Vitolo, Márcia ReginaBaratto, Paola Seffrin2021-06-012023-10-092021-06-012023-10-092020https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1581Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Objetivos: Verificar o impacto da atualização dos profissionais de saúde sobre o consumo de açúcar adicionado e avaliar as principais fontes alimentares contribuintes para esse consumo entre crianças. Metodologia: Análise longitudinal aninhada a um ensaio de campo randomizado por conglomerados realizado com pares de mãe-criança residentes da cidade de Porto Alegre – RS. A randomização ocorreu entre as unidades de saúde participantes, alocadas em intervenção (n=11) e controle (n=9). A intervenção foi realizada com os profissionais de saúde e baseada nos “Dez Passos para Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”. Gestantes no último trimestre de gestação foram entrevistadas quanto à situação socioeconômica, demográfica e de saúde. A ingestão dietética das crianças foi avaliada com auxílio do software Dietwin® aos 6 meses, 12 meses, 3 anos e 6 anos. O consumo de açúcar adicionado foi estimado por meio do recordatório alimentar de 24 horas, considerando a definição de açúcar adicionado da USDA. Os alimentos fonte de açúcar foram posteriormente classificados em (1) Bebidas açucaradas (2) Alimentos ultraprocessados (3) Preparações caseiras e (4) Açúcar de mesa. Todas as análises estatísticas foram realizadas pelo Statistical Package for the Social Science, versão 21.0. O impacto da intervenção na ingestão de açúcar adicionado foi verificado por meio da Equação de Estimativa Generalizada. Os dados de consumo em gramas foram apresentados como média, desvio padrão e porcentagem de contribuição para a energia total. A significância estatística foi estabelecida em P <0,05. Resultados: Aos 12 meses, crianças do grupo intervenção apresentaram menor consumo de açúcar proveniente de preparações caseiras (diferença -1,43g/dia; IC95% -1,70 a -1,16; p = 0,01). O maior impacto foi observado aos 3 anos, com menor consumo de açúcar total e proveniente de alimentos ultraprocessados (diferença -6,36g / dia; IC95% -11,49 a -1,23 e diferença -4,38g / dia; IC95% -7,80 -0,96; p = 0,012 e p = 0,015, respectivamente). Conclusão: A intervenção realizada com os profissionais de saúde mostrou-se eficaz em reduzir o consumo de açúcar adicionado de preparações caseiras aos 12 meses e de alimentos ultraprocessados aos 3 anos. Ainda assim, o consumo de açúcar adicionado tem início precoce e está acima do recomendado, tendo como principais contribuintes os alimentos com alto grau de processamento e as bebidas açucaradas.pt-BRAcesso Aberto ImediatoCuidados Primários de SaúdeAçúcarCriança[en] Primary Health Care[en] Sugars[en] ChildPrimary health care intervention reduces added sugar consumption during childhood: promising findings from a cluster randomized trialDissertação