Dewes, Mariana de FreitasPinheiro, Felipe Boeing2024-09-172024-09-172024-04-15https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2988Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Gestão em Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.A pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) causou severa escassez de equipamentos médicos essenciais, especialmente nos países com número mais significativo de pacientes, como o Brasil. Em função da velocidade dos acontecimentos, percebeu-se, em nível mundial, o colapso na cadeia de suprimentos, o que afetou diretamente as equipes de saúde e os pacientes com necessidade urgente de atendimento. Estratégias relacionadas ao desenvolvimento e à gestão de novas soluções que busquem mitigar os impactos causados pela COVID-19, e por outras doenças, são essenciais para que se consiga recuperar o controle e minimizar as repercussões negativas de crises sanitárias. A criação de dispositivos médicos recorrendo à Manufatura 4.0 é possível com a aliança entre instituições; no presente trabalho, participaram a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) e o Laboratório de Inovação, Prototipagem, Educação Criativa e Inclusiva (LIPECIN) da UFCSPA. A Fabricação Digital respaldada em métodos científicos, associada à identificação das necessidades assistenciais no atendimento ao paciente e também no fornecimento de peças para equipamentos em manutenção corretiva, resulta no suprimento de demandas emergenciais de maior gravidade. O desenvolvimento desta pesquisa se deu dentro do complexo da Santa Casa de Porto Alegre, a qual é pioneira em tecnologia, sendo o hospital que mais atende pacientes do SUS no sul do Brasil. A Santa Casa é o hospital-escola da UFCSPA e é referência em Ensino e Pesquisa, promovendo inovação tecnológica e geração de conhecimento. O objetivo do trabalho foi avaliar o uso da Manufatura Aditiva para a autonomia fabril em ambiente intra-hospitalar, a partir da tentativa de desenvolvimento endógeno de matéria-prima com propriedades biocidas para a confecção de dispositivos médicos. A metodologia utilizada para a criação da matéria-prima para possíveis Mínimos Produtos Viáveis se deu pela: (i) síntese de nanopartículas de prata geradas pelo método de Turkevich e (ii) incorporação destas na matriz polimérica de resina foto-curável pela impressora 3D DLP/MSLA. O presente trabalho propôs a disponibilização dos arquivos de criação de dispositivos, no intuito de contribuir com o processo assistencial aliando a Manufatura Aditiva à Engenharia Clínica, mapeando: (i) o impacto orçamentário ocasionado pela produção de peças que precisam ser adquiridas em um cenário de escassez de produtos/insumos e (ii) os desafios que a Gestão em Saúde supera ao investir em Espaços Fabris que viabilizam autonomia em situações de insuficiência ou ausência de peças. O propósito desta pesquisa não pode ser averiguado na integralidade, já que não houve proliferação de bactérias nos corpos de prova com e sem nanopartículas de prata. Quanto aos desafios da Gestão em Saúde (em virtude do desempenho técnico da resina composta criada): há avaliação das vantagens da produção local de matéria-prima com ação biocida, disponibilização do protocolo de obtenção da matéria-prima, com respeito à propriedade intelectual gerada, análises comparativas entre o sistema de fornecimento atual de peças de reposição e a produção própria (via Fabricação Digital) e incentivo do uso da impressão 3D no auxílio à Gestão Hospitalar. Além disso, a personalização na criação de peças de impressão 3D pode ser vista como aliada da Saúde Pública, na simples acessibilidade dos usuários à tecnologia de Fabricação Digital. Por outro lado, temos os entraves normativos, dada a ausência de uma lei específica para o uso hospitalar da Manufatura Aditiva, existindo adversidades que podem ser superadas a medida em que autonomia fabril demonstrar vantagens especialmente em momentos de interrupções em Supply Chain. Os principais obstáculos respaldam-se em questões ligadas à Engenharia Reversa e Propriedade Intelectual. Dessa forma, é possível propor novos estudos acerca do uso da impressão 3D aplicada em dispositivos médicos, em que os requisitos normativos devem ser revisitados. Podemos sugerir, em virtude da ação biocida, novas pesquisas sobre resinas para esse tipo de atuação, sua composição química e adaptações necessárias para seu emprego na área hospitalar.pt-BRAcesso Aberto ImediatoAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 BrazilGestão em SaúdeManufatura 4.0Nanopartícula de Prata[en] Health Management[en] Manufacturing 4.0[en] Silver NanoparticlesValidação do processo de criação de matéria-prima para impressão 3D e o impacto da produção de artefatos para gestão em saúdeDissertação