Barros, Helena Maria TannhauserBaptista, Heloisa Praça2019-03-142023-10-092019-03-142023-10-092018https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/646Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.O uso de substâncias psicoativas é um fenômeno complexo que causa danos significativos ao usuário e também atinge seu sistema familiar. Esse transtorno possibilita o desenvolvimento de sofrimento físico e emocional, diminuição da qualidade de vida, conflitos interpessoais e desestabilização financeira de qualquer membro do sistema familiar. O objetivo principal deste estudo foi investigar possíveis fatores que possam interferir na adesão de familiares codependentes de um usuário de substância psicoativa à teleintervenção. Realizou-se uma coorte retrospectiva, com os familiares que ligaram para o Ligue 132 – Central de atendimento sobre Drogas. No período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, participaram do estudo 133 familiares, das 5 regiões do país. Os instrumentos utilizados para coleta de dados incluíram o Protocolo geral de atendimento do serviço que contempla as características sócio demográficas da amostra, Protocolo de atendimento ao familiar. O qual inclui características específicas para o atendimento de familiares, Holyoake Codependency Index (HCI) para avaliar as crenças e comportamentos codependentes, Escala de Adesão Comportamental para avaliar comportamentos relacionados à adesão ao acompanhamento e Questionário de Fatores sobre Adesão com questões referentes ao tratamento, à doença e ao familiar. Os principais resultados apontaram a prevalência do uso de álcool associado a baixa adesão de familiares ao tratamento (p= 0,05). Os fatores socioeconômicos não foram importantes a adesão. Destaca-se o predomínio de mulheres (91,7%) na amostra, em especial mães (82,7%) que ligaram solicitando ajuda para seus filhos usuários. Outro fator associado a não adesão, foi a baixa taxa de retenção ao serviço (p= 0,00). Dentre os fatores investigados, a substância utilizada pelo usuário e a baixa taxa de retenção ao serviço apresentaram associação com a não adesão dos familiares ao tratamento de telemedicina. Mesmo que não tenha sido encontrado uma associação clara entre a codependência e adesão, pressupõe-se que as crenças características do quadro de codependência foram fatores que interferiram na descontinuidade do tratamento.pt-BRAcesso Aberto ImediatoCodependênciaFamíliaAdesão do PacienteTelemedicina[en] Codependency (Psychology)[en] Family[en] Patient Compliance[en] TelemedicineAdesão de familiares de usuários de substâncias psicoativas ao acompanhamento por meio de telemedicinaDissertação