Plentz, Rodrigo Della MéaCunha, Larissa Carolina Brandão da2022-07-202023-10-092022-07-202023-10-092021https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1895Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Introdução: O treinamento muscular inspiratório (TMI) é recomendado para cardiopatas devido promover aumento na força muscular inspiratória (FMI), capacidade funcional, qualidade de vida (QV) e diminuir dispneia. Estes benefícios ocorrem devido sua capacidade de modificar diretamente o metaboreflexo diafragmático, otimizando o fluxo sanguíneo periférico e reduzindo a resistência vascular periférica. A realização do TMI depende de um dispositivo pequeno e portátil, podendo ser realizado com supervisão integral ou de forma semissupervisionada, onde algumas poucas sessões possui supervisão e as demais ocorrem no domicílio. Objetivo: Verificar através de uma revisão sistemática com metanálise de rede, o atual nível de evidência do efeito do TMI supervisionado (SP) versus semissupervisionado (SS) em cardiopatas. Métodos: Buscamos nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), Embase, Cochrane CENTRAL, LILACS e PEDro desde o início da base de dados até novembro de 2019. Incluímos ensaios clínicos randomizados (ECRs) que avaliaram o TMI SS ou SP em cardiopatas. O desfecho primário foi a força muscular inspiratória avaliada através da pressão inspiratória; e os desfechos secundários foram capacidade funcional avaliada através do consumo máximo de oxigênio (picoVO2) e teste de caminhada de 6 minutos (TC6m) e QV avaliado através do Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). A seleção do estudo e extração de dados foram realizadas por dois revisores independentes. O risco de viés foi avaliado com RoB 2.0 e a qualidade da evidência com Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação de Classificação de Recomendações (GRADE). Para comparar os tratamentos, conduzimos metanálise em rede usando abordagem frequentista e modelo de efeitos aleatórios. Resultados: Incluímos 11 ECRs, com um total de 367 pacientes. O TMI SS demonstrou ser significativamente melhor comparado ao TMI SP para variáveis como picoVO2 (DM: 2,664ml/kg/min; 95% CrI 1,945 a 3,401) e para o MLHQF (DM: -11,47 points; 95% CrI - 18,47 a -4,44). Não houve diferença significativa entre as duas intervenções na análise de FMI (DM: -7,40 cmH2O; 95% CrI-15,96 a 1,57) e para o TC6 (DM: 32,25 m; 95% CI -168,80 a 222,80). Conclusão: O IMT SS apresentou maiores incrementos para o picoVO2 e QV. Para as variáveis PImax e TC6 ambos apresentam benefícios semelhantes. Estes resultados colaboram para preencher a lacuna criada pela falta de comparações diretas do TMI SP versus SS em cardiopatas. Entretanto ainda há necessidade de evidências diretas com maior poder de evidência no tema. PROSPERO CRD42020152503.pt-BRAcesso Aberto ImediatoFisioterapiaTerapia RespiratóriaDebilidade MuscularQualidade de VidaConsumo de Oxigênio[en] Physical Therapy Modalities[en] Respiratory Therapy[en] Muscle Weakness[en] Quality of Life[en] Oxygen ConsumptionEfeitos do treinamento muscular inspiratório semissupervisionado comparado ao supervisionado em cardiopatas: metanálise em rede de ensaios clínicos randomizadosDissertação