Vitolo, Márcia ReginaLeffa, Paula dos Santos2021-06-152023-10-092021-06-152023-10-092020https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1651Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Objetivos: O objetivo geral desta tese foi avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos de saúde e a influência de alimentos ultraprocessados no perfil lipídico entre crianças de baixa condição socioeconômica. Assim, desenvolveram-se dois artigos científicos que objetivaram: 1) Avaliar o impacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde nos riscos cardiometabólicos entre crianças aos seis anos de idade; 2) Avaliar a associação entre consumo de alimentos ultraprocessados na idade pré escolar e níveis do perfil lipídicos na idade escolar. Métodos: O estudo original foi um ensaio de campo randomizado em Unidades de Saúde (US), na cidade de Porto Alegre, Brasil. As US foram alocadas nos grupos intervenção (n=9) ou controle (n=11). Nas unidades intervenção, os profissionais de saúde participaram de sessões de treinamento, baseado nos “Dez Passos para uma Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”. Gestantes no último trimestre de ambos os grupos foram identificadas, convidadas a participar e inscritas no estudo como mães em potencial para receber o aconselhamento dietético, fornecido por meio dos profissionais de saúde. Os dados dietéticos foram coletados por meio de dois inquéritos recordatórios de 24 horas. Aos 6 anos, foram realizados exames de sangue para medir o perfil lipídico e níveis de resistência à insulina. Resultados: Os resultados mostraram que 1) Aos 6 anos de idade, foram observadas diferenças médias significativas entre os grupos intervenção e controle nos níveis de insulina (-1,05, IC 95% -1,57 a -0,53), HOMA-IR (-0,25; IC95% -0,36 a -0,13), HDL colesterol (3,03, IC 95% 0,15 a 5,90) e triglicerídeos (-8,75 IC 95% -12,67 a -4,84). 2) Crianças com maior consumo de alimentos ultraprocessados aos 3 anos de idade apresentaram níveis mais altos de colesterol total (β 8,51 mg/dL; IC95% 1,65 a 15,37) e triglicerídeos aos 6 anos (β 9,69 mg/dL; IC95% 0,97 a 18,42) em comparação àqueles no tercil mais baixo. Conclusões: Intervenção na atenção primaria à saúde no início da vida foi efetiva na redução dos riscos cardiometabólicos de crianças aos 6 anos de idade. Adicionalmente, nossos resultados destacam a necessidade de estratégias eficazes para minimizar o consumo de ultraprocessados na infância.pt-BRAcesso Aberto ImediatoEstudos de IntervençãoCriançaConsumo AlimentarAlimentos UltraprocessadosRiscos Cardiometabólicos[en] Child[en] Food ConsumptionImpacto de um programa de atualização em alimentação infantil para profissionais de saúde em desfechos de saúde em crianças na idade escolarTese