro (duloxetina) em um modelo de dor neuropática induzido por oxaliplatina em ratos Wistar. Material e Métodos: Foi utilizado um modelo de dor neuropática periférica induzida por dose única de OXA (6 mg/kg i.p.) em ratos Wistar machos com 60 dias, para realização de 3 ensaios avaliando efeitos do CTK 01512-2: perfil doseresposta da administração subcutânea (SC, N=30); perfil neuroquímico (N=32); eficácia da farmacopuntura (N=32). A via subcutânea do CTK 01512-2 foi testada (n=5/grupo) nas doses de 0,1; 0,2 e 0,4 mg/kg, e comparada com 30 mg/kg SC de Duloxetina (controle positivo). Testes de sensibilidade mecânica (Von Frey) e alodinia fria (acetona) foram realizados antes da indução da dor, três dias após, antes do tratamento e aos 15 e 30min, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7h após. O perfil neuroquímico (GABA, dopamina, acetilcolina) do CTK 01512-2 foi avaliado (n=8/grupo) estruturas cerebrais (córtex, estriado, hipocampo, mesencéfalo, amígdala, hipotálamo), 5h após o tratamento com a dose de 0,2 mg/kg e comparado com a Duloxetina (30 mg/kg SC). Testes de Von Frey e de Acetona foram realizados antes da indução da dor, três dias após, antes do tratamento e aos 15 e 30min, 1, 2, 3, 4 e 5h após. A eficácia da farmacopuntura (acuponto E36) do CTK 01512-2 com 1/10 da dose (0,02 mg/kg) foi avaliada (n=8/grupo) e comparada com a Duloxetina com 1/10 da dose (3 mg/kg) pelos testes de Von Frey e de Acetona, realizados antes da indução da dor, três dias após, antes do tratamento e aos 15 e 30min, 1, 2, 3,4 e 5h após. Em todos os ensaios os grupos experimentais foram comparados com o grupo controle negativo (OXA+Salina) e controle sem dor (Salina+Salina). A eutanásia foi procedida por decaptação sob anestesia prévia com isofluorano. A quantificação simultânea dos neurotransmissores no encéfalo foi realizada através da técnica LC-MS/MS. Resultados: O perfil dose-resposta da administração subcutânea de CTK 05152-2 revelou que a dose mínima efetiva capaz de inibir alodinia mecânica e térmica no modelo de dor neuropática aguda induzida pela OXA foi de 0,2 mg/kg. A inibição da alodinia mecânica inicia em 30min e se mantém pronunciada por 3h, já alodinia ao frio, inicia em 15min e se mantém sustentada por 5h. O perfil neuroquímico sinaliza envolvimento na inibição de aferências do trato espinomesencefálico e de interneurônios inibitórios próprios do estriado, mediado pela Dopamina e GABA. Além disso, no modelo de analgesia por farmacopuntura, 1/10 da dose efetiva de CTK 0512-2 pela via subcutânea foi eficaz na alodínia mecânica e ao frio, quando administrada no acuponto E36, iniciando seu efeito em 15min (alodínia mecânica) ou 30min (alodínia ao frio) e mantendo-se por 5h em ambos. Conclusão: CTK 01512-2 mostrou eficácia equianalgésica em relação à duloxetina no modelo de dor neuropática induzido pela oxaliplatina por via subcutânea e no acuponto E36.