Gomez, RosaneCaletti, Greice2016-10-172023-10-092016-10-172023-10-092016https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/316Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Diabetes é uma desordem metabólica prevalente, com elevado risco de comorbidades. A hiperglicemia crônica promove estresse oxidativo e desencadeia processos inflamatórios, alterando funções em tecidos periféricos e centrais. No sistema nervoso central (SNC), aumenta risco de alterações de humor como depressão, possivelmente relacionados ao dano neuronal e alteração de sistemas neurotransmissores, como GABA e glutamato. Ratos diabéticos apresentam comportamento tipo-depressivo no teste do nado forçado, prevenido por agonistas GABAérgicos, justificando interesse nesse sistema neurotransmissor. Taurina é um aminoácido com propriedades antidiabética, osmorreguladora, antioxidante, neuroprotetora e neuromoduladora, amplamente distribuído no SNC. Nosso objetivo neste estudo foi investigar mecanismos relacionados ao efeito antidepressivo da taurina, considerando sua ação sobre a transmissão inibitória e excitatória, bem como suas propriedades neuroprotetoras em ratos diabéticos. Foram utilizados ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina e não diabéticos, tratados com salina ou taurina, na dose de 100 mg/kg, via intraperitoneal, por 28 dias. Para investigar o efeito neuromodulador da taurina sobre o sistema GABAérgico, avaliamos a expressão de mRNA da subunidade α2 do receptor GABAA, e do BDNF. Adicionalmente, para confirmar a interação da taurina sobre a transmissão inibitória e influência sobre a excitatória, analisamos as concentrações de GABA e glutamato extracelulares no hipocampo de ratos. Finalmente, exploramos o efeito neuroprotetor da taurina, considerando parâmetros de estresse oxidativo e inflamatórios, no hipocampo e córtex frontal de ratos. Nossos resultados mostraram que o diabetes aumentou a expressão de mRNA da subunidade α2 do receptor GABAA, além de aumentar os níveis de GABA e glutamato no hipocampo de ratos, após a natação forçada. Diabetes também reduziu a expressão de mRNA de BDNF, associado ao menor peso do cérebro desses animais. Diabetes aumentou dano oxidativo ao DNA, tanto no hipocampo como no córtex frontal, além de aumentar citocinas inflamatórias, principalmente no hipocampo. Taurina reverteu a maioria das alterações provocadas pelo diabetes. Portanto, taurina apresenta importante efeito neuromodulador, observado pela sua interferencia sobre o sistema GABAérgico; e neuroprotetor, observado pela sua ação sobre BDNF, estresse oxidativo, dano ao DNA e inflamação. Tais efeitos poderiam justificar em parte, seu efeito antidepressivo. A multiplicidade de mecanismos observados, associada à sua segurança já comprovada, poderiam justificar a indicação da taurina como adjuvante no tratamento da depressão em pacientes resistentes às terapias convencionais, especialmente em diabéticos.pt-BRAcesso Aberto Após Período de EmbargoEstreptozocinaEstreptozotocinaDiabetes Mellitus ExperimentalEnsaio CometaEstresse OxidativoInflamaçãoÁcido gama-AminobutíricoMicrodiálise[en] Streptozocin[en] Diabetes Mellitus, Experimental[en] Comet Assay[en] Oxidative Stress[en] Inflammation[en] gamma-Aminobutyric Acid[en] MicrodialysisEfeito neuromodulador e neuroprotetor da taurina em ratos diabéticosTese